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10/06/2002
-
08h16
ISABEL CAMPOS
da Folha de S.Paulo
Mesmo com as perdas que muitos fundos de investimento tiveram após o dia 29 de maio, quando entrou em vigor a obrigatoriedade da marcação a mercado, os fundos DI, em média, estão com rendimento acumulado de 5,8% no ano, até o dia 5 de junho, e os de renda fixa, com 5,5%. A caderneta, nos primeiros cinco meses do ano, rendeu apenas 3,55%.
Se considerarmos o período entre o início de maio e o dia 5 de junho, em média, a rentabilidade dos DI está em 0,44% e a dos fundos de renda fixa, em 0,47%. Já a poupança, em maio, apresentou valorização de 0,71%.
Os cálculos são do Laboratório de Finanças da USP e levaram em consideração 221 fundos DI e 199 de renda fixa abertos ao público.
Diante desses números, a recomendação dos consultores é não ficar passivo. Pergunte ao gerente ou assessor de investimentos do banco qual é a composição da carteira, isto é, em que papéis o fundo investe o dinheiro que você aplica.
Papéis do governo, embora estejam sofrendo muita oscilação, são considerados mais seguros do que os privados. A explicação para isso é que empresas quebram. Já países podem chegar ao fundo do poço, mas não desaparecem do mapa. Veja também se o gestor utiliza algum tipo de derivativo. Operações com derivativos tanto podem ser de altíssimo risco como de proteção.
Outra pergunta a fazer é sobre o prazo dos títulos em carteira. Quanto mais curtos, menores são as oscilações e rentabilidade. Quanto mais longo, maior o risco e o potencial de lucro.
Se o seu fundo está entre os que estão com menor rentabilidade, peça uma explicação. Pode ser que a culpa não seja da marcação a mercado.
Os fundos do Dresdner, que recentemente passaram para a gestão do ABN Amro Real, tiveram prejuízos há alguns meses por terem investido em debêntures da Cemar que não foram pagas.
Já o Banrisul Multi FAQ, que aparece em primeiro lugar entre os de renda fixa com menor rentabilidade no ano, teve prejuízo tanto com a marcação a mercado quanto com a Bolsa, pois também investe em ações, explica Álvaro de Borba Kafruni, diretor de administração de recursos de terceiros do Banrisul.
Outro ponto importante a ser pesquisado são as taxas de administração. No caso dos fundos DI e de renda fixa, se forem muito altas, podem comprometer a rentabilidade. Em média, diz Marcia Dessen, diretora do Instituto Brasileiro de Certificação de Planejadores Financeiros, os fundos de varejo cobram de 2% a 4% ao ano de taxa de administração. Mas há opções mais em conta, na faixa de 1% ou menos, principalmente em portais financeiros da internet.
Seja insistente no banco. Se não ficar satisfeito com as respostas ou não sentir confiança, siga a orientação de Dessen: invista em outra instituição ou em outro produto.
Fundos DI estão com ganho de 5,8% no ano
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da Folha de S.Paulo
Mesmo com as perdas que muitos fundos de investimento tiveram após o dia 29 de maio, quando entrou em vigor a obrigatoriedade da marcação a mercado, os fundos DI, em média, estão com rendimento acumulado de 5,8% no ano, até o dia 5 de junho, e os de renda fixa, com 5,5%. A caderneta, nos primeiros cinco meses do ano, rendeu apenas 3,55%.
Se considerarmos o período entre o início de maio e o dia 5 de junho, em média, a rentabilidade dos DI está em 0,44% e a dos fundos de renda fixa, em 0,47%. Já a poupança, em maio, apresentou valorização de 0,71%.
Os cálculos são do Laboratório de Finanças da USP e levaram em consideração 221 fundos DI e 199 de renda fixa abertos ao público.
Diante desses números, a recomendação dos consultores é não ficar passivo. Pergunte ao gerente ou assessor de investimentos do banco qual é a composição da carteira, isto é, em que papéis o fundo investe o dinheiro que você aplica.
Papéis do governo, embora estejam sofrendo muita oscilação, são considerados mais seguros do que os privados. A explicação para isso é que empresas quebram. Já países podem chegar ao fundo do poço, mas não desaparecem do mapa. Veja também se o gestor utiliza algum tipo de derivativo. Operações com derivativos tanto podem ser de altíssimo risco como de proteção.
Outra pergunta a fazer é sobre o prazo dos títulos em carteira. Quanto mais curtos, menores são as oscilações e rentabilidade. Quanto mais longo, maior o risco e o potencial de lucro.
Se o seu fundo está entre os que estão com menor rentabilidade, peça uma explicação. Pode ser que a culpa não seja da marcação a mercado.
Os fundos do Dresdner, que recentemente passaram para a gestão do ABN Amro Real, tiveram prejuízos há alguns meses por terem investido em debêntures da Cemar que não foram pagas.
Já o Banrisul Multi FAQ, que aparece em primeiro lugar entre os de renda fixa com menor rentabilidade no ano, teve prejuízo tanto com a marcação a mercado quanto com a Bolsa, pois também investe em ações, explica Álvaro de Borba Kafruni, diretor de administração de recursos de terceiros do Banrisul.
Outro ponto importante a ser pesquisado são as taxas de administração. No caso dos fundos DI e de renda fixa, se forem muito altas, podem comprometer a rentabilidade. Em média, diz Marcia Dessen, diretora do Instituto Brasileiro de Certificação de Planejadores Financeiros, os fundos de varejo cobram de 2% a 4% ao ano de taxa de administração. Mas há opções mais em conta, na faixa de 1% ou menos, principalmente em portais financeiros da internet.
Seja insistente no banco. Se não ficar satisfeito com as respostas ou não sentir confiança, siga a orientação de Dessen: invista em outra instituição ou em outro produto.
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