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21/06/2002 - 21h27

CEF recua e diz que FGTS financiará só imóveis novos à classe média

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FABIANA FUTEMA
da Folha Online

Depois de anunciar que os recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo Serviço) poderiam ser utilizados no financiamento de imóveis usados para a classe média, a Caixa Econômica Federal voltou atrás e informou que o dinheiro do Fundo só poderá ser usado por essa parcela da população para a compra de imóveis novos.

Mesmo assim, a utilização do FGTS para financiamento de imóveis para as pessoas que ganham mais de R$ 3.250 por mês é uma novidade. Antes, a utilização do recurso estava restrita às pessoas com rendimento mensal máximo de R$ 2.000 (imóvel pronto) e R$ 3.250 (imóvel em construção).

Sem explicar os motivos da alteração, a Caixa admitiu que ao contrário do que informou hoje à tarde, haverá um teto salarial para a classe média usar o FGTS no financiamento da compra de imóveis novos ou em construção. Só poderão usar o fundo a parcela da população com rendimento mensal máximo de R$ 4.500.

O diretor de Finanças da Caixa, Jorge Ávila, disse hoje à tarde que a nova linha de crédito para a classe média seria oferecida nas agências do banco nos próximos dias. Mas hoje à noite o banco informou que não existe uma data definida para início das operações da nova linha de financiamento habitacional com recursos do FGTS.

O Conselho Curador do FGTS permitiu que os trabalhadores com renda mensal de R$ 3.250,01 a R$ 4.500 possam financiar até R$ 64 mil de imóveis novos ou em construção avaliados em até R$ 80 mil. O prazo de pagamento será de 240 meses, com uma taxa de correção de 10,16% ao ano.

O banco havia informado anteriormente que nessa modalidade haveria a cobrança de mais 1% sobre o valor da operação e R$ 25 por mês -referente à taxa de manutenção de contrato-, além da TR (Taxa Referencial), como indexador do crédito. À noite, a Caixa não soube dizer se o novo financiado terá a TR como indexador e retirou dessa modalidade a cobrança da taxa de 1% sobre o valor da operação e os R$ 25 mensais de manutenção de contrato de crédito.

A Caixa suspendeu o financiamento de imóveis usados para a classe média no final de agosto de 2001. O banco voltou a atender a classe média em janeiro, com recursos do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador), que financia imóveis pelo prazo máximo de 15 anos com correção pela TJLP mais 5,5% ao ano.

Taxas de juros
A Caixa também alterou à noite a tabela de juros dos financiamentos habitacionais concedidos com recursos do FGTS. Diferentemente do anunciado à tarde, as taxas de juros e limites de financiamento e de avaliação de imóveis foram modificados sem outras explicações.

O Conselho Curador do FGTS, que liberou o financiamento da casa própria com recursos do Fundo para a classe média, também efetuou uma alteração geral nas taxas de juros dos créditos imobiliários para a baixa renda.

Até então, o FGTS podia ser utilizado apenas pelas famílias com renda máxima mensal de R$ 2000 (imóveis prontos) ou R$ 3.250 (imóveis em construção). O FGTS também financia a reforma ou ampliação e compra de material de construção.

O trabalhador que já era atendido anteriormente pelo FGTS -com renda máxima mensal de R$ 2.000 (imóvel pronto) a R$ 3.250 (imóvel na planta)- terá a partir de agora novos critérios para o valor do crédito, do imóvel financiado e taxa de juros. Antes, o valor máximo financiado era de R$ 44 mil para imóveis avaliados em até R$ 62 mil e a correção era de 6% ao ano mais 2% de administração.

A partir de agora, haverá quatro modalidades de crédito para os financiamentos feitos com recursos do FGTS. O primeiro, voltado para quem ganha até R$ 1.000, terá um valor máximo de financiamento de R$ 44 mil (imóvel novo ou usado) ou R$ 55 mil (imóvel em construção) para imóveis avaliados em até R$ 62 mil. A taxa de juros será de 6% ao ano sobre o valor da operação. Antes, o banco havia informado que haveria a cobrança de mais 1% sobre o valor da operação.

O segundo modelo, para trabalhadores com renda média de R$ 1.000 a R$ 2.000, terá um valor máximo de financiamento de R$ 44 mil (imóvel pronto novo ou usado) ou R$ 55 mil (imóvel na planta). O valor máximo de avaliação do imóvel será de R$ 62 mil e a taxa de juros será de 8,16% ao ano sobre o valor da operação. O banco também retirou a cobrança de mais 1% sobre o valor da operação.

O terceiro modelo de financiamento, destinado para quem ganha de R$ 2.001 a R$ 3.250 por mês, financiará até R$ 55 mil (imóveis novos ou em construção) avaliados em até R$ 62 mil. A taxa de juros será de 8,16% ao ao sobre o valor da operação. À tarde, a Caixa havia informado que também cobraria mais 1% sobre o valor da operação e mais R$ 25 por mês de manutenção do contrato.

O quarto modelo -que é a grande novidade- é aquele voltado para quem ganha de R$ 3.250,01 a R$ 4.500 por mês. Para essa modalidade, será possível financiar até R$ 64 mil (imóveis novos ou em construção) avaliados em até R$ 80 mil. O prazo de pagamento será de até 240 meses (20 anos), com uma correção de 10,16% ao ano sobre o valor da operação.

O banco também retirou à noite a cobrança de mais 1% sobre o valor da operação e R$ 25 por mês referente à taxa de manutenção de contrato.

 

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