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29/05/2002
-
10h56
ANA PAULA GRABOIS
da Folha Online, no Rio
O Brasil não deverá conseguir chegar à marca de 100 milhões de toneladas em sua safra agrícola neste ano. A previsão é do chefe do Departamento de Agropecuária do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), Carlos Lauria.
Segundo previsão divulgada hoje, o IBGE espera para 2002 uma safra agrícola 0,81% maior que a obtida no ano passado, devendo atingir 99,337 milhões de toneladas, contra os 98,543 milhões de toneladas do ano passado.
De acordo com Lauria, 90% da produção deste ano não deverá sofrer variações porque a maior parte já foi colhida. Os 10% restantes referem-se ao milho segunda safra, que já está plantado, e ao trigo, que deverá ser plantado no Rio Grande do Sul. Com relação ao milho, o que pode haver é um ajuste após a colheita.
Mesmo que aumente a produção do trigo no Rio Grande do Sul, ela não será suficiente para chegar aos 100 milhões de toneladas.
"Deve haver pequenos ajustes, mas nada que vá significar mudanças nesses 90% já previstos. Não acredito em 100 milhões'', afirmou.
Com a safra praticamente definida, o destaque de 2002 será a soja. A produção deste tipo de grão corresponderá a 42,2% da safra total deste ano, contra uma participação de 38,24% obtidos em 2001.
Segundo Lauria, a soja tem ganho importância no país por se tratar de um produto para exportação. Ele acrescenta que, neste ano, sua produção foi estimulada por conta da desvalorização cambial, que gerou maiores ganhos para os produtores nacionais. O Brasil é o segundo maior produtor de soja do mundo, atrás somente dos EUA.
Ontem, a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) já havia estimado que a redução da produção de milho segunda safra nos Estados do Paraná, Mato Grosso do Sul e São Paulo seria o principal responsável pela frustração da estimativa de que a safra brasileira atingiria 100 milhões de toneladas este ano. A previsão da safra brasileira para 2001/2002, segundo levantamento realizado em maio, prevê uma produção de 98,48 milhões de toneladas.
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IBGE prevê safra 0,81% maior em 2002 que a do ano passado
Safra de 100 mi de toneladas não será alcançada em 2002, diz IBGE
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da Folha Online, no Rio
O Brasil não deverá conseguir chegar à marca de 100 milhões de toneladas em sua safra agrícola neste ano. A previsão é do chefe do Departamento de Agropecuária do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), Carlos Lauria.
Segundo previsão divulgada hoje, o IBGE espera para 2002 uma safra agrícola 0,81% maior que a obtida no ano passado, devendo atingir 99,337 milhões de toneladas, contra os 98,543 milhões de toneladas do ano passado.
De acordo com Lauria, 90% da produção deste ano não deverá sofrer variações porque a maior parte já foi colhida. Os 10% restantes referem-se ao milho segunda safra, que já está plantado, e ao trigo, que deverá ser plantado no Rio Grande do Sul. Com relação ao milho, o que pode haver é um ajuste após a colheita.
Mesmo que aumente a produção do trigo no Rio Grande do Sul, ela não será suficiente para chegar aos 100 milhões de toneladas.
"Deve haver pequenos ajustes, mas nada que vá significar mudanças nesses 90% já previstos. Não acredito em 100 milhões'', afirmou.
Com a safra praticamente definida, o destaque de 2002 será a soja. A produção deste tipo de grão corresponderá a 42,2% da safra total deste ano, contra uma participação de 38,24% obtidos em 2001.
Segundo Lauria, a soja tem ganho importância no país por se tratar de um produto para exportação. Ele acrescenta que, neste ano, sua produção foi estimulada por conta da desvalorização cambial, que gerou maiores ganhos para os produtores nacionais. O Brasil é o segundo maior produtor de soja do mundo, atrás somente dos EUA.
Ontem, a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) já havia estimado que a redução da produção de milho segunda safra nos Estados do Paraná, Mato Grosso do Sul e São Paulo seria o principal responsável pela frustração da estimativa de que a safra brasileira atingiria 100 milhões de toneladas este ano. A previsão da safra brasileira para 2001/2002, segundo levantamento realizado em maio, prevê uma produção de 98,48 milhões de toneladas.
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