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18/09/2002
-
17h41
da Folha Online, no Rio
A inflação continua a subir em setembro e já ultrapassa os aumentos ocorridos em agosto. A segunda prévia do IGP-M (Índice Geral de Preços de Mercado) no mês de setembro atingiu 1,79%, divulgou hoje a FGV (Fundação Getúlio Vargas), maior ainda que a de agosto, quando foi de 1,73%. Essa taxa é a maior desde agosto de 2000, quando ficou em 2,05%.
A principal razão é a continuidade da alta do dólar, que tem efeito tanto no atacado como nos preços para o consumidor, principalmente nos alimentos.
Os preços no atacado, medidos pelo IPA (Índice de Preços no Atacado) subiram 2,55%, após alta de 2,42% na segunda prévia do mês anterior. O aumento do IPA foi o maior desde março de 1999, época da maxidesvalorização cambial, quando os preços do atacado chegaram a 3,46%.
Entre os produtos que mais exerceram pressão sobre o IPA estão os bovinos (7,55%), óleo de soja (12,17%), aves (6,98%), soja (5,90%), trigo (9,67%) e milho (6,78%).
A maior parte dos produtos no atacado sofre influência da variação cambial, pois são cotados internacionalmente.
Os preços no varejo, medidos pelo IPC (Índice de Preços ao Consumidor), aumentaram 0,49% ante variação de 0,71% na segunda prévia de agosto.
Embora tenham diminuído o ritmo de alta, continua a pressão do câmbio para os preços ao consumidor. Os alimentos, que haviam registrado aumento de 0,06% em julho, passaram para 1,29% em agosto e para 1,19% em setembro.
O produto que mais exerceu influência sobre a alta para o consumidor foi o pão francês (7,56%), devido ao aumento do trigo no atacado. Outros alimentos que sofrem influência cambial também subiram, como o óleo de soja e a farinha de trigo, que apresentaram aumentos de 9,63% e 9,50% respectivamente.
Já o preço do gás de bujão baixou 7,26% após a intervenção da ANP (Agência Nacional de Petróleo) em agosto. O GLP vendido no atacado caiu 5,93%.
O INCC (Índice Nacional do Custo da Construção) ficou em 0,66%. Em agosto, o índice atingiu 0,34%. No ano, o IGP-M acumula alta de 9,89%. Nos últimos 12 meses, a taxa chega a 12,65%.
Os preços da segunda prévia de setembro foram coletados entre os dias 21 de agosto e 10 de setembro.
O IGP-M é formado pelo IPA, IPC e INCC, cujos pesos são de, respectivamente, 60%, 30% e 10%.
Dólar puxa alta de 1,79% na segunda prévia do IGP-M de setembro
ANA PAULA GRABOISda Folha Online, no Rio
A inflação continua a subir em setembro e já ultrapassa os aumentos ocorridos em agosto. A segunda prévia do IGP-M (Índice Geral de Preços de Mercado) no mês de setembro atingiu 1,79%, divulgou hoje a FGV (Fundação Getúlio Vargas), maior ainda que a de agosto, quando foi de 1,73%. Essa taxa é a maior desde agosto de 2000, quando ficou em 2,05%.
A principal razão é a continuidade da alta do dólar, que tem efeito tanto no atacado como nos preços para o consumidor, principalmente nos alimentos.
Os preços no atacado, medidos pelo IPA (Índice de Preços no Atacado) subiram 2,55%, após alta de 2,42% na segunda prévia do mês anterior. O aumento do IPA foi o maior desde março de 1999, época da maxidesvalorização cambial, quando os preços do atacado chegaram a 3,46%.
Entre os produtos que mais exerceram pressão sobre o IPA estão os bovinos (7,55%), óleo de soja (12,17%), aves (6,98%), soja (5,90%), trigo (9,67%) e milho (6,78%).
A maior parte dos produtos no atacado sofre influência da variação cambial, pois são cotados internacionalmente.
Os preços no varejo, medidos pelo IPC (Índice de Preços ao Consumidor), aumentaram 0,49% ante variação de 0,71% na segunda prévia de agosto.
Embora tenham diminuído o ritmo de alta, continua a pressão do câmbio para os preços ao consumidor. Os alimentos, que haviam registrado aumento de 0,06% em julho, passaram para 1,29% em agosto e para 1,19% em setembro.
O produto que mais exerceu influência sobre a alta para o consumidor foi o pão francês (7,56%), devido ao aumento do trigo no atacado. Outros alimentos que sofrem influência cambial também subiram, como o óleo de soja e a farinha de trigo, que apresentaram aumentos de 9,63% e 9,50% respectivamente.
Já o preço do gás de bujão baixou 7,26% após a intervenção da ANP (Agência Nacional de Petróleo) em agosto. O GLP vendido no atacado caiu 5,93%.
O INCC (Índice Nacional do Custo da Construção) ficou em 0,66%. Em agosto, o índice atingiu 0,34%. No ano, o IGP-M acumula alta de 9,89%. Nos últimos 12 meses, a taxa chega a 12,65%.
Os preços da segunda prévia de setembro foram coletados entre os dias 21 de agosto e 10 de setembro.
O IGP-M é formado pelo IPA, IPC e INCC, cujos pesos são de, respectivamente, 60%, 30% e 10%.
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