Publicidade
Publicidade
19/08/2002
-
20h39
da Folha Online
Um impasse entre o Banco Central e a Caixa Econômica Federal vai atrasar o lançamento do consórcio imobiliário da instituição. A previsão inicial da Caixa era lançar a nova modalidade de compra da casa própria para a classe média ainda este mês.
Mas fontes do banco informaram que o BC -que regula o funcionamento dos consórcios no país- ainda não autorizou o projeto apresentado pela Caixa.
Pelas regras do BC, a Caixa deveria constituir uma nova empresa com a finalidade única de administrar o consórcio imobiliário.
Mas o banco pretendia adotar uma "solução caseira" para driblar a exigência do BC: passar a administração do consórcio para a Caixa Seguros.
O problema é que a Caixa Seguros vende outros produtos, ligados ao mercado de seguros, e não cumpre a exigência de ser uma empresa destinada exclusivamente à administração de consórcios.
O projeto de lançamento do consórcio imobiliário da Caixa previa que o produto serviria tanto para o financiamento de imóveis novos como usados.
A Caixa suspendeu o financiamento de imóveis usados para a classe média no dia 31 de agosto de 2001. Desde então, o financiamento de imóveis usados podia ser feito apenas com recursos do FGTS -para quem ganha no máximo R$ 2.000 por mês. No começo de julho, a classe média baixa, com rendimento mensal superior a R$ 2.000, também foi autorizada a financiar a compra do imóvel usado com recursos do FGTS.
Diferentemente das linhas financiadas com recursos do FGTS ou do FAT, no consórcio imobiliário o "funding" do crédito imobiliário sairá da poupança dos próprios consorciados.
A taxa de administração do consórcio de imóveis da Caixa deverá girar em torno de 15%, inferior à taxa média dos outros consórcios, de 19%. O consórcio de imóveis da Caixa funcionará com grupos específicos, de acordo com o valor do imóvel desejado. Exemplo: grupos de R$ 40 mil ou grupos de R$ 60 mil.
Ao ser sorteado no leilão, o consorciado poderá usar o crédito tanto para compra de imóveis novos como na planta.
Os prazos dos consórcios da Caixa vão variar de 60 meses (cinco anos) a 120 meses (10 anos). O consorciado poderá utilizar o dinheiro do FGTS para antecipar a aquisição do imóvel no consórcio.
Simulação feita pelo banco mostra que num consórcio de 60 meses -para um crédito de R$ 50 mil-, o participante pagaria uma prestação de R$ 1.025. Num financiamento comum, a prestação seria de R$ 1.372. Mas se a prestação é menor no consórcio, o prazo de pagamento também é reduzido. No antigo financiamento com recursos da Caixa, era possível parcelar a compra da casa própria em até 240 meses (20 anos).
Impasse com BC adia lançamento de consórcio imobiliário da Caixa
FABIANA FUTEMAda Folha Online
Um impasse entre o Banco Central e a Caixa Econômica Federal vai atrasar o lançamento do consórcio imobiliário da instituição. A previsão inicial da Caixa era lançar a nova modalidade de compra da casa própria para a classe média ainda este mês.
Mas fontes do banco informaram que o BC -que regula o funcionamento dos consórcios no país- ainda não autorizou o projeto apresentado pela Caixa.
Pelas regras do BC, a Caixa deveria constituir uma nova empresa com a finalidade única de administrar o consórcio imobiliário.
Mas o banco pretendia adotar uma "solução caseira" para driblar a exigência do BC: passar a administração do consórcio para a Caixa Seguros.
O problema é que a Caixa Seguros vende outros produtos, ligados ao mercado de seguros, e não cumpre a exigência de ser uma empresa destinada exclusivamente à administração de consórcios.
O projeto de lançamento do consórcio imobiliário da Caixa previa que o produto serviria tanto para o financiamento de imóveis novos como usados.
A Caixa suspendeu o financiamento de imóveis usados para a classe média no dia 31 de agosto de 2001. Desde então, o financiamento de imóveis usados podia ser feito apenas com recursos do FGTS -para quem ganha no máximo R$ 2.000 por mês. No começo de julho, a classe média baixa, com rendimento mensal superior a R$ 2.000, também foi autorizada a financiar a compra do imóvel usado com recursos do FGTS.
Diferentemente das linhas financiadas com recursos do FGTS ou do FAT, no consórcio imobiliário o "funding" do crédito imobiliário sairá da poupança dos próprios consorciados.
A taxa de administração do consórcio de imóveis da Caixa deverá girar em torno de 15%, inferior à taxa média dos outros consórcios, de 19%. O consórcio de imóveis da Caixa funcionará com grupos específicos, de acordo com o valor do imóvel desejado. Exemplo: grupos de R$ 40 mil ou grupos de R$ 60 mil.
Ao ser sorteado no leilão, o consorciado poderá usar o crédito tanto para compra de imóveis novos como na planta.
Os prazos dos consórcios da Caixa vão variar de 60 meses (cinco anos) a 120 meses (10 anos). O consorciado poderá utilizar o dinheiro do FGTS para antecipar a aquisição do imóvel no consórcio.
Simulação feita pelo banco mostra que num consórcio de 60 meses -para um crédito de R$ 50 mil-, o participante pagaria uma prestação de R$ 1.025. Num financiamento comum, a prestação seria de R$ 1.372. Mas se a prestação é menor no consórcio, o prazo de pagamento também é reduzido. No antigo financiamento com recursos da Caixa, era possível parcelar a compra da casa própria em até 240 meses (20 anos).
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Ministério Público pede bloqueio de R$ 3,8 bi de dono de frigorífico JBS
- Por que empresa proíbe caminhões de virar à esquerda - e economiza milhões
- Megarricos buscam refúgio na Nova Zelândia contra colapso capitalista
- Com 12 suítes e 5 bares, casa mais cara à venda nos EUA custa US$ 250 mi
- Produção industrial só cresceu no Pará em 2016, diz IBGE
+ Comentadas
- Programa vai reduzir tempo gasto para pagar impostos, diz Meirelles
- Ministério Público pede bloqueio de R$ 3,8 bi de dono de frigorífico JBS
+ EnviadasÍndice