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13/09/2002
-
08h32
da Folha de S. Paulo
A CUT procurou a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) para que, juntas, façam uma campanha de combate às ''listas negras" feitas por empresas contra trabalhadores que movem ações trabalhistas.
A central também vai apresentar denúncia a representantes da OIT (Organização Internacional do Trabalho). A Força Sindical e a CGT (Confederação Geral dos Trabalhadores) informaram que desconhecem esse tipo de prática, mas que pretendem discutir o assunto com seus sindicatos.
Essas listas, feitas por meio de sites da Justiça do Trabalho que permitiam a consulta de processos pelo nome do trabalhador, são ilegais e estão sendo elaboradas por empresas que discriminam empregados que movem ações contra ex-patrões.
A existência das listas foi revelada pela Folha em reportagem publicada no domingo. Procuradores também investigam o uso de certidões negativas na contratação. Como os sites da Justiça começaram a retirar a consulta pelo nome do trabalhador, as empresas estão exigindo que candidatos a um emprego levem declarações de que não têm ações trabalhistas.
O presidente da CUT, João Felício, disse que alguns trabalhadores fizeram denúncias anônimas à central. Mas, com medo de dar pistas de quem eram aos sindicatos, nem comentavam os nomes de empresas envolvidas. "O trabalhador teme ser ainda mais discriminado se for descoberto. Após a reportagem da reportagem, já procuramos entidades patronais para que se pronunciem."
A assessoria da Fiesp informou que a federação vai avaliar o pedido de audiência para discutir o assunto. A CNI (Confederação Nacional das Indústrias) deve discutir a questão na próxima semana durante reunião de sua diretoria.
O presidente em exercício da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, disse ontem que desconhecia essa forma de discriminação. ''Sabíamos que cipeiros [integrantes da Cipa (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes)] e sindicalistas eram perseguidos, mas não os que brigavam por seus direitos na Justiça." Ele disse que os sindicatos atendem mais os trabalhadores empregados. 'Mas é preciso dar atenção também a quem perdeu o emprego."
O presidente da CGT, Antonio Carlos dos Reis, disse que "as centrais deveriam fazer uma campanha nacional denunciando essa safadeza".
CUT quer levar ''listas negras'' à OIT
CLAUDIA ROLLIda Folha de S. Paulo
A CUT procurou a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) para que, juntas, façam uma campanha de combate às ''listas negras" feitas por empresas contra trabalhadores que movem ações trabalhistas.
A central também vai apresentar denúncia a representantes da OIT (Organização Internacional do Trabalho). A Força Sindical e a CGT (Confederação Geral dos Trabalhadores) informaram que desconhecem esse tipo de prática, mas que pretendem discutir o assunto com seus sindicatos.
Essas listas, feitas por meio de sites da Justiça do Trabalho que permitiam a consulta de processos pelo nome do trabalhador, são ilegais e estão sendo elaboradas por empresas que discriminam empregados que movem ações contra ex-patrões.
A existência das listas foi revelada pela Folha em reportagem publicada no domingo. Procuradores também investigam o uso de certidões negativas na contratação. Como os sites da Justiça começaram a retirar a consulta pelo nome do trabalhador, as empresas estão exigindo que candidatos a um emprego levem declarações de que não têm ações trabalhistas.
O presidente da CUT, João Felício, disse que alguns trabalhadores fizeram denúncias anônimas à central. Mas, com medo de dar pistas de quem eram aos sindicatos, nem comentavam os nomes de empresas envolvidas. "O trabalhador teme ser ainda mais discriminado se for descoberto. Após a reportagem da reportagem, já procuramos entidades patronais para que se pronunciem."
A assessoria da Fiesp informou que a federação vai avaliar o pedido de audiência para discutir o assunto. A CNI (Confederação Nacional das Indústrias) deve discutir a questão na próxima semana durante reunião de sua diretoria.
O presidente em exercício da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, disse ontem que desconhecia essa forma de discriminação. ''Sabíamos que cipeiros [integrantes da Cipa (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes)] e sindicalistas eram perseguidos, mas não os que brigavam por seus direitos na Justiça." Ele disse que os sindicatos atendem mais os trabalhadores empregados. 'Mas é preciso dar atenção também a quem perdeu o emprego."
O presidente da CGT, Antonio Carlos dos Reis, disse que "as centrais deveriam fazer uma campanha nacional denunciando essa safadeza".
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