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05/08/2002 - 14h24

Preços administrados fazem inflação bater recorde em SP, diz Dieese

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da Folha Online

Os chamados preços administrados pelo governo, aqueles de concessionárias de serviços públicos, foram os maiores responsáveis pelo aumento recorde de 1,34% do ICV (Índice do Custo de Vida) em julho na cidade de São Paulo.

Essa foi a maior taxa verificada pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos) desde julho de 2001, quando o custo de vida dos paulistanos subiu 2,12%. Em junho, alta foi de 0,60%.

Segundo o Dieese, os bens e serviços cujos preços são administrados pelo governo que mais pesaram no aumento do ICV de julho foram a energia (14,05%), gás de botijão (4,57%), telefonia (12,52%) e gasolina (2,26%).

Também pesou para a elevação do custo de vida do paulistano em julho a variação de preços da habitação de 3,77%. A alta pode ser explicada, segundo o Dieese pela variação dos gastos das operações do domicílio (6,77%), cujos bens e serviços têm, em sua maioria, seus preços administrados pelo governo: energia (14,05%), telefonia (12,52%) e gás de botijão (4,57%)

Outros custos ligados à habitação, no entanto, como locação, impostos e condomínio registraram queda de 0,20% em julho.

Os custos com alimentação subiram 1,12% em julho para os moradores da cidade de São Paulo. As maiores elevações foram verificadas pelo Dieese nos subgrupos da indústria alimentícia (1,99%) e produtos in natura e semi-elaborados (0,68%). Os paulistanos gastaram 0,34% a mais para comer fora de casa.

Os preços dos alimentos que mais subiram em julho foram leite in natura (6,51%), feijão (11,37%) e arroz (3,17%).

A alta do dólar também puxou para cima o preço dos alimentos industrializados, como farinha de trigo (7,64%), bolacha água e sal (3,78%), pão francês) e óleos comestíveis (10,31%).

Depois dos preços administrados e dos alimentos, o custo com transportes, que subiu 0,56% em julho, foi o que mais pressionou o ICV do mês passado. O aumento foi sentido tanto nos gastos com transporte individual (0,59%) -devido ao aumento da gasolina (2,26%) e diesel (6,34%)- como no coletivo (0,47%) -em função do reajuste das tarifas dos ônibus interestaduais (5,83%).

Por outro lado, os custos com vestuário caíram 0,50% e 0,39% com equipamentos domésticos em julho. As quedas, segundo o Dieese, refletem a demanda reprimida por produtos não essenciais e associados a setores muito competitivos.
 

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