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30/07/2002
-
10h11
JOSÉ SERGIO OSSE
da Folha de S.Paulo
A crise argentina não afetou -ou afetou pouco- as principais cadeias produtivas do agronegócio brasileiro. Essa foi a conclusão da reunião entre representantes desses setores, realizada na sexta-feira para discutir os efeitos da crise no país vizinho.
Segundo os participantes, muito mais significativa que a Argentina é a questão envolvendo barreiras tarifárias e subsídios à produção. Esses problemas são os que, na realidade, impedem que o setor contribua mais para gerar superávits na balança comercial.
Os setores que disseram ter problemas com a crise foram os de trigo e de equipamentos.
A Argentina representa cerca de 95% do fornecimento brasileiro de trigo. Mas, devido à crise, os produtores estão plantando soja (mais rentável no momento), e a oferta está cada vez menor. Segundo Ricardo Ferraz, vice-presidente da Abitrigo (Associação Brasileira da Indústria do Trigo), o número de fornecedores argentinos caiu de 17 para apenas 6.
Shiro Nishimura, diretor da Jacto, afirma que as exportações brasileiras de equipamentos para a Argentina foram de US$ 37 milhões em 2001. Mas, com a crise, caíram para US$ 2,6 milhões no primeiro semestre deste ano.
Liderança regional
Para os presentes à reunião, promovida pela Abag (Associação Brasileira de Agronegócio), é preciso que o governo trabalhe para que o Brasil ocupe a posição de líder regional. Essa liderança se manifestaria tanto nas negociações com relação ao Mercosul como nos contenciosos dos países sul-americanos na OMC (Organização Mundial do Comércio).
Uma ação nesse sentido, por exemplo, foi proposta por Ovídio Carlos Brito, do Fundepec (Fundação para o Desenvolvimento da Pecuária). Segundo ele, o país é que deveria liderar as campanhas de erradicação da febre aftosa no continente. Só assim, diz, será possível erradicar efetivamente essa e outras doenças no Brasil.
Outra questão levantada durante a reunião foi a falta de marketing dos produtos brasileiros no exterior. Para os presentes, essa é uma falha dos produtores, que não agem para estimular o consumo de seus produtos no exterior.
Estiveram presentes ao encontro representantes dos setores de carne bovina, frangos, suínos, soja, trigo, milho, café, açúcar, álcool, algodão, leite, equipamentos e sementes, entre outros.
Setor de agronegócios não sente efeitos da crise argentina
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da Folha de S.Paulo
A crise argentina não afetou -ou afetou pouco- as principais cadeias produtivas do agronegócio brasileiro. Essa foi a conclusão da reunião entre representantes desses setores, realizada na sexta-feira para discutir os efeitos da crise no país vizinho.
Segundo os participantes, muito mais significativa que a Argentina é a questão envolvendo barreiras tarifárias e subsídios à produção. Esses problemas são os que, na realidade, impedem que o setor contribua mais para gerar superávits na balança comercial.
Os setores que disseram ter problemas com a crise foram os de trigo e de equipamentos.
A Argentina representa cerca de 95% do fornecimento brasileiro de trigo. Mas, devido à crise, os produtores estão plantando soja (mais rentável no momento), e a oferta está cada vez menor. Segundo Ricardo Ferraz, vice-presidente da Abitrigo (Associação Brasileira da Indústria do Trigo), o número de fornecedores argentinos caiu de 17 para apenas 6.
Shiro Nishimura, diretor da Jacto, afirma que as exportações brasileiras de equipamentos para a Argentina foram de US$ 37 milhões em 2001. Mas, com a crise, caíram para US$ 2,6 milhões no primeiro semestre deste ano.
Liderança regional
Para os presentes à reunião, promovida pela Abag (Associação Brasileira de Agronegócio), é preciso que o governo trabalhe para que o Brasil ocupe a posição de líder regional. Essa liderança se manifestaria tanto nas negociações com relação ao Mercosul como nos contenciosos dos países sul-americanos na OMC (Organização Mundial do Comércio).
Uma ação nesse sentido, por exemplo, foi proposta por Ovídio Carlos Brito, do Fundepec (Fundação para o Desenvolvimento da Pecuária). Segundo ele, o país é que deveria liderar as campanhas de erradicação da febre aftosa no continente. Só assim, diz, será possível erradicar efetivamente essa e outras doenças no Brasil.
Outra questão levantada durante a reunião foi a falta de marketing dos produtos brasileiros no exterior. Para os presentes, essa é uma falha dos produtores, que não agem para estimular o consumo de seus produtos no exterior.
Estiveram presentes ao encontro representantes dos setores de carne bovina, frangos, suínos, soja, trigo, milho, café, açúcar, álcool, algodão, leite, equipamentos e sementes, entre outros.
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