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21/09/2000
-
19h45
da Folha de S.Paulo
Para o economista e especialista em contas públicas Raul Velloso, o pagamento dos expurgos do FGTS pode ser feito sem causar grandes estragos nas contas públicas brasileiras.
Segundo Velloso, o próximo passo do governo deve ser negociar com os trabalhadores um meio de parcelar o pagamento. O objetivo seria diluir o impacto da medida sobre os cofres públicos.
Para o economista, não é de resto impossível que o efeito da decisão do governo sobre o FGTS nas contas públicas venha a ser nulo, a depender do período de parcelamento da dívida.
Não há uma estimativa exata de qual é o impacto imediato que o pagamento dos expurgos pode causar. Segundo Velloso, o impacto máximo seria de R$ 40 bilhões. Ele lembra, no entanto, que isso ocorreria se todos os trabalhadores com saldo no FGTS na época dos expurgos recebessem os recursos imediatamente.
"Esse não é o caso, porque uma parte dos trabalhadores ainda não tem o direito de sacar os recursos depositados no fundo", afirma.
Ele acredita que, com a adoção do parcelamento, o governo pode resolver o problema pagando os trabalhadores com dinheiro do próprio FGTS. "O governo poderia reservar uma parcela dos recursos do fundo todo ano para transferir aos trabalhadores", diz.
Velloso lembra que isso deveria ser feito sem prejudicar as operações de financiamento da CEF (Caixa Econômica Federal), que dependem dos recursos do FGTS.
"Se o financiamento da CEF para a casa própria diminuir, quem vai acabar pagando a conta são os mais pobres", avalia.
Velloso prefere não estimar o número de parcelas ideal que deveria ser adotado pelo governo para pagar os expurgos sem prejudicar o Tesouro e a carteira de financiamentos da CEF.
Ele afirma que o cálculo só poderá ser feito quando o governo souber qual o valor que poderá ser sacado imediatamente pelos trabalhadores. "Quando o governo tiver essa estimativa, bastará saber quanto a CEF poderá reservar, anualmente, para pagar os expurgos."
Impacto de correção nas contas pode ser nulo, diz Raul Velloso
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da Folha de S.Paulo
Para o economista e especialista em contas públicas Raul Velloso, o pagamento dos expurgos do FGTS pode ser feito sem causar grandes estragos nas contas públicas brasileiras.
Segundo Velloso, o próximo passo do governo deve ser negociar com os trabalhadores um meio de parcelar o pagamento. O objetivo seria diluir o impacto da medida sobre os cofres públicos.
Para o economista, não é de resto impossível que o efeito da decisão do governo sobre o FGTS nas contas públicas venha a ser nulo, a depender do período de parcelamento da dívida.
Não há uma estimativa exata de qual é o impacto imediato que o pagamento dos expurgos pode causar. Segundo Velloso, o impacto máximo seria de R$ 40 bilhões. Ele lembra, no entanto, que isso ocorreria se todos os trabalhadores com saldo no FGTS na época dos expurgos recebessem os recursos imediatamente.
"Esse não é o caso, porque uma parte dos trabalhadores ainda não tem o direito de sacar os recursos depositados no fundo", afirma.
Ele acredita que, com a adoção do parcelamento, o governo pode resolver o problema pagando os trabalhadores com dinheiro do próprio FGTS. "O governo poderia reservar uma parcela dos recursos do fundo todo ano para transferir aos trabalhadores", diz.
Velloso lembra que isso deveria ser feito sem prejudicar as operações de financiamento da CEF (Caixa Econômica Federal), que dependem dos recursos do FGTS.
"Se o financiamento da CEF para a casa própria diminuir, quem vai acabar pagando a conta são os mais pobres", avalia.
Velloso prefere não estimar o número de parcelas ideal que deveria ser adotado pelo governo para pagar os expurgos sem prejudicar o Tesouro e a carteira de financiamentos da CEF.
Ele afirma que o cálculo só poderá ser feito quando o governo souber qual o valor que poderá ser sacado imediatamente pelos trabalhadores. "Quando o governo tiver essa estimativa, bastará saber quanto a CEF poderá reservar, anualmente, para pagar os expurgos."
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