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25/08/2002
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19h49
Açougues, padarias, escritórios, restaurantes, pensões ou grandes lojas de departamentos: mais de 10.000 empresas dos mais diferentes setores foram afetadas no leste da Alemanha pelas águas do Elba e seus afluentes, que há duas semanas inundam as regiões que atravessam.
Só em Dresden, o número de empresas afetadas chega a 7.000, relata o jornal "Die Welt am Sonntag", reportando-se a levantamentos feitos pelas Câmaras de Indústria e Comércio da região. Muitos dos empresários encontram-se diante da ruína, milhares de postos de trabalho estão ameaçados.
Um balanço final só será possível depois que os leitos dos rios voltarem ao seu nível normal. O debate acerca do financiamento dos prejuízos tampouco está encerrado.
As propostas dos políticos sucedem-se, seguidas de discussões partidárias - marcadas sobretudo pelo clima de campanha eleitoral -, bem como de rebatidas dos setores da economia incluídos nos respectivos planos.
O presidente da Confederação das Indústrias alemãs (BDI), Michael Rogowski, desmente que o empresariado tenha chegado a um acordo com o chanceler federal Gerhard Schröder sobre um aumento do imposto de pessoas jurídicas em 1,5 ponto percentual.
Os bancos, por sua vez, - afirma o semnário "Welt am Sonntag" - rechaçam a proposta do ministro da Economia, Werner Müller, de conceder um perdão das dívidas a todas as empresas afetadas.
Solidariedade
O debate público não significa, porém, que as vítimas da catástrofe - segundo a Cruz Vermelha Alemão, quatro milhões de pessoas - estejam abandonadas a seu destino.
Pelo contrário, a onda de solidariedade no país é sem igual. Além da participação ativa de milhares de soldados, funcionários da defesa civil, corpos de bombeiros e voluntários, as doações atingem somas recordes.
Só a Cruz Vermelha arrecadou até agora 75 milhões de euros, quantia nunca atingida em campanhas anteriores. Grandes empresas, esportistas e partidos políticos colocam grandes somas à disposição, nas firmas os funcionários realizam coletas.
Águas recuam
Nesse meio tempo, o nível do Elba e seus afluentes baixa continuamente, permitindo à população respirar aliviada. Os diques no norte da Alemanha conseguiram resistir à força das águas, apesar de estarem todos encharcados e "moles como pudins", como os descrevem os voluntários que trabalharam incansavelmente para reforçá-los amontoando sacos de areia.
A situação já se distendeu a tal ponto, que o governo alemão pôde enviar, neste domingo, 600 mil sacos não mais necessitados na Alemanha para Wuhan, na China, cidade agora ameaçada pelas cheias do Yang-tse.
Milhares de empresas são arruinadas pelas enchentes na Alemana
da Deutsche WelleAçougues, padarias, escritórios, restaurantes, pensões ou grandes lojas de departamentos: mais de 10.000 empresas dos mais diferentes setores foram afetadas no leste da Alemanha pelas águas do Elba e seus afluentes, que há duas semanas inundam as regiões que atravessam.
Só em Dresden, o número de empresas afetadas chega a 7.000, relata o jornal "Die Welt am Sonntag", reportando-se a levantamentos feitos pelas Câmaras de Indústria e Comércio da região. Muitos dos empresários encontram-se diante da ruína, milhares de postos de trabalho estão ameaçados.
Um balanço final só será possível depois que os leitos dos rios voltarem ao seu nível normal. O debate acerca do financiamento dos prejuízos tampouco está encerrado.
As propostas dos políticos sucedem-se, seguidas de discussões partidárias - marcadas sobretudo pelo clima de campanha eleitoral -, bem como de rebatidas dos setores da economia incluídos nos respectivos planos.
O presidente da Confederação das Indústrias alemãs (BDI), Michael Rogowski, desmente que o empresariado tenha chegado a um acordo com o chanceler federal Gerhard Schröder sobre um aumento do imposto de pessoas jurídicas em 1,5 ponto percentual.
Os bancos, por sua vez, - afirma o semnário "Welt am Sonntag" - rechaçam a proposta do ministro da Economia, Werner Müller, de conceder um perdão das dívidas a todas as empresas afetadas.
Solidariedade
O debate público não significa, porém, que as vítimas da catástrofe - segundo a Cruz Vermelha Alemão, quatro milhões de pessoas - estejam abandonadas a seu destino.
Pelo contrário, a onda de solidariedade no país é sem igual. Além da participação ativa de milhares de soldados, funcionários da defesa civil, corpos de bombeiros e voluntários, as doações atingem somas recordes.
Só a Cruz Vermelha arrecadou até agora 75 milhões de euros, quantia nunca atingida em campanhas anteriores. Grandes empresas, esportistas e partidos políticos colocam grandes somas à disposição, nas firmas os funcionários realizam coletas.
Águas recuam
Nesse meio tempo, o nível do Elba e seus afluentes baixa continuamente, permitindo à população respirar aliviada. Os diques no norte da Alemanha conseguiram resistir à força das águas, apesar de estarem todos encharcados e "moles como pudins", como os descrevem os voluntários que trabalharam incansavelmente para reforçá-los amontoando sacos de areia.
A situação já se distendeu a tal ponto, que o governo alemão pôde enviar, neste domingo, 600 mil sacos não mais necessitados na Alemanha para Wuhan, na China, cidade agora ameaçada pelas cheias do Yang-tse.
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