Publicidade
Publicidade
27/04/2002
-
08h47
LÁSZLÓ VARGA
da Folha de S.Paulo
Os grupos Telefônica e Telesp Participações (proprietária da Telesp Celular) preparam para junho uma fusão de suas atividades em telefonia celular, o que permitirá que os dois conglomerados passem a controlar nada menos que 40% dos 28,7 milhões de linhas celulares do país.
Os trabalhos para a formação da joint venture já estão em andamento, sob a coordenação do executivo Francisco Padinha, que veio da Portugal Telecom (controladora da Telesp).
A licença que a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) concedeu anteontem à Telefônica, permitindo que a empresa opere em telefonia fixa em todo país, irá acelerar os planos dos dois grupos de unirem parte de suas atividades.
A Telefônica Celular atua hoje em cinco Estados (RS, RJ, ES, BA e SE). A Telesp e sua subsidiária Global Telecom operam em três (SP, PR e SC). "Agora vamos trabalhar para concretizar também o projeto de joint venture", afirma o presidente da Telefônica do Brasil, Fernando Xavier Ferreira.
Consumidores
O assunto todo tem sido mantido sob sigilo pelas duas companhias. Para os consumidores, uma das possíveis vantagens da joint venture é o barateamento das tarifas. A Folha apurou que ao menos parte dos departamentos da Telefônica Celular e da Telesp devem ser fundidos, assim como a infra-estrutura das empresas.
Isso representará redução de custos, o que dá margem para diminuição das tarifas e ampliação do número de usuários.
A joint venture, no entanto, é fundamental sobretudo para os dois grupos se consolidarem definitivamente no Brasil e enfrentarem a TIM (Telecom Italia Mobile), multinacional italiana que está para receber da Anatel licença para operação em todo o país.
Atualmente a TIM atua em 11 Estados, como Santa Catarina, Minas Gerais, Bahia e Rio Grande do Norte, com as empresas como a TIM Maxitel e TIM Nordeste. Deve cobrir todo o território nacional assim que se entender com a Anatel, deixando de ter participações na operadora de telefonia fixa Brasil Telecom.
A Oi, empresa da Telemar, também é um problema para a Telefônica e Telesp. A empresa deve receber em junho autorização para operar com telefonia celular em todos os 16 Estados onde atua a Telemar, do Rio de Janeiro ao Amazonas.
A TIM e a Oi vão usar o sistema GSM, que permite que o usuário retire um cartão do seu aparelho e se conecte com outro celular com o mesmo cartão. A Telefônica e Telesp utilizam o sistema CDMA ou TDMA, que não oferecem essa facilidade.
Migração
Para poderem concretizar sua joint venture, a Telefônica Celular e a Telesp necessitam mudar os seus sistemas de ligações interurbanas. As duas utilizam o SMC (Serviço Móvel Celular), que obriga os usuários a efetuar interurbanos com o sistema da operadora.
Pelas regras da Anatel, a joint venture seria autorizada apenas se as empresas migrassem para o SMP (Serviço Móvel Pessoal), que dá liberdade ao usuário de celular escolher qual operadora de longa distância prefere utilizar.
O SMP pode representar perda de receita para a Telefônica e a Telesp. A Folha apurou, porém, que as companhias apostam em uma flexibilização das regras da Anatel e no fim da exigência do SMP.
Teles preparam "fusão celular" para junho
Publicidade
da Folha de S.Paulo
Os grupos Telefônica e Telesp Participações (proprietária da Telesp Celular) preparam para junho uma fusão de suas atividades em telefonia celular, o que permitirá que os dois conglomerados passem a controlar nada menos que 40% dos 28,7 milhões de linhas celulares do país.
Os trabalhos para a formação da joint venture já estão em andamento, sob a coordenação do executivo Francisco Padinha, que veio da Portugal Telecom (controladora da Telesp).
A licença que a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) concedeu anteontem à Telefônica, permitindo que a empresa opere em telefonia fixa em todo país, irá acelerar os planos dos dois grupos de unirem parte de suas atividades.
A Telefônica Celular atua hoje em cinco Estados (RS, RJ, ES, BA e SE). A Telesp e sua subsidiária Global Telecom operam em três (SP, PR e SC). "Agora vamos trabalhar para concretizar também o projeto de joint venture", afirma o presidente da Telefônica do Brasil, Fernando Xavier Ferreira.
Consumidores
O assunto todo tem sido mantido sob sigilo pelas duas companhias. Para os consumidores, uma das possíveis vantagens da joint venture é o barateamento das tarifas. A Folha apurou que ao menos parte dos departamentos da Telefônica Celular e da Telesp devem ser fundidos, assim como a infra-estrutura das empresas.
Isso representará redução de custos, o que dá margem para diminuição das tarifas e ampliação do número de usuários.
A joint venture, no entanto, é fundamental sobretudo para os dois grupos se consolidarem definitivamente no Brasil e enfrentarem a TIM (Telecom Italia Mobile), multinacional italiana que está para receber da Anatel licença para operação em todo o país.
Atualmente a TIM atua em 11 Estados, como Santa Catarina, Minas Gerais, Bahia e Rio Grande do Norte, com as empresas como a TIM Maxitel e TIM Nordeste. Deve cobrir todo o território nacional assim que se entender com a Anatel, deixando de ter participações na operadora de telefonia fixa Brasil Telecom.
A Oi, empresa da Telemar, também é um problema para a Telefônica e Telesp. A empresa deve receber em junho autorização para operar com telefonia celular em todos os 16 Estados onde atua a Telemar, do Rio de Janeiro ao Amazonas.
A TIM e a Oi vão usar o sistema GSM, que permite que o usuário retire um cartão do seu aparelho e se conecte com outro celular com o mesmo cartão. A Telefônica e Telesp utilizam o sistema CDMA ou TDMA, que não oferecem essa facilidade.
Migração
Para poderem concretizar sua joint venture, a Telefônica Celular e a Telesp necessitam mudar os seus sistemas de ligações interurbanas. As duas utilizam o SMC (Serviço Móvel Celular), que obriga os usuários a efetuar interurbanos com o sistema da operadora.
Pelas regras da Anatel, a joint venture seria autorizada apenas se as empresas migrassem para o SMP (Serviço Móvel Pessoal), que dá liberdade ao usuário de celular escolher qual operadora de longa distância prefere utilizar.
O SMP pode representar perda de receita para a Telefônica e a Telesp. A Folha apurou, porém, que as companhias apostam em uma flexibilização das regras da Anatel e no fim da exigência do SMP.
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Ministério Público pede bloqueio de R$ 3,8 bi de dono de frigorífico JBS
- Por que empresa proíbe caminhões de virar à esquerda - e economiza milhões
- Megarricos buscam refúgio na Nova Zelândia contra colapso capitalista
- Com 12 suítes e 5 bares, casa mais cara à venda nos EUA custa US$ 250 mi
- Produção industrial só cresceu no Pará em 2016, diz IBGE
+ Comentadas
- Programa vai reduzir tempo gasto para pagar impostos, diz Meirelles
- Ministério Público pede bloqueio de R$ 3,8 bi de dono de frigorífico JBS
+ EnviadasÍndice