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23/08/2002
-
20h01
da Folha Online
MARCELO CLARET
da Folha Vale
O presidente Fernando Henrique Cardoso vai deixar para decidir com o próximo presidente o nome do vencedor da licitação internacional da FAB (Força Aérea Brasileira) de US$ 700 milhões para compra de 12 caças supersônicos. Os caças vão substituir a atual frota dos aviões Mirage.
O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, disse hoje que FHC só vai escolher o vencedor após consultar o novo presidente da República. A licitação deveria ter sido concluída em maio deste ano. Com o atraso, a previsão era que saísse ainda neste mês.
"Tenho certeza de que o presidente Fernando Henrique [Cardoso (PSDB)] vai ouvir o presidente eleito", disse Serra. A afirmação foi feita hoje durante visita à fabrica da Embraer em São José dos Campos (91 km de São Paulo).
Segundo Serra, FHC até já ofereceu os relatórios técnicos feitos pela FAB para as equipes dos presidenciáveis. A medida tem por objetivo evitar que o próximo governo cancele o processo de licitação.
O petista Luiz Inácio Lula da Silva e o candidato da Frente Trabalhista, Ciro Gomes, já declararam que iriam rever o resultado da licitação da FAB, pois preferem que o projeto seja entregue a uma empresa nacional, no caso a Embraer, que está na concorrência por meio do consórcio francês Dassault.
Serra, que já defendeu publicamente a escolha do consórcio formado pela Embraer e Dassault, que oferecem o novo Mirage, voltou a reafirmar sua preferência hoje. ''Se eu for presidente, só vou andar em avião brasileiro.''
Além de evitar que a licitação seja suspensa, a estratégia de FHC também abafa os rumores de que o processo de escolha dos novos caças da FAB seriam influenciados por fatores políticos e econômicos. E que atendendo a uma reivindicação do secretário do Tesouro dos EUA, Paul O'Neill, FHC escolheria o Gripen, oferecido pelo consórcio anglo-sueco British Aerospace-Saab.
Serra, que visitou a Embraer hoje, garantiu que a decisão não será política e sim técnica, objetivando os interesses da FAB e da economia do país.
Concorrência internacional
O projeto F-X é uma concorrência internacional para o fornecimento de 12 caças supersônicos para substituir os velhos Mirage, que serão aposentados até 2005. Além do consórcio anglo-sueco e do francês, também participam da licitação o norte-americano Lockheed-Martin, com o F-16; o russo, MAPO-MiG com o MiG-29S e a Avibrás-Rossoboronexport-Sukhoy, com o caça russo Sukhoy Su-35.
Foi a segunda visita de Serra à fabricante de aviões. Em agosto de 1995, enquanto ministro do Planejamento, participou do lançamento do jato regional Embraer 145.
Segundo o diretor-presidente da Embraer, Maurício Novis Botelho, o pedido de visita partiu de Serra, que permaneceu nas instalações da fabricante de aviões por cerca de uma hora e meia.
FHC vai decidir com futuro presidente escolha de caça da FAB, diz Serra
FABIANA FUTEMAda Folha Online
MARCELO CLARET
da Folha Vale
O presidente Fernando Henrique Cardoso vai deixar para decidir com o próximo presidente o nome do vencedor da licitação internacional da FAB (Força Aérea Brasileira) de US$ 700 milhões para compra de 12 caças supersônicos. Os caças vão substituir a atual frota dos aviões Mirage.
O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, disse hoje que FHC só vai escolher o vencedor após consultar o novo presidente da República. A licitação deveria ter sido concluída em maio deste ano. Com o atraso, a previsão era que saísse ainda neste mês.
"Tenho certeza de que o presidente Fernando Henrique [Cardoso (PSDB)] vai ouvir o presidente eleito", disse Serra. A afirmação foi feita hoje durante visita à fabrica da Embraer em São José dos Campos (91 km de São Paulo).
Segundo Serra, FHC até já ofereceu os relatórios técnicos feitos pela FAB para as equipes dos presidenciáveis. A medida tem por objetivo evitar que o próximo governo cancele o processo de licitação.
O petista Luiz Inácio Lula da Silva e o candidato da Frente Trabalhista, Ciro Gomes, já declararam que iriam rever o resultado da licitação da FAB, pois preferem que o projeto seja entregue a uma empresa nacional, no caso a Embraer, que está na concorrência por meio do consórcio francês Dassault.
Serra, que já defendeu publicamente a escolha do consórcio formado pela Embraer e Dassault, que oferecem o novo Mirage, voltou a reafirmar sua preferência hoje. ''Se eu for presidente, só vou andar em avião brasileiro.''
Além de evitar que a licitação seja suspensa, a estratégia de FHC também abafa os rumores de que o processo de escolha dos novos caças da FAB seriam influenciados por fatores políticos e econômicos. E que atendendo a uma reivindicação do secretário do Tesouro dos EUA, Paul O'Neill, FHC escolheria o Gripen, oferecido pelo consórcio anglo-sueco British Aerospace-Saab.
Serra, que visitou a Embraer hoje, garantiu que a decisão não será política e sim técnica, objetivando os interesses da FAB e da economia do país.
Concorrência internacional
O projeto F-X é uma concorrência internacional para o fornecimento de 12 caças supersônicos para substituir os velhos Mirage, que serão aposentados até 2005. Além do consórcio anglo-sueco e do francês, também participam da licitação o norte-americano Lockheed-Martin, com o F-16; o russo, MAPO-MiG com o MiG-29S e a Avibrás-Rossoboronexport-Sukhoy, com o caça russo Sukhoy Su-35.
Foi a segunda visita de Serra à fabricante de aviões. Em agosto de 1995, enquanto ministro do Planejamento, participou do lançamento do jato regional Embraer 145.
Segundo o diretor-presidente da Embraer, Maurício Novis Botelho, o pedido de visita partiu de Serra, que permaneceu nas instalações da fabricante de aviões por cerca de uma hora e meia.
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