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30/07/2002
-
16h53
FABIANA FUTEMA
da Folha Online
O consumidor brasileiro vai gastar mais para comer o pão francês de todo dia. Segundo o vice-presidente da Abip (Associação Brasileira de Indústria de Panificação e Confeitaria), Francisco Maia, a alta do dólar está pressionando os custos do setor, que já segurou o que pode, e deve repassar os custos para o preço do pãozinho.
"As padarias seguraram o quanto puderam o repasse. Mas aquelas que estão precisando recompor caixa mais rapidamente estão repassando a elevação dos custos automaticamente para o preço do pão ao consumidor."
No mês passado, o preço médio do pãozinho no Estado de São Paulo era de R$ 0,17. No começo de julho, o pão francês já estava sendo vendido pelo preço médio de R$ 0,20. Maia acredita que algumas padarias vão terminar o mês vendendo o produto por R$ 0,25 por unidade. "O repasse de preços não é imediato. O dólar sobe e afeta primeiro o trigo e depois a farinha. Dentro dessa cadeia, o último setor a ser pressionado pelo câmbio é a panificação."
Segundo Maia, o preço do pão francês já acumula uma alta de 20% em 2002 nas 11 mil padarias do Estado de São Paulo. Mas existem padarias vendendo o pão francês proporcionalmente por R$ 0,11. Ele não acredita que o preço do pão francês ultrapasse o patamar de R$ 0,25. 'Os maiores repasses deverão ser feitos pelas padarias que estavam segurando seus preços, principalmente aquelas que cobravam os menores preços.''
Além do dólar, o setor também está sendo pressionado pela alta da energia e do gás, usados para assar o pãozinho nas padarias.
Até as 16h de hoje, o dólar estava cotado a R$ 3,3, uma alta de 3,77% em relação a ontem. No ano, real já acumula uma desvalorização de 28% frente à moeda americana.
A variação do dólar impacta o preço do pão, pois a farinha representa 60% de seu custo de fabricação. Como o Brasil importa 85% do trigo, a alta do dólar eleva os custos das padarias.
Maia disse que a crise argentina agravou a situação do setor, pois o país vizinho, além de reduzir o volume de embarques de trigo para o Brasil, também elevou o preço do trigo em dólar. No ano passado, o Brasil importou da Argentina 85% do consumo total de trigo do país, que é de 9 milhões de toneladas.
Dólar pressiona preço do pão francês, que deve chegar a R$ 0,25
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da Folha Online
O consumidor brasileiro vai gastar mais para comer o pão francês de todo dia. Segundo o vice-presidente da Abip (Associação Brasileira de Indústria de Panificação e Confeitaria), Francisco Maia, a alta do dólar está pressionando os custos do setor, que já segurou o que pode, e deve repassar os custos para o preço do pãozinho.
"As padarias seguraram o quanto puderam o repasse. Mas aquelas que estão precisando recompor caixa mais rapidamente estão repassando a elevação dos custos automaticamente para o preço do pão ao consumidor."
No mês passado, o preço médio do pãozinho no Estado de São Paulo era de R$ 0,17. No começo de julho, o pão francês já estava sendo vendido pelo preço médio de R$ 0,20. Maia acredita que algumas padarias vão terminar o mês vendendo o produto por R$ 0,25 por unidade. "O repasse de preços não é imediato. O dólar sobe e afeta primeiro o trigo e depois a farinha. Dentro dessa cadeia, o último setor a ser pressionado pelo câmbio é a panificação."
Segundo Maia, o preço do pão francês já acumula uma alta de 20% em 2002 nas 11 mil padarias do Estado de São Paulo. Mas existem padarias vendendo o pão francês proporcionalmente por R$ 0,11. Ele não acredita que o preço do pão francês ultrapasse o patamar de R$ 0,25. 'Os maiores repasses deverão ser feitos pelas padarias que estavam segurando seus preços, principalmente aquelas que cobravam os menores preços.''
Além do dólar, o setor também está sendo pressionado pela alta da energia e do gás, usados para assar o pãozinho nas padarias.
Até as 16h de hoje, o dólar estava cotado a R$ 3,3, uma alta de 3,77% em relação a ontem. No ano, real já acumula uma desvalorização de 28% frente à moeda americana.
A variação do dólar impacta o preço do pão, pois a farinha representa 60% de seu custo de fabricação. Como o Brasil importa 85% do trigo, a alta do dólar eleva os custos das padarias.
Maia disse que a crise argentina agravou a situação do setor, pois o país vizinho, além de reduzir o volume de embarques de trigo para o Brasil, também elevou o preço do trigo em dólar. No ano passado, o Brasil importou da Argentina 85% do consumo total de trigo do país, que é de 9 milhões de toneladas.
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