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20/09/2000
-
05h17
ESPECIAL: Saiba o peso da nova crise no seu bolso
RICARDO GRINBAUM
da enviado especial da Folha de S.Paulo a Praga
Os altos preços do petróleo ameaçam o crescimento da economia mundial, segundo o Fundo Monetário Internacional. Se as cotações permanecerem altas, o mundo crescerá menos e a inflação aumentará no ano que vem, disse ontem o economista-chefe do FMI, Michael Mussa.
Antes da alta do óleo, nos quatro últimos meses, o Fundo previa que o mundo cresceria 4,2% no ano que vem. Como as cotações do óleo estão mais altas do que se imaginava, a perspectiva de crescimento econômico também pode ser revista, para 3,8% em 2001.
Mussa citou, como a primeira das ameaças à estabilidade da economia mundial, a cotação do petróleo. Para os países em desenvolvimento, como o Brasil, o problema é ainda pior, de acordo com o relatório de perspectivas econômicas do FMI. Em 20 países pobres, o crescimento em 2001 seria reduzido em um ponto percentual e 31 sofreriam uma queda nas projeções entre 0,5 e um ponto percentual.
A principal explicação para a redução é o desequilíbrio de preços entre os produtos que os países pobres importam e exportam. Enquanto os preços do óleo triplicaram nos últimos 18 meses, caíram as cotações de matérias-primas exportadas pelo Brasil, como a soja, o café e o açúcar.
No primeiro semestre de 2000, a soja esteve 24% mais barata do que no período de 1995 a 1997, o açúcar caiu 49% e o café, mais de 37%. Pelas contas do FMI, os dois movimentos -a queda no preço das matérias-primas e a alta do óleo- estão causando uma perda de 11% nos resultados da balança comercial brasileira em 2000.
O FMI projeta uma leve recuperação no preço das matérias-primas exportadas por países como o Brasil ano ano que vem.
Clique aqui para ler mais sobre economia no Dinheiro Online e na Folha Online
Alta do óleo ameaça PIB do Brasil, diz FMI
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RICARDO GRINBAUM
da enviado especial da Folha de S.Paulo a Praga
Os altos preços do petróleo ameaçam o crescimento da economia mundial, segundo o Fundo Monetário Internacional. Se as cotações permanecerem altas, o mundo crescerá menos e a inflação aumentará no ano que vem, disse ontem o economista-chefe do FMI, Michael Mussa.
Antes da alta do óleo, nos quatro últimos meses, o Fundo previa que o mundo cresceria 4,2% no ano que vem. Como as cotações do óleo estão mais altas do que se imaginava, a perspectiva de crescimento econômico também pode ser revista, para 3,8% em 2001.
Mussa citou, como a primeira das ameaças à estabilidade da economia mundial, a cotação do petróleo. Para os países em desenvolvimento, como o Brasil, o problema é ainda pior, de acordo com o relatório de perspectivas econômicas do FMI. Em 20 países pobres, o crescimento em 2001 seria reduzido em um ponto percentual e 31 sofreriam uma queda nas projeções entre 0,5 e um ponto percentual.
A principal explicação para a redução é o desequilíbrio de preços entre os produtos que os países pobres importam e exportam. Enquanto os preços do óleo triplicaram nos últimos 18 meses, caíram as cotações de matérias-primas exportadas pelo Brasil, como a soja, o café e o açúcar.
No primeiro semestre de 2000, a soja esteve 24% mais barata do que no período de 1995 a 1997, o açúcar caiu 49% e o café, mais de 37%. Pelas contas do FMI, os dois movimentos -a queda no preço das matérias-primas e a alta do óleo- estão causando uma perda de 11% nos resultados da balança comercial brasileira em 2000.
O FMI projeta uma leve recuperação no preço das matérias-primas exportadas por países como o Brasil ano ano que vem.
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