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02/07/2002
-
13h45
ELAINE COTTA
da Folha Online
A Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e o PT (Partido dos Trabalhadores) falaram hoje a mesma língua ao criticar o prazo de 30 meses estimado pelo presidente do Banco Central, Armínio Fraga, para que o Brasil conquiste o título de país seguro para o investimento estrangeiro.
Atualmente, o Brasil integra a "lista negra" das agências de classificação de risco, na qual aparece em patamar de país para investimento especulativo.
O presidente da Fiesp, Horacio Lafer Piva, e o economista Guido Mantega, principal assessor econômico do candidato à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT), consideram "tempo demais" esperar até a metade do próximo governo para ver uma melhora da classificação de risco do Brasil.
"Os empresários vão quebrar se tiverem de esperar 30 meses. A população pobre não aguenta. É tempo demais", disse Mantega.
Para Piva, a economia brasileira tem capacidade de melhorar sua nota (rating) antes disso.
O economista do PT propõe uma "ofensiva de crescimento" para estimular a curto prazo a indústria e outros setores da economia.
Entre as ações dessa ofensiva, estaria a redução da TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo) para um patamar entre 6% e 5%. Na última quinta-feira, o governo elevou a TJLP de 9,5% para 10% ao ano.
Mantega cita também a adoção de incentivos fiscais para os exportadores e os industriais, como a redução dos chamados impostos em cascata (PIS/Pasep e Cofins), e o uso do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para financiar empresas exportadoras.
A sintonia entre os discursos do PT e da atual gestão da Fiesp é bem diferente da observada nas eleições presidenciais de 1989, quando o então presidente da Fiesp, Mário Amato, disse que centenas de empresários deixariam o país se o petista vencesse.
Mantega e Piva fizeram essas declarações após a saída de Fraga de seminário na sede da Fiesp que tinha o objetivo de discutir políticas de desenvolvimento.
Leia mais:
Brasil precisa deixar lista negra em 30 meses, diz Fraga
Fiesp descrê em corte de juros antes do Copom
Fiesp e PT se sintonizam em crítica ao presidente do Banco Central
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da Folha Online
A Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e o PT (Partido dos Trabalhadores) falaram hoje a mesma língua ao criticar o prazo de 30 meses estimado pelo presidente do Banco Central, Armínio Fraga, para que o Brasil conquiste o título de país seguro para o investimento estrangeiro.
Atualmente, o Brasil integra a "lista negra" das agências de classificação de risco, na qual aparece em patamar de país para investimento especulativo.
O presidente da Fiesp, Horacio Lafer Piva, e o economista Guido Mantega, principal assessor econômico do candidato à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT), consideram "tempo demais" esperar até a metade do próximo governo para ver uma melhora da classificação de risco do Brasil.
"Os empresários vão quebrar se tiverem de esperar 30 meses. A população pobre não aguenta. É tempo demais", disse Mantega.
Para Piva, a economia brasileira tem capacidade de melhorar sua nota (rating) antes disso.
O economista do PT propõe uma "ofensiva de crescimento" para estimular a curto prazo a indústria e outros setores da economia.
Entre as ações dessa ofensiva, estaria a redução da TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo) para um patamar entre 6% e 5%. Na última quinta-feira, o governo elevou a TJLP de 9,5% para 10% ao ano.
Mantega cita também a adoção de incentivos fiscais para os exportadores e os industriais, como a redução dos chamados impostos em cascata (PIS/Pasep e Cofins), e o uso do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para financiar empresas exportadoras.
A sintonia entre os discursos do PT e da atual gestão da Fiesp é bem diferente da observada nas eleições presidenciais de 1989, quando o então presidente da Fiesp, Mário Amato, disse que centenas de empresários deixariam o país se o petista vencesse.
Mantega e Piva fizeram essas declarações após a saída de Fraga de seminário na sede da Fiesp que tinha o objetivo de discutir políticas de desenvolvimento.
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