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26/09/2002
-
09h43
da Folha de S. Paulo, em Brasília
O governo acredita em um recuo na cotação do dólar após as eleições para evitar uma explosão de preços no próximo ano. A avaliação de integrantes da equipe econômica é que os efeitos da alta da moeda americana se concentram, por enquanto, nos preços dos alimentos. Assessores do Ministério da Fazenda afirmam que a fraca demanda não tem permitido que haja um impacto generalizado nos preços provocado pela disparada do dólar.
Em um quadro de crescimento econômico modesto, as pessoas consomem menos, e as empresas seguram o repasse de aumentos para não reduzir ainda mais o consumo. A exceção vale para produtos como alimentos, por exemplo. Além da elevação do dólar - que afeta o preço de itens como o trigo e, por consequência o de seus derivados -, o aumento dos preços de alguns produtos no mercado internacional elevou os preços internos. É o caso da soja.
O raciocínio também vale para os combustíveis. A iminência de uma guerra entre os EUA e o Iraque vem provocando a alta do barril de petróleo no mercado externo. Isso deve levar a Petrobras a reajustar os preços do combustíveis. O presidente da estatal, Francisco Gros, tem afirmado que espera apenas o momento de maior equilíbrio nos preços internacionais e na cotação do dólar para definir o ajuste.
Para assessores da equipe econômica, a desvalorização do real deverá provocar aumento maior das tarifas públicas no próximo ano. A expectativa, entretanto, é a de um repasse gradual, eliminando a possibilidade de uma explosão de preços. Entrariam na lista itens como energia e telefonia.
Os medicamentos, que têm os preços congelados pelo governo, também aguardam reajuste no início do ano que vem. A indústria farmacêutica vem pedindo o repasse imediato da alta do dólar aos preços. O repasse gradual para os preços aconteceria porque, de acordo com a Fazenda, o governo trabalha com uma curva descendente para o dólar nas semanas seguintes ao término das eleições presidenciais.
Pelo cenário traçado pela equipe do ministro Pedro Malan (Fazenda), a inflação continuará pressionada nos próximos meses. O que se espera é que a queda do dólar ocorra, servindo como um ''amortecedor" para a inflação, cujos índices também cairiam.
Para governo, dólar só pressiona preço dos alimentos
JULIANNA SOFIAda Folha de S. Paulo, em Brasília
O governo acredita em um recuo na cotação do dólar após as eleições para evitar uma explosão de preços no próximo ano. A avaliação de integrantes da equipe econômica é que os efeitos da alta da moeda americana se concentram, por enquanto, nos preços dos alimentos. Assessores do Ministério da Fazenda afirmam que a fraca demanda não tem permitido que haja um impacto generalizado nos preços provocado pela disparada do dólar.
Em um quadro de crescimento econômico modesto, as pessoas consomem menos, e as empresas seguram o repasse de aumentos para não reduzir ainda mais o consumo. A exceção vale para produtos como alimentos, por exemplo. Além da elevação do dólar - que afeta o preço de itens como o trigo e, por consequência o de seus derivados -, o aumento dos preços de alguns produtos no mercado internacional elevou os preços internos. É o caso da soja.
O raciocínio também vale para os combustíveis. A iminência de uma guerra entre os EUA e o Iraque vem provocando a alta do barril de petróleo no mercado externo. Isso deve levar a Petrobras a reajustar os preços do combustíveis. O presidente da estatal, Francisco Gros, tem afirmado que espera apenas o momento de maior equilíbrio nos preços internacionais e na cotação do dólar para definir o ajuste.
Para assessores da equipe econômica, a desvalorização do real deverá provocar aumento maior das tarifas públicas no próximo ano. A expectativa, entretanto, é a de um repasse gradual, eliminando a possibilidade de uma explosão de preços. Entrariam na lista itens como energia e telefonia.
Os medicamentos, que têm os preços congelados pelo governo, também aguardam reajuste no início do ano que vem. A indústria farmacêutica vem pedindo o repasse imediato da alta do dólar aos preços. O repasse gradual para os preços aconteceria porque, de acordo com a Fazenda, o governo trabalha com uma curva descendente para o dólar nas semanas seguintes ao término das eleições presidenciais.
Pelo cenário traçado pela equipe do ministro Pedro Malan (Fazenda), a inflação continuará pressionada nos próximos meses. O que se espera é que a queda do dólar ocorra, servindo como um ''amortecedor" para a inflação, cujos índices também cairiam.
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