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24/09/2002 - 17h03

Preços no varejo sobem 1,98% na semana e 9,26% no ano

IVONE PORTES
da Folha Online

Os preços no varejo subiram 1,98% na terceira quadrissemana de setembro (15 a 20), passando a acumular alta de 9,26% no ano, segundo o IPV (Índice de Preços no Varejo) do departamento de Economia e Estatística da Fecomercio (Federação do Comércio do Estado de São Paulo).

O aumento verificado na terceira quadrissemana do mês surpreendeu os técnicos da Fecomercio. Eles acreditavam em uma trajetória de alta, na segunda quinzena do mês, mas não esperavam taxas de 1,5%.

Com o resultado dessa quadrissemana, a expectativa da Fecomercio é de que o IPV feche setembro acima de 2% e que a variação acumulada no ano, até agora de 9,26% supere, com folga, a taxa atual. Em 12 meses, a alta atinge 12,85%.

Dos cinco grupos que compõem a pesquisa, apenas comércio automotivo apresentou variação negativa na quadrissemana, de 1,13%.

Os semiduráveis lideraram os aumentos, com alta de 3,95% no período. Os demais grupos apresentaram as seguintes variações: materiais de construção (+2,42%); duráveis (+2.33%) e não-duráveis (+1,40%). A variação acumulada em 12 meses é de 12,40%.

De acordo com os técnicos da Fecomercio de São Paulo, a escalada do IPV e o aumento agressivo de outros índices como, por exemplo, o IPA (Índice de Preços no Atacado), da FGV, não indicam, necessariamente, uma explosão inflacionaria.

Ele avaliam ainda que o repasse da depreciação do real será lento enquanto a economia estiver desaquecida, mas, em algum momento, os preços vão subir, para se ajustarem à nova realidade cambial.

Segundo informações da Fecomercio, se a inflação no varejo de setembro se confirmar em torno de 2%, a variação acumulada dos preços no ano atinge 8,70%, mais ou menos, o que limita a 0,40% a média mensal de inflação necessária para que, até o final do ano, os dois dígitos sejam alcançados.

Mas, como a taxa histórica mensal do varejo já está acima dessa média, os técnicos da Fecomercio SP prevêem, em 2002, taxa de inflação bem acima de 10%.
 

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