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06/05/2002 - 10h13

Administradores de fundos já compensam perdas com o SPB

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ISABEL CAMPOS
da Folha Online

Os administradores de fundos de investimentos já começaram a compensar as perdas que terão quando o SPB (Sistema de Pagamentos Brasileiro) estiver em pleno funcionamento em agosto deste ano. Alguns estão tirando um pouco da rentabilidade do cliente todo dia, outros têm feito a compensação de uma só vez.

Serão muito atingidos pelo SPB os fundos que investem em títulos públicos, como os DI e de renda fixa. Mas as perdas estão limitadas àqueles fundos que permitiam que o cliente fizesse aplicações com cheques ou DOCs (Documentos de Ordem de Crédito) antes que fossem compensados.

O administrador dava um dia de vantagem para o investidor e arcava com o custo, que era compensado quando o cliente fazia o resgate. Em vez de pagar o investidor em dinheiro, o administrador pagava em DOC. A solicitação de resgate era feita em um dia, mas os recursos só apareciam na conta no dia seguinte, depois de compensado o DOC.

Com o novo SPB, isso terá de mudar. Os administradores não poderão mais compensar o dia concedido na entrada para o investidor, porque terão de fazer as transferências com TED (Transferência Eletrônica Disponível), que credita o resgate na conta no mesmo dia. Isso já funciona para depósitos iguais ou superiores a R$ 5 milhões.

Ao ficar sem o dia de compensação no resgate, explica Ênio Fukai, gerente de processamentos e controle da Sul América Investimentos, os administradores têm uma perda equivalente a cerca de 0,06% sobre o patrimônio dos fundos. A Sul América descontou essa perda das cotas dos fundos em uma só vez, no dia 22 de abril.

A Mellon Brascan DTVM, segundo seu diretor-presidente, José Carlos Oliveira, adotou dois procedimentos. Nos fundos para grandes clientes, a compensação foi feita nas cotas do dia 26 de abril. Nos produtos para pessoas físicas, só será feita quando o SPB estiver permitindo a utilização de TEDs de qualquer valor. Já o banco Fibra presenteará alguns clientes, não fazendo nenhuma compensação para os investidores pessoas físicas de fundos abertos.

No mercado, estima-se que entre 25% a 30% dos administradores ainda não tenham decidido o que fazer.

 

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