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02/08/2002
-
18h22
FABIANA FUTEMA
da Folha Online
A TIM vai reduzir o ritmo de investimentos e implantação de novas operadoras de telefonia celular no Brasil. A freada nos planos de investimento da companhia italiana no país é resultado do atraso da Anatel para autorizar a TIM o início das operações com tecnologia GSM (Global System for Mobile Communications) em todo o país.
A empresa, que já comprou no início do ano, por R$ 1,9 bilhão, a licença para operar o GSM, ainda não foi autorizada a iniciar a prestação dos novos serviços de telefonia celular da Anatel.
Segundo a TIM, a redução temporária do ritmo de implantação de novas operadoras no Brasil foi a única forma encontrada pela companhia para adequar seus investimentos atraso no início de sua operação comercial. A previsão da TIM era receber a autorização para operar o GSM ainda no primeiro semestre.
O plano de investimentos da TIM para implantação do GSM no país previa a aplicação de 1,281 bilhão de euros de 2001 a 2004. Do valor total, 195 milhões de euros foram investidos no ano passado e a previsão da TIM era aplicar mais 451,3 milhões de euros até o final de 2002. Com a desaceleração do ritmo de investimentos, o valor dos investimentos previstos para 2002 deve cair.
A TIM já está presente no país desde 1998 com 4,71 milhões de usuários distribuídos em três operadoras de telefonia celular: TIM Sul (Banda A), TIM Maxitel (Banda B) e TIM Nordeste (Banda A) em 11 Estados e em quatro municípios gaúchos da região de Pelotas (área da antiga CTMR Celular).
O plano da empresa era criar mais três operadoras (TIM São Paulo, TIM Rio-Norte e TIM Centro-Oeste), que atenderiam 15 Estados e o Distrito Federal com a tecnologia GSM. Mas a autorização não foi dada porque a TIM é acionista da Brasil Telecom, que ainda não cumpriu as metas de antecipação de qualidade e atendimento exigidas pela Anatel para liberar a operação de serviços para fora da sua área de concessão.
Como as metas da Brasil Telecom não foram antecipadas, a TIM, como acionista da operadora, só poderá entrar em outras áreas de concessão a partir de 2004.
Apesar de desacelerar os investimentos e planos para o país, o presidente mundial da Telecom Italia Mobile (TIM SpA), Marco De Benedetti, reafirmou que o Brasil continua sendo uma região estratégica para os planos internacionais do grupo TIM, dentre os quais se destaca a criação da primeira rede panamericana de GSM.
Uma das estratégias da TIM para conseguir a autorização da Anatel e antecipar de 2004 para 2002 a autorização para operar o GSM no país está a venda de parte de sua participação na Brasil Telecom. Pelas regras da privatização da telefonia no país, a TIM não precisará seguir as mesmas exigências impostas para a Brasil Telecom se reduzir sua participação no grupo de 38% para 20%.
Outra solução seria transferir a administração da participação da TIM na Brasil Telecom para um fundo fiduciário. Todas as hipóteses ainda estão sendo estudadas, pois o atraso nas operações do GSM implicam em ampliação do prazo de retorno dos investimentos da companhia no país.
Pendência com Anatel obriga TIM a reduzir investimentos no Brasil
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da Folha Online
A TIM vai reduzir o ritmo de investimentos e implantação de novas operadoras de telefonia celular no Brasil. A freada nos planos de investimento da companhia italiana no país é resultado do atraso da Anatel para autorizar a TIM o início das operações com tecnologia GSM (Global System for Mobile Communications) em todo o país.
A empresa, que já comprou no início do ano, por R$ 1,9 bilhão, a licença para operar o GSM, ainda não foi autorizada a iniciar a prestação dos novos serviços de telefonia celular da Anatel.
Segundo a TIM, a redução temporária do ritmo de implantação de novas operadoras no Brasil foi a única forma encontrada pela companhia para adequar seus investimentos atraso no início de sua operação comercial. A previsão da TIM era receber a autorização para operar o GSM ainda no primeiro semestre.
O plano de investimentos da TIM para implantação do GSM no país previa a aplicação de 1,281 bilhão de euros de 2001 a 2004. Do valor total, 195 milhões de euros foram investidos no ano passado e a previsão da TIM era aplicar mais 451,3 milhões de euros até o final de 2002. Com a desaceleração do ritmo de investimentos, o valor dos investimentos previstos para 2002 deve cair.
A TIM já está presente no país desde 1998 com 4,71 milhões de usuários distribuídos em três operadoras de telefonia celular: TIM Sul (Banda A), TIM Maxitel (Banda B) e TIM Nordeste (Banda A) em 11 Estados e em quatro municípios gaúchos da região de Pelotas (área da antiga CTMR Celular).
O plano da empresa era criar mais três operadoras (TIM São Paulo, TIM Rio-Norte e TIM Centro-Oeste), que atenderiam 15 Estados e o Distrito Federal com a tecnologia GSM. Mas a autorização não foi dada porque a TIM é acionista da Brasil Telecom, que ainda não cumpriu as metas de antecipação de qualidade e atendimento exigidas pela Anatel para liberar a operação de serviços para fora da sua área de concessão.
Como as metas da Brasil Telecom não foram antecipadas, a TIM, como acionista da operadora, só poderá entrar em outras áreas de concessão a partir de 2004.
Apesar de desacelerar os investimentos e planos para o país, o presidente mundial da Telecom Italia Mobile (TIM SpA), Marco De Benedetti, reafirmou que o Brasil continua sendo uma região estratégica para os planos internacionais do grupo TIM, dentre os quais se destaca a criação da primeira rede panamericana de GSM.
Uma das estratégias da TIM para conseguir a autorização da Anatel e antecipar de 2004 para 2002 a autorização para operar o GSM no país está a venda de parte de sua participação na Brasil Telecom. Pelas regras da privatização da telefonia no país, a TIM não precisará seguir as mesmas exigências impostas para a Brasil Telecom se reduzir sua participação no grupo de 38% para 20%.
Outra solução seria transferir a administração da participação da TIM na Brasil Telecom para um fundo fiduciário. Todas as hipóteses ainda estão sendo estudadas, pois o atraso nas operações do GSM implicam em ampliação do prazo de retorno dos investimentos da companhia no país.
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