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14/05/2002
-
08h11
ADRIANA MATTOS
da Folha de S.Paulo
O Dia das Mães de 2002 teve um desempenho morno e sem surpresas para o comércio paulista. O movimento nas lojas cresceu apenas 1,9% até o dia 12 de maio em relação a igual período de 2001, segundo a ACSP (Associação Comercial de São Paulo). O período se transformou num termômetro para a economia _ é a segunda data comemorativa com as maiores vendas no ano (perde só para o Natal).
A frustração pode ser explicada: o setor cresceu pouco sobre um desempenho que já era fraco. No início de maio de 2001 foi anunciado o plano de racionamento de energia e as compras de produtos, especialmente eletrodomésticos, foram postergadas. Agora, mesmo sem o fantasma da crise energética, o varejo só conseguiu uma expansão inferior a 2% em relação àquele período.
Segundo a ACSP, foram feitas 62.222 consultas de vendas a prazo até o dia 12 de maio deste ano, contra 62.982 no mesmo período de 2001 _queda de 1,2%. A consulta é realizada pelos lojistas, por ligação telefônica, ao sistema do SCPC (Serviço Central de Proteção ao Cheque) da associação.
Já no UseCheque (vendas à vista) esses números foram, respectivamente, 72.269 contra 68.978 em 2001, com crescimento de 4,8%. Na média, a expansão foi de 1,9% no Dias das Mães de 2002.
As redes acreditam ainda que o consumidor fugirá das lojas nas próximas semanas. "Teremos daqui para frente uma queda de 50% no movimento em nossos pontos em relação ao Dia das Mães'', diz Valdemir Colleone, superintendente das Lojas Cem.
Há poucos dados confiáveis que retratem o desempenho do varejo no Brasil. Além das consultas aos sistemas SCPC e UseCheque, existem os balanços de desempenho das redes varejistas _com resultados mais precisos. A Lojas Cem apurou crescimento nas vendas de 2% em relação ao Dia das Mães de 2001 _número alinhado ao divulgado pela ACSP.
Uma sondagem com cem lojas realizada pela Fecomércio (Federação do Comércio do Estado de São Paulo), também confirma o resultado. Eles previam faturar 2% a mais, ou seja, já esperavam um Dia das Mães bem morno.
Foram apresentados ontem os dados sobre vendas do varejo no mês passado. O faturamento real (descontada a inflação) do setor na região metropolitana de São Paulo sofreu queda de 3,81% em abril, quando comparado com o resultado de março. As vendas físicas (unidades vendidas) caíram 3,58% no mesmo período.
No quadrimestre, a queda do faturamento, em relação ao mesmo período de 2001, foi de 3,81%, enquanto as vendas físicas caíram 5,44%, informa a Fecomércio.
Comércio patina e vendas do Dia das Mães são fracas
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da Folha de S.Paulo
O Dia das Mães de 2002 teve um desempenho morno e sem surpresas para o comércio paulista. O movimento nas lojas cresceu apenas 1,9% até o dia 12 de maio em relação a igual período de 2001, segundo a ACSP (Associação Comercial de São Paulo). O período se transformou num termômetro para a economia _ é a segunda data comemorativa com as maiores vendas no ano (perde só para o Natal).
A frustração pode ser explicada: o setor cresceu pouco sobre um desempenho que já era fraco. No início de maio de 2001 foi anunciado o plano de racionamento de energia e as compras de produtos, especialmente eletrodomésticos, foram postergadas. Agora, mesmo sem o fantasma da crise energética, o varejo só conseguiu uma expansão inferior a 2% em relação àquele período.
Segundo a ACSP, foram feitas 62.222 consultas de vendas a prazo até o dia 12 de maio deste ano, contra 62.982 no mesmo período de 2001 _queda de 1,2%. A consulta é realizada pelos lojistas, por ligação telefônica, ao sistema do SCPC (Serviço Central de Proteção ao Cheque) da associação.
Já no UseCheque (vendas à vista) esses números foram, respectivamente, 72.269 contra 68.978 em 2001, com crescimento de 4,8%. Na média, a expansão foi de 1,9% no Dias das Mães de 2002.
As redes acreditam ainda que o consumidor fugirá das lojas nas próximas semanas. "Teremos daqui para frente uma queda de 50% no movimento em nossos pontos em relação ao Dia das Mães'', diz Valdemir Colleone, superintendente das Lojas Cem.
Há poucos dados confiáveis que retratem o desempenho do varejo no Brasil. Além das consultas aos sistemas SCPC e UseCheque, existem os balanços de desempenho das redes varejistas _com resultados mais precisos. A Lojas Cem apurou crescimento nas vendas de 2% em relação ao Dia das Mães de 2001 _número alinhado ao divulgado pela ACSP.
Uma sondagem com cem lojas realizada pela Fecomércio (Federação do Comércio do Estado de São Paulo), também confirma o resultado. Eles previam faturar 2% a mais, ou seja, já esperavam um Dia das Mães bem morno.
Foram apresentados ontem os dados sobre vendas do varejo no mês passado. O faturamento real (descontada a inflação) do setor na região metropolitana de São Paulo sofreu queda de 3,81% em abril, quando comparado com o resultado de março. As vendas físicas (unidades vendidas) caíram 3,58% no mesmo período.
No quadrimestre, a queda do faturamento, em relação ao mesmo período de 2001, foi de 3,81%, enquanto as vendas físicas caíram 5,44%, informa a Fecomércio.
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