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19/06/2002
-
19h35
da France Presse, em Washington
O FMI (Fundo Monetário Internacional) negou nesta quarta-feira que a América Latina sofra um contágio econômico generalizado da crise argentina, e sustentou que os problemas enfrentados por cada país são próprios, com exceção do Uruguai.
O porta-voz do FMI, Thomas Dawson, pediu cuidado com a palavra "contágio", ao negar que os acontecimentos adversos do mercado no Brasil nos últimos dias sejam mostra disso.
"Sem dúvida há um aumento da volatilidade no mercado, mas a palavra 'contágio' deve ser usada com precaução", afirmou.
Thomas Dawson passou a maior parte de uma entrevista à imprensa quarta-feira respondendo a questões sobre a situação difícil vivida por vários países do continente sul-americano.
Segundo ele, a situação nada tem a ver com a registrada na Ásia em 1997/98 quando países como Tailândia, Coréia do Sul e Indonésia se viram, uns após os outros, mergulhados na crise econômica, e com o FMI lhes repassando em seguida dezenas de bilhões de dólares para levantá-los.
A economia argentina naufragou no inverno passado após quatro anos de recessão e depois que o FMI interrompeu toda a ajuda financeira ante a incapacidade do governo da época de aplicar medidas de austeridade econômicas exigidas.
A ajuda não foi retomada, apesar dos pedidos insistentes de Buenos Aires. Nesta mesma quarta-feira, Thomas Dawson mostrou-se evasivo em relação a um futuro calendário de negociações com Buenos Aires.
O diretor-geral do FMI, Horst Koehler, estimou, no entanto, nesta quarta-feira, em Haia, que um acordo com Buenos Aires poderá ser assinado no próximo mês.
"Nós deixamos bem claro que a situação no Uruguai tem a ver em grande parte com a situação no vizinho argentino, mas, no Brasil, são outros fatores, entre eles os políticos', afirmou Thomas Dawson.
Segundo Horst Koehler, "os mercados superestimaram a situação no Brasil" no qual o governo segue, segundo ele, uma boa política econômica.
Até agora, o Fundo concedeu cerca de US$ 14 bilhões ao Brasil para ajudar o país a enfrentar a crise e se prepara para repassar mais de US$ 2 bilhões para o Uruguai.
Em relação à Colômbia, o presidente eleito Alvaro Uribe foi quarta-feira a Washington para pedir às instituições financeiras multilaterais e regionais uma ajuda maior.
Thomas Dawson fez nesta quarta-feira uma análise um pouco mais crítica da a situação no Equador, indicando que as discussões da semana passada entre as autoridades de Quito e o FMI não chegaram a bom termo devido à falta de medidas suficientes para contornar o déficit orçamentário.
Quanto à Venezuela, o FMI mantém uma grande discrição, não tendo um programa em curso com Caracas.
FMI nega contágio econômico generalizado na América Latina
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O FMI (Fundo Monetário Internacional) negou nesta quarta-feira que a América Latina sofra um contágio econômico generalizado da crise argentina, e sustentou que os problemas enfrentados por cada país são próprios, com exceção do Uruguai.
O porta-voz do FMI, Thomas Dawson, pediu cuidado com a palavra "contágio", ao negar que os acontecimentos adversos do mercado no Brasil nos últimos dias sejam mostra disso.
"Sem dúvida há um aumento da volatilidade no mercado, mas a palavra 'contágio' deve ser usada com precaução", afirmou.
Thomas Dawson passou a maior parte de uma entrevista à imprensa quarta-feira respondendo a questões sobre a situação difícil vivida por vários países do continente sul-americano.
Segundo ele, a situação nada tem a ver com a registrada na Ásia em 1997/98 quando países como Tailândia, Coréia do Sul e Indonésia se viram, uns após os outros, mergulhados na crise econômica, e com o FMI lhes repassando em seguida dezenas de bilhões de dólares para levantá-los.
A economia argentina naufragou no inverno passado após quatro anos de recessão e depois que o FMI interrompeu toda a ajuda financeira ante a incapacidade do governo da época de aplicar medidas de austeridade econômicas exigidas.
A ajuda não foi retomada, apesar dos pedidos insistentes de Buenos Aires. Nesta mesma quarta-feira, Thomas Dawson mostrou-se evasivo em relação a um futuro calendário de negociações com Buenos Aires.
O diretor-geral do FMI, Horst Koehler, estimou, no entanto, nesta quarta-feira, em Haia, que um acordo com Buenos Aires poderá ser assinado no próximo mês.
"Nós deixamos bem claro que a situação no Uruguai tem a ver em grande parte com a situação no vizinho argentino, mas, no Brasil, são outros fatores, entre eles os políticos', afirmou Thomas Dawson.
Segundo Horst Koehler, "os mercados superestimaram a situação no Brasil" no qual o governo segue, segundo ele, uma boa política econômica.
Até agora, o Fundo concedeu cerca de US$ 14 bilhões ao Brasil para ajudar o país a enfrentar a crise e se prepara para repassar mais de US$ 2 bilhões para o Uruguai.
Em relação à Colômbia, o presidente eleito Alvaro Uribe foi quarta-feira a Washington para pedir às instituições financeiras multilaterais e regionais uma ajuda maior.
Thomas Dawson fez nesta quarta-feira uma análise um pouco mais crítica da a situação no Equador, indicando que as discussões da semana passada entre as autoridades de Quito e o FMI não chegaram a bom termo devido à falta de medidas suficientes para contornar o déficit orçamentário.
Quanto à Venezuela, o FMI mantém uma grande discrição, não tendo um programa em curso com Caracas.
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