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27/06/2002
-
19h14
ANA PAULA GRABOIS
da Folha Online, no Rio
A inflação de junho, medida pelo IGP-M (Índice Geral de Preços de Mercado), ficou em 1,54%. Foi a maior alta do índice desde julho de 2000, quando foi apurada variação de 1,57%. Em maio, o IGP-M ficou em 0,83%. As taxas foram calculadas pela FGV (Fundação Getúlio Vargas).
A alta da inflação ocorreu principalmente por conta do efeito da subida do dólar nos preços dos produtos vendidos no atacado, em sua maioria, cotados na moeda norte-americana.
"O dólar é o fator determinante para o IGP-M do mês que vem e será até o final do ano", diz o responsável pela pesquisa da FGV, o economista Paulo Sidney de Melo Cota,
Os preços no atacado, medidos pelo IPA (Índice de Preços no Atacado), subiram 2,31% e exerceram a maior pressão de alta sobre o IGP-M. Em maio, o IPA ficou em 0,83%.
Cota diz que, além do câmbio, o efeito da chegada do inverno sobre os produtos agrícolas ajudou a puxar o IGP-M para cima. Tais produtos subiram 4,17%. Os destaques de alta no atacado foram soja (17,80%), trigo (16,03%), ovos (14,42%) e celulose (14,61%).
Os preços no varejo subiram mais de maio para junho, porém em menor intensidade. Em maio, o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) ficou em 0,30% e passou para 0,39% em junho.
As maiores pressões de alta foram exercidas pela tarifa de ônibus urbano e pelo gás de bujão (GLP). As passagens de ônibus tiveram aumento médio de 2,49% no Rio, Recife e Fortaleza. O preço do gás para o consumidor aumentou 5,59% em junho. Em 1º de junho, a Petrobras reajustou em 9,2% o preço do GLP.
O INCC (Índice Nacional do Custo da Construção) recuou de 2,47% em maio para 0,21% em junho.
Os preços do IGP-M são coletados em 12 capitais do país entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência. Ou seja, a taxa de junho foi calculada com base em preços pesquisados entre 21 de maio e 20 de junho. O IGP-M é composto pelo IPA, IPC e INCC, cujos pesos são de 60%, 30% e 10%, respectivamente.
Dólar faz IGP-M ter maior alta desde julho de 2000, de 1,54%
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da Folha Online, no Rio
A inflação de junho, medida pelo IGP-M (Índice Geral de Preços de Mercado), ficou em 1,54%. Foi a maior alta do índice desde julho de 2000, quando foi apurada variação de 1,57%. Em maio, o IGP-M ficou em 0,83%. As taxas foram calculadas pela FGV (Fundação Getúlio Vargas).
A alta da inflação ocorreu principalmente por conta do efeito da subida do dólar nos preços dos produtos vendidos no atacado, em sua maioria, cotados na moeda norte-americana.
"O dólar é o fator determinante para o IGP-M do mês que vem e será até o final do ano", diz o responsável pela pesquisa da FGV, o economista Paulo Sidney de Melo Cota,
Os preços no atacado, medidos pelo IPA (Índice de Preços no Atacado), subiram 2,31% e exerceram a maior pressão de alta sobre o IGP-M. Em maio, o IPA ficou em 0,83%.
Cota diz que, além do câmbio, o efeito da chegada do inverno sobre os produtos agrícolas ajudou a puxar o IGP-M para cima. Tais produtos subiram 4,17%. Os destaques de alta no atacado foram soja (17,80%), trigo (16,03%), ovos (14,42%) e celulose (14,61%).
Os preços no varejo subiram mais de maio para junho, porém em menor intensidade. Em maio, o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) ficou em 0,30% e passou para 0,39% em junho.
As maiores pressões de alta foram exercidas pela tarifa de ônibus urbano e pelo gás de bujão (GLP). As passagens de ônibus tiveram aumento médio de 2,49% no Rio, Recife e Fortaleza. O preço do gás para o consumidor aumentou 5,59% em junho. Em 1º de junho, a Petrobras reajustou em 9,2% o preço do GLP.
O INCC (Índice Nacional do Custo da Construção) recuou de 2,47% em maio para 0,21% em junho.
Os preços do IGP-M são coletados em 12 capitais do país entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência. Ou seja, a taxa de junho foi calculada com base em preços pesquisados entre 21 de maio e 20 de junho. O IGP-M é composto pelo IPA, IPC e INCC, cujos pesos são de 60%, 30% e 10%, respectivamente.
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