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21/05/2002 - 16h03

Transações com cheques crescem nas operações de baixo valor

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IVONE PORTES
da Folha Online

O crescimento no total de pagamentos por meio de cheques se deve, basicamente, ao aumento de transações com emissões de baixo valor, segundo o presidente da Abracheque (Associação Brasileira das Empresas de Informação, Verificação e Garantia de Cheques), Carlos Pastor.

De março para abril deste ano, o total de dinheiro movimentado via cheque cresceu 10,6%. No mesmo período dos últimos três anos, o resultado havia ficado negativo, informou a Abracheque.

Segundo a Abracheque, o total de cheques de menor valor limite (até R$ 299,99) nos últimos 12 meses correspondeu a 80,4% do total de cheques trocados e a 9,41% do volume movimentado em dinheiro.

Já os cheques de maior valor limite (a partir de R$ 300) representaram apenas 19,6% do total emitido e significativos 90,6% em volume de dinheiro movimentado.

A Abracheque informou ainda que o varejo foi responsável por 90% das emissões de cheques de menor valor limite nos últimos 12 meses, que totalizou cerca de R$ 156,4 bilhões, e por apenas 10% das emissões de maior valor, movimentando R$ 330,3 bilhões.

"Houve uma substituição dos cheques de maior valor por cartão de crédito e por DOCs [Documento de Ordem de Crédito), afirmou o presidente da Abracheque.
As emissões de cheques de valores menores, porém, é estimulada pela falta de capital de giro das pequenas e médias empresas, segundo Pastor.

Com relação ao novo SPB (Sistema de Pagamentos Brasileiro), que entrou em vigor no dia 22 de abril deste ano, Pastor disse que quando o valor limite da TED (Transferência Eletrônica Disponível) recuar para R$ 5 mil, muitas empresas poderão optar por pagar seus fornecedores com vários cheques, ao invés de fazer uma transferência em tempo real de valores iguais ou superiores a R$ 5 mil.

Esse movimento, segundo ele, vai depender da disponibilidade de dinheiro que cada empresa tiver em caixa.

Atualmente, estão liberadas transações via TED para valores a partir de R$ 1 milhão. O limite deve cair para R$ 5 mil a partir de 7 de julho. "O SPB veio para acabar com o risco sistêmico e não para substituir os pagamentos em cheques no varejo por meios eletrônicos", disse ele.

A decisão do Banco Central de estimular pagamentos eletrônicos para valores a partir de R$ 5 mil se originou de simulações feitas pela instituição, que demonstraram que as operações financeiras liquidadas por meio de cheques e DOCs acima desse valor trazem grande risco para a sociedade.
 

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