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27/06/2002
-
07h37
LUCIANA COELHO
da Folha Online
Após as turbulências de ontem, geradas pelo escândalo de fraude envolvendo a operadora norte-americana de telefonia WorldCom, que contagiou todos os mercados, o dia hoje promete ser um pouco mais tranquilo, mas as atenções continuam voltadas para os títulos da dívida.
A Bovespa deve se recuperar da queda das ações da Embratel, controlada pela WorldCom, que chegou a 24% no caso dos papéis preferenciais. Já os mercados de câmbio e dívida tendem a continuar a trajetória negativa, embora de forma menos intensa.
Ontem, a Bovespa perdeu 0,14% e o dólar subiu 2,19%, para seu maior fechamento desde a criação do real, R$ 2,885. Já o C-Bond, principal título da dívida brasileira no exterior, caiu para 59,94% de seu valor de face. O risco-país brasileiro continua a ser o segundo maior do mundo após subir mais 4,8% e chegar aos 1.710 pontos.
Se mantiver a escalada, o risco-país, indicador da confiança do investidor estrangeiro na economia do Brasil, pode superar sua maior cotação até hoje, registrada em 14 de janeiro de 1999: 1.779 pontos.
O indicador mede a diferença entre os juros pagos pelos títulos da dívida de um país e os do Tesouro dos EUA.
Os títulos brasileiros, assim como seus congêneres latino-americanos, vêm caindo continuamente com as incertezas em relação à política econômica do país sob um novo governo, que começa em 2003, e com o ajuste nos mercados externos, sobretudo dos EUA, que devido a uma crise de liquidez em suas economias estão diminuindo sua exposição a investimentos em mercados emergentes.
Esse movimento tem feito os investidores locais migrarem de ativos mais expostos a problemas externos de falta de caixa para investimento, como ações e títulos, em direção ao dólar.
Hoje, o Tesouro Nacional realiza a primeira etapa de um leilão de NTN-C (Notas do Tesouro Nacional, série C), com a oferta de 600 mil títulos com vencimentos em 2008 e 2017.
No mercado acionário, a NET (ex-GloboCabo) estréia no nível 2 de governança corporativa da Bovespa e a EDS, líder mundial em prestação de serviços, e a Sun anunciam parceria e investimentos no Brasil para os próximos anos.
Entre os dados econômicos, o mercado aguarda para hoje os índices inflacionários da Fipe e da FGV (IGP-M de maio). O IBGE divulga o levantamento sistemático da produção agrícola de maio e a Fiesp, o INA (Indicador Nacional do Nível de Atividade) de maio.
O Banco Central publica uma nota sobre a política fiscal do mês de maio e a CNI (Confederação Nacional das Indústrias) divulga seu INEC (Índice Nacional de Expectativa do Consumidor). A Fecomércio também anuncia a sua pesquisa de confiança do consumidor.
Nos EUA, sai hoje o resultado do PIB (Produto Interno Bruto) do primeiro trimestre.
Mercado fica de olho em movimento de títulos da dívida
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da Folha Online
Após as turbulências de ontem, geradas pelo escândalo de fraude envolvendo a operadora norte-americana de telefonia WorldCom, que contagiou todos os mercados, o dia hoje promete ser um pouco mais tranquilo, mas as atenções continuam voltadas para os títulos da dívida.
A Bovespa deve se recuperar da queda das ações da Embratel, controlada pela WorldCom, que chegou a 24% no caso dos papéis preferenciais. Já os mercados de câmbio e dívida tendem a continuar a trajetória negativa, embora de forma menos intensa.
Ontem, a Bovespa perdeu 0,14% e o dólar subiu 2,19%, para seu maior fechamento desde a criação do real, R$ 2,885. Já o C-Bond, principal título da dívida brasileira no exterior, caiu para 59,94% de seu valor de face. O risco-país brasileiro continua a ser o segundo maior do mundo após subir mais 4,8% e chegar aos 1.710 pontos.
Se mantiver a escalada, o risco-país, indicador da confiança do investidor estrangeiro na economia do Brasil, pode superar sua maior cotação até hoje, registrada em 14 de janeiro de 1999: 1.779 pontos.
O indicador mede a diferença entre os juros pagos pelos títulos da dívida de um país e os do Tesouro dos EUA.
Os títulos brasileiros, assim como seus congêneres latino-americanos, vêm caindo continuamente com as incertezas em relação à política econômica do país sob um novo governo, que começa em 2003, e com o ajuste nos mercados externos, sobretudo dos EUA, que devido a uma crise de liquidez em suas economias estão diminuindo sua exposição a investimentos em mercados emergentes.
Esse movimento tem feito os investidores locais migrarem de ativos mais expostos a problemas externos de falta de caixa para investimento, como ações e títulos, em direção ao dólar.
Hoje, o Tesouro Nacional realiza a primeira etapa de um leilão de NTN-C (Notas do Tesouro Nacional, série C), com a oferta de 600 mil títulos com vencimentos em 2008 e 2017.
No mercado acionário, a NET (ex-GloboCabo) estréia no nível 2 de governança corporativa da Bovespa e a EDS, líder mundial em prestação de serviços, e a Sun anunciam parceria e investimentos no Brasil para os próximos anos.
Entre os dados econômicos, o mercado aguarda para hoje os índices inflacionários da Fipe e da FGV (IGP-M de maio). O IBGE divulga o levantamento sistemático da produção agrícola de maio e a Fiesp, o INA (Indicador Nacional do Nível de Atividade) de maio.
O Banco Central publica uma nota sobre a política fiscal do mês de maio e a CNI (Confederação Nacional das Indústrias) divulga seu INEC (Índice Nacional de Expectativa do Consumidor). A Fecomércio também anuncia a sua pesquisa de confiança do consumidor.
Nos EUA, sai hoje o resultado do PIB (Produto Interno Bruto) do primeiro trimestre.
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