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13/09/2002
-
18h41
FABIANA FUTEMA
da Folha Online, no Rio
O prêmio Nobel de Economia, Joseph Stiglitz, criticou hoje no Rio o conceito de Banco Central independente.
Segundo Stiglitiz, vários Bancos Centrais independentes acabaram, com o tempo, tendo intervenções de cunho político na macroeconomia.
Como exemplo de politização, Stigliz citou o caso do Federal Reserve, o Banco Central dos Estados Unidos.
Ele afirmou que o presidente do Fed, Alan Greenspan, se proeocupou em sua gestão em adotar posições fiscais muito fortes, uma política enraizada nos programas do Partido Republicano, que teve grande impacto no país.
"Isso demonstra um envolvimento político do Banco Central", disse.
Outra sugestão de Stiglitz foi a participação de vários setores da sociedade no Banco Central como ocorre na Suíça, onde a autoridade monetária também é independente. Na Suíça, representantes da sociedade civil têm assento no BC.
Juros menores
Stiglitz também defendeu hoje a redução das taxas de juros para o crescimento dos países em desenvolvimento. No entanto, Stiglitz ponderou que a redução dos juros é um dilema para as economias em desenvolvimento, já que ao mesmo tempo que é um princípio para o desenvolvimento da economia, também significa um risco para a fuga de capitais.
"Existem riscos dos dois lados. A manutenção da taxa de juros em patamares elevados impede o crescimento da economia. Mas a sua redução também é uma ameaça para a fuga de capitais. Os governos precisam avaliar os dois riscos e tomar uma decisão sobre a solução mais adequada para cada nação. Não é o FMI e os EUA que têm de tomar essa decisão por outro país.''
Stiglitz participou hoje à tarde de debate sobre a economia mundial após o 11 de setembro, realizado na Federação do Comércio do Rio de Janeiro com os assessores econômicos dos candidatos à Presidência da República. Participaram os assessores Gesner de Oliveira, (PSDB), Guido Mantega (PT), Tito Ryff (PSB) e Luiz Rabi (Frente Trabalhista). Pela manhã, ele participou de seminário no BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Social).
BC independente pode acabar polítizado, diz Nobel de economia
ANA PAULA GRABOISFABIANA FUTEMA
da Folha Online, no Rio
O prêmio Nobel de Economia, Joseph Stiglitz, criticou hoje no Rio o conceito de Banco Central independente.
Segundo Stiglitiz, vários Bancos Centrais independentes acabaram, com o tempo, tendo intervenções de cunho político na macroeconomia.
Como exemplo de politização, Stigliz citou o caso do Federal Reserve, o Banco Central dos Estados Unidos.
Ele afirmou que o presidente do Fed, Alan Greenspan, se proeocupou em sua gestão em adotar posições fiscais muito fortes, uma política enraizada nos programas do Partido Republicano, que teve grande impacto no país.
"Isso demonstra um envolvimento político do Banco Central", disse.
Outra sugestão de Stiglitz foi a participação de vários setores da sociedade no Banco Central como ocorre na Suíça, onde a autoridade monetária também é independente. Na Suíça, representantes da sociedade civil têm assento no BC.
Juros menores
Stiglitz também defendeu hoje a redução das taxas de juros para o crescimento dos países em desenvolvimento. No entanto, Stiglitz ponderou que a redução dos juros é um dilema para as economias em desenvolvimento, já que ao mesmo tempo que é um princípio para o desenvolvimento da economia, também significa um risco para a fuga de capitais.
"Existem riscos dos dois lados. A manutenção da taxa de juros em patamares elevados impede o crescimento da economia. Mas a sua redução também é uma ameaça para a fuga de capitais. Os governos precisam avaliar os dois riscos e tomar uma decisão sobre a solução mais adequada para cada nação. Não é o FMI e os EUA que têm de tomar essa decisão por outro país.''
Stiglitz participou hoje à tarde de debate sobre a economia mundial após o 11 de setembro, realizado na Federação do Comércio do Rio de Janeiro com os assessores econômicos dos candidatos à Presidência da República. Participaram os assessores Gesner de Oliveira, (PSDB), Guido Mantega (PT), Tito Ryff (PSB) e Luiz Rabi (Frente Trabalhista). Pela manhã, ele participou de seminário no BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Social).
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