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25/05/2000 - 13h12

Impasse na Vale é entre Steinbruch e Bradesco

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da Reuters

A Valepar, empresa que controla a Companhia Vale do Rio Doce, marcou para a próxima quarta-feira, dia 31, a reunião do Conselho de Administração da empresa, data limite para a decisão sobre o nome de seu novo presidente, disse porta-voz da Vale na quarta-feira à noite.

" Se o grupo de controle não chegar a uma definição sobre o novo presidente do Conselho até o dia 31, a reunião será presidida pelo atual (Benjamin Steinbruch) e o novo nome será escolhido'', disse o porta-voz da Vale, Carlos Pouza, após reunião realizada durante mais de quatro horas na quarta-feira.

Pelo estatuto da Vale, o dia 31 de maio é o prazo limite para a eleição do novo presidente do Conselho.

Fontes presentes à reunião informaram que existe impasse na escolha do novo presidente entre os sócios, porque alguns desejam a reeleição do atual presidente, Benjamin Steinbruch, e outros querem que o representante do Bradesco, Roger Agnelli, seja o indicado.

A Valepar foi criada em maio de 1998 para a compra da Vale do Rio Doce, e tem como principal controladora a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), com 32%, cujo presidente do Conselho de Administração e maior sócio é Steinbruch, também presidente do Grupo Vicunha.

Fazem também parte do bloco de controle da Vale a Previ (fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil), que também está na CSN, Opportunity, Bradesco, Banco Liberal, Funcef (fundo dos funcionário da CEF) e Investvale (fundo de pensão dos funcionário da vale).

A saída de Steinbruch da presidência do Conselho faz parte do projeto dos sócios, apoiados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), de fazer a separação das participações da Vale com a CSN.

A CSN tem 32% da Vale a esta por sua vez tem 10,3% do capital votante da CSN, além de participar de mais seis siderúrgicas, o que, segundo o mercado, atrapalha o planejamento estratégico das duas empresas.

A reunião do próximo dia 31 é importante, disse o porta-voz da empresa, porque todas as decisões administrativas da Vale, acima de R$ 10 milhões, precisam ser aprovadas pelo Conselho e estão em compasso de espera enquanto o nome do presidente do Conselho não é escolhido.

Além da Valepar integram o Conselho de Administração da empresa o BNDES, a União e a Investvale.

A União e o BNDES ocuparam este ano os assentos a que tinham direito no Conselho desde a privatização, justamente para acelerar o processo de descruzamento das participações, que implica na saída de Benjamin Steibruch da companhia, confirmou à Reuters em entrevista recente o presidente do BNDES, Francisco Gros.

A Vale é a maior exportadora brasileira e atingiu no primeiro trimestre de 2000 lucro de R$ 639 milhões, quase a metade do obtido em todo o ano passado, e vai investir este ano R$ 1,1 bilhão.

O presidente da empresa, Jório Dauster, declarou também em entrevista à Reuters que a empresa pode se desfazer das suas participações na CSN, Usiminas e Açominas.

 

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