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10/06/2002 - 17h15

Mercado se acalma com pesquisa eleitoral e dólar fecha estável

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LUCIANA COELHO
da Folha Online

O dólar comercial encerrou esta segunda-feira cotado aos mesmos R$ 2,636 que valia no fechamento anterior. A oscilação foi forte durante a manhã, mas os leilões de títulos cambiais e pós-fixados enfraqueceram ainda mais o volume de negócios durante a tarde, que já era baixo.

O principal motivo da estabilização, segundo operadores, foi o avanço do pré-candidato governista à Presidência, José Serra, na mais recente pesquisa para as eleições de outubro, feita pelo Datafolha e divulgada no sábado.

Enquanto Serra, preferido pelo mercado por seu vínculo com a continuidade da atual política econômica, ganhou pontos, o principal candidato de oposição e líder das pesquisas, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), registrou queda das intenções de voto pela primeira vez.

Entretanto, apesar da consolidação do candidato governista no segundo lugar, Lula ainda lidera o levantamento com larga vantagem. Tal resultado levou os bancos a colocarem fim na corrida por dólares promovida nas últimas semanas, mas não foi suficiente para convencer as instituições a desovarem seus dólares no mercado.

Os bancos formaram grandes posições em dólares e agora precisam de um motivo forte para desovar esse dinheiro, como a inversão da corrida sucessória ou uma atitude mais drástica do BC. Para alguns operadores, a intervenção direta no mercado de dólar à vista de forma semelhante ao que ocorreu no ano passado, com as 'rações diárias' de US$ 50 milhões.

'Ninguém vai vender dólar até as eleições, mas acredito que, se não acontecer nada de muito diferente, o dólar deve continuar nesse patamar. Principalmente se as próximas pesquisas confirmarem o avanço do Serra', disse Mario Battistel, diretor de câmbio da corretora Novação.

Hoje, o Ibope deve divulgar mais uma pesquisa de intenção de voto.

Também contribuiu para tranquilidade vista hoje pelo mercado a conferência telefônica promovida entre o presidente do BC, Armínio Fraga, e analistas na última sexta-feira. Fraga teria acalmado os investidores e deixado em aberto a possibilidade de intervir no mercado ou de vender títulos de curtíssimo prazo, com vencimento ainda este ano, como pedem os bancos.

A operação de troca de papéis cambiais realizada hoje, na qual o Tesouro adiantou para 2003 seus vencimentos, também foi bem sucedida, somando um volume de R$ 2,4 bilhões.

A Bovespa fechou com alta de 2,58%, a 12.599 pontos. Às 17h10, o risco-país, principal medida da confiança do investidor externo na economia brasileira, caía 3,38% para 1.141 pontos e o C-Bond, principal título brasileiro negociado no exterior, subia 1,91% para 70,19% do valor de face.

Veja a cotação do dólar durante o dia
 

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