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08/07/2002
-
13h13
FABIANA FUTEMA
da Folha Online
A Abrapp (Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar e os ministérios da Previdência e Planejamento devem formar um grupo de trabalho para discutir a aplicação dos recursos dos fundos de pensão em financiamento de projetos de infra-estrutura do país.
As entidades fechadas de previdência complementar terminaram o mês de março com um patrimônio de R$ 171,713 bilhões, um aumento de mais 16% em relação ao mesmo mês do ano anterior, ocasião em que o total de ativos do setor atingia R$ 147,936 bilhões.
O entendimento foi fechado no encontro de sexta-feira, do ministro do Planejamento, Guilherme Dias, com representantes da Abrapp.
"A participação dos fundos de pensão é fundamental não só pelos recursos que administram, mas porque podem mobilizar as entidades existentes em outros países da América Latina a financiar os projetos de infra-estrutura da região", disse Dias.
O ministro apresentou para a Abrapp projetos de integração e modernização da infra-estrutura latino-americana, a serem desenvolvidos nos próximos dez anos nos setores de transporte, energia e telecomunicações.
Segundo ele, a concretização desses projetos depende muito da poupança previdenciária. Numa primeira fase há 120 projetos a desenvolver ou em andamento, demandando US$ 40 bilhões em financiamento.
Dias reconheceu que para atrair um maior número de investidores privados será necessário avançar regras de regulação e oferecer maior segurança em termos de rentabilidade e liquidez.
O secretário de Previdência Complementar, José Roberto Savóia, disse que há espaço para a cooperação entre o Planejamento e os fundos de pensão.
Ele apontou as sociedades de propósito específico e os fundos de empresas emergentes como instrumentos que podem servir de ponte para essa cooperação.
Mas Savóia reconheceu que esses instrumentos ainda precisam ser melhor regulados. Os assuntos ainda dependem da CVM (Comissão de Valores Mobiliários).
O presidente da Abrapp, Fernando Pimentel, afirmou que existe interesse do setor em examinar uma eventual participação das entidades no financiamento dos projetos de infra-estrutura. No entanto, Pimentel, disse que é preciso garantir a rentabilidade, liquidez e segurança de possíveis investimentos.
Para o presidente do Sindapp, José de Sousa Teixeira, cabe ao Brasil, pela dimensão de sua economia e de seu parque industrial, a liderança desse importante processo de integração.
O vice-presidente do ICSS, Carlos Tadeu Moreira Ribeiro, chamou a atenção para o fato de que investimentos de longo prazo atraem os fundos de pensão, pela possibilidade que criam de um maior casamento entre ativo e passivo.
Fundos de pensão analisam investimento em infra-estrutura
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da Folha Online
A Abrapp (Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar e os ministérios da Previdência e Planejamento devem formar um grupo de trabalho para discutir a aplicação dos recursos dos fundos de pensão em financiamento de projetos de infra-estrutura do país.
As entidades fechadas de previdência complementar terminaram o mês de março com um patrimônio de R$ 171,713 bilhões, um aumento de mais 16% em relação ao mesmo mês do ano anterior, ocasião em que o total de ativos do setor atingia R$ 147,936 bilhões.
O entendimento foi fechado no encontro de sexta-feira, do ministro do Planejamento, Guilherme Dias, com representantes da Abrapp.
"A participação dos fundos de pensão é fundamental não só pelos recursos que administram, mas porque podem mobilizar as entidades existentes em outros países da América Latina a financiar os projetos de infra-estrutura da região", disse Dias.
O ministro apresentou para a Abrapp projetos de integração e modernização da infra-estrutura latino-americana, a serem desenvolvidos nos próximos dez anos nos setores de transporte, energia e telecomunicações.
Segundo ele, a concretização desses projetos depende muito da poupança previdenciária. Numa primeira fase há 120 projetos a desenvolver ou em andamento, demandando US$ 40 bilhões em financiamento.
Dias reconheceu que para atrair um maior número de investidores privados será necessário avançar regras de regulação e oferecer maior segurança em termos de rentabilidade e liquidez.
O secretário de Previdência Complementar, José Roberto Savóia, disse que há espaço para a cooperação entre o Planejamento e os fundos de pensão.
Ele apontou as sociedades de propósito específico e os fundos de empresas emergentes como instrumentos que podem servir de ponte para essa cooperação.
Mas Savóia reconheceu que esses instrumentos ainda precisam ser melhor regulados. Os assuntos ainda dependem da CVM (Comissão de Valores Mobiliários).
O presidente da Abrapp, Fernando Pimentel, afirmou que existe interesse do setor em examinar uma eventual participação das entidades no financiamento dos projetos de infra-estrutura. No entanto, Pimentel, disse que é preciso garantir a rentabilidade, liquidez e segurança de possíveis investimentos.
Para o presidente do Sindapp, José de Sousa Teixeira, cabe ao Brasil, pela dimensão de sua economia e de seu parque industrial, a liderança desse importante processo de integração.
O vice-presidente do ICSS, Carlos Tadeu Moreira Ribeiro, chamou a atenção para o fato de que investimentos de longo prazo atraem os fundos de pensão, pela possibilidade que criam de um maior casamento entre ativo e passivo.
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