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02/05/2002 - 21h48

Duhalde prepara tabelamento de preços na Argentina

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da Folha de S.Paulo, em Buenos Aires

A disparada dos preços se tornou uma das maiores preocupações do governo argentino. Para enfrentar o problema, o presidente Eduardo Duhalde prepara um decreto de urgência que prevê um tabelamento dos produtos básicos. O tabelamento não significaria o congelamento dos preços, mas a criação de um parâmetro para auxiliar os consumidores na hora das compras.

Com o decreto, o governo quer obrigar os comerciantes a manterem as ofertas de produtos e serviços, para que não especulem com os preços por meio do desabastecimento das prateleiras.

A medida foi levada a Duhalde pelo secretário de Direito e Defesa do Consumidor, Pablo Challú. Pelo decreto, os estabelecimentos ficarão obrigados a divulgarem os preços dos produtos e cobrarem em pesos. Também está prevista a criação de centros de abastecimento, onde os argentinos poderão comprar produtos da cesta básica mais baratos.

O Indec (o IBGE argentino) anuncia hoje a inflação do mês passado. O índice de preços ao consumidor deve ficar entre 10% e 11%.

No primeiro quadrimestre, a inflação acumulada ficou em torno de 20%. O presidente do Indec, Juan Carlos del Bello, afirmou que os preços "seguem em um processo de constante alta" e que os produtos da cesta básica são os que mais subiram no ano.

No Orçamento do governo, a inflação prevista para o ano todo era de 15%. As principais consultorias privadas do país apostam que a inflação no ano não ficará abaixo dos 50%.

A inflação na Argentina deve ser ainda mais alta neste mês. Ontem a Secretaria de Energia liberou um aumento de 15% no valor da energia elétrica. As tarifas de serviços públicos ainda não haviam subido por proibição do governo.

"O aumento dos serviços públicos vai fazer a inflação ganhar ainda mais fôlego", afirmou Bello.

Estão previstos para este mês aumento também nas tarifas de gás. As empresas negociam o aumento dos outros serviços públicos, como a telefonia, com o governo.
 

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