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11/09/2002
-
19h53
da Folha Online, em Brasília
A TV digital brasileira, independentemente do padrão tecnológico que será adotado, poderá combinar diferentes pacotes de serviços, como interação, multimídia, definição de imagem, recepção móvel e portátil, de acordo com os interesses de investimento e público de cada região.
A TV digital é uma mistura de internet com televisão, só que com uma maior qualidade de imagem e de som. A grande novidade será mesmo a interação com o telespectador, que poderá adquirir um produto escolhido na programação usando seu controle remoto, como se estivesse navegando na rede.
Para que a interface entre os dois veículos seja feita de forma adequada, os profissionais de informática terão de aprender sobre a linguagem televisiva.
Três padrões
Existem três padrões que poderão ser adotados: o americano (ATSC), o europeu (DVB) e o japonês (ISDB). Embora cada um deles tenha características distintas, os três poderão oferecer os serviços diferenciados em pacotes, conforme foi definido.
O ministro Juarez Quadros (Comunicações) disse hoje que o modelo de negócios para a TV Digital será flexível, ou seja, as emissoras poderão optar por determinado conjunto de aplicações diferenciados por localidade.
A flexibilidade está prevista na política para adoção da tecnologia da TV digital aprovada hoje pelo presidente Fernando Henrique Cardoso e que será publicada no "Diário Oficial" da União de amanhã.
Segundo o ministro, o documento irá balizar para o trabalho que será desenvolvido pela Anatel de elaboração do plano de transição, modelo de negócios, padrão tecnológico e contrapartidas.
As negociações das contrapartidas para a escolha do padrão tecnológico deverá contar com a participação dos ministérios das Comunicações, Fazenda e Desenvolvimento, além da Anatel.
Incentivos
Nas diretrizes da implantação da TV digital o governo estabelece que deverão ser estabelecidos incentivos e estímulos para o crescimento do parque industrial a fim de que os equipamentos de transmissão e televisores digitais sejam majoritariamente fabricados no Brasil, visando inclusive a exportação.
O documento elaborado pelo Ministério das Comunicações prevê que as concessionárias receberão, sem ônus, um canal de 6 MHz adicional para cada canal utilizado para a transmissão analógica. O objetivo desse canal adicional é permitir uma convivência dos dois sistemas (analógico e digital), até que a transição seja concluída. Ao final da transição, os canais analógicos deverão ser devolvidos.
A TV digital deverá promover a inclusão digital, atualizar e revitalizar o setor de radiodifusão e a indústria eletrônica nacional, contribuir para a convergência dos serviços de telecomunicações, melhorar a qualidade de imagens e de áudio, entre outras finalidades.
Com a publicação da política, o ministro acredita que a Anatel deverá divulgar "proximamente" um cronograma para as próximas etapas do processo de implantação da TV digital. Mas a definição do padrão só deverá ser anunciada no ano que vem.
TV digital poderá combinar diferentes pacotes de serviços no Brasil
PATRÍCIA ZIMMERMANNda Folha Online, em Brasília
A TV digital brasileira, independentemente do padrão tecnológico que será adotado, poderá combinar diferentes pacotes de serviços, como interação, multimídia, definição de imagem, recepção móvel e portátil, de acordo com os interesses de investimento e público de cada região.
A TV digital é uma mistura de internet com televisão, só que com uma maior qualidade de imagem e de som. A grande novidade será mesmo a interação com o telespectador, que poderá adquirir um produto escolhido na programação usando seu controle remoto, como se estivesse navegando na rede.
Para que a interface entre os dois veículos seja feita de forma adequada, os profissionais de informática terão de aprender sobre a linguagem televisiva.
Três padrões
Existem três padrões que poderão ser adotados: o americano (ATSC), o europeu (DVB) e o japonês (ISDB). Embora cada um deles tenha características distintas, os três poderão oferecer os serviços diferenciados em pacotes, conforme foi definido.
O ministro Juarez Quadros (Comunicações) disse hoje que o modelo de negócios para a TV Digital será flexível, ou seja, as emissoras poderão optar por determinado conjunto de aplicações diferenciados por localidade.
A flexibilidade está prevista na política para adoção da tecnologia da TV digital aprovada hoje pelo presidente Fernando Henrique Cardoso e que será publicada no "Diário Oficial" da União de amanhã.
Segundo o ministro, o documento irá balizar para o trabalho que será desenvolvido pela Anatel de elaboração do plano de transição, modelo de negócios, padrão tecnológico e contrapartidas.
As negociações das contrapartidas para a escolha do padrão tecnológico deverá contar com a participação dos ministérios das Comunicações, Fazenda e Desenvolvimento, além da Anatel.
Incentivos
Nas diretrizes da implantação da TV digital o governo estabelece que deverão ser estabelecidos incentivos e estímulos para o crescimento do parque industrial a fim de que os equipamentos de transmissão e televisores digitais sejam majoritariamente fabricados no Brasil, visando inclusive a exportação.
O documento elaborado pelo Ministério das Comunicações prevê que as concessionárias receberão, sem ônus, um canal de 6 MHz adicional para cada canal utilizado para a transmissão analógica. O objetivo desse canal adicional é permitir uma convivência dos dois sistemas (analógico e digital), até que a transição seja concluída. Ao final da transição, os canais analógicos deverão ser devolvidos.
A TV digital deverá promover a inclusão digital, atualizar e revitalizar o setor de radiodifusão e a indústria eletrônica nacional, contribuir para a convergência dos serviços de telecomunicações, melhorar a qualidade de imagens e de áudio, entre outras finalidades.
Com a publicação da política, o ministro acredita que a Anatel deverá divulgar "proximamente" um cronograma para as próximas etapas do processo de implantação da TV digital. Mas a definição do padrão só deverá ser anunciada no ano que vem.
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