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23/09/2000
-
17h28
da France Presse
em Praga (República Tcheca)
Os ministros das Finanças e presidentes de bancos centrais dos sete países mais industrializados (G7) defenderam neste sábado uma maior produção de petróleo e se comprometeram a manter 'estreito contato' com países produtores e consumidores de óleo.
Ao mesmo tempo, advertiram que continuarão cooperando entre si para assegurar maior estabilidade ao mercado de câmbio e ameaçaram punir os países que se negarem a combater a lavagem de dinheiro e outros delitos financeiros.
As decisões estão contidas em comunicado de quatro páginas emitido pelos ministros e presidentes de bancos centrais de Estados Unidos, Alemanha, Japão, Reino Unido, França, Itália e Canadá, às vésperas da reunião em Praga do máximo órgão político do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Os ministros evitaram culpar a Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP) pela recente volatilidade dos preços do óleo, mas afirmaram que 'é crucial para a economia mundial que a OPEP e outros produtores tomem medidas para contribuir para uma redução dos preços e maior estabilidade no mercado de petróleo.''
A esse respeito, saudaram a decisão do presidente americano, Bill Clinton, de liberar 30 milhões de barris da reserva de petróleo estratégica dos Estados Unidos, e combinaram 'permanecer em estreito contato e continuar as discussões com países produtores e consumidores de petróleo, enquanto avaliam medidas apropriadas a partir da evolução do mercado petroleiro.'
O ministro das Finanças da Alemanha, Hans Eichel, disse ao sair da reunião que 'todos os produtores, não apenas os membros da OPEP, deveriam aumentar sua produção' de óleo. O comunicado enfatizou a importância de que os preços do óleo retornem a 'um nível consistente com a prosperidade global duradoura e estabilidade,
tanto para os produtores quanto para os consumidores, e em particular para os países pobres em desenvolvimento.'
O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Lawrence Summers, evitou referir-se a um nível específico de preços, mas destacou que a própria OPEP sinalou com o preço que gostaria, entre 22 e 28 dólares o barril.
Quanto à possibilidade de uma reunião formal G7-OPEP, proposta pela França, Summers disse que esperava 'numerosos contatos' entre consumidores e produtores de petróleo durante a reunião do FMI; 'mas a idéia de um fórum explícito entre o G7 e a OPEP não foi o tema central da conversação desta tarde entre os ministros.'
Os ministros expressaram, além disso, seu 'interesse compartilhado por um sistema monetário internacional forte e estável'. Depois de confirmar que haviam agido de forma combinada sexta-feira para acompanhar o euro, advertiram que continuarão vigiando de perto a situação e cooperando, caso necessário.
Wim Duisenberg, presidente do Banco Central Europeu, disse que poderia haver novas intervenções 'quando julgarmos oportuno.' O euro, introduzido em janeiro de 1999 com um valor equivalente a 1,17 dólar, chegou a cair para 84,4 centavos de dólar antes da intervenção do G7 sexta-feira, que o fez subir alguns centavos.
A debilidade do euro, junto com a alta do petróleo, havia feito surgir temores de que a recuperação econômica na Europa, Ásia e América Latina poderia ver-se bruscamente detida.
Os ministros destacaram ter feito 'significativos progressos' na luta contra os crimes financeiros desde que decidiram citar nominalmente os países que se recusam a cooperar e anunciaram que estão dispostos a ir mais longe para definir 'um conjunto apropriado de medidas' a fim de neutralizar os abusos.
Estas medidas poderiam chegar à restrição de transações com os bancos e condicionar ou restringir a assistência das instituições financeiras internacionais aos países reticentes em cooperar.
Nesse sentido, fizeram um apelo ao Banco Mundial e aos bancos regionais (como o Banco Interamericano de Desenvolvimento), 'a participarem plenamente da luta contra os abusos financeiros em seus exercícios e programas de supervisão.'
Leia mais notícias da France Presse na Folha Online
/09/00 14:57
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Ministros do G7 pedem aumento da produção de petróleo
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em Praga (República Tcheca)
Os ministros das Finanças e presidentes de bancos centrais dos sete países mais industrializados (G7) defenderam neste sábado uma maior produção de petróleo e se comprometeram a manter 'estreito contato' com países produtores e consumidores de óleo.
Ao mesmo tempo, advertiram que continuarão cooperando entre si para assegurar maior estabilidade ao mercado de câmbio e ameaçaram punir os países que se negarem a combater a lavagem de dinheiro e outros delitos financeiros.
As decisões estão contidas em comunicado de quatro páginas emitido pelos ministros e presidentes de bancos centrais de Estados Unidos, Alemanha, Japão, Reino Unido, França, Itália e Canadá, às vésperas da reunião em Praga do máximo órgão político do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Os ministros evitaram culpar a Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP) pela recente volatilidade dos preços do óleo, mas afirmaram que 'é crucial para a economia mundial que a OPEP e outros produtores tomem medidas para contribuir para uma redução dos preços e maior estabilidade no mercado de petróleo.''
A esse respeito, saudaram a decisão do presidente americano, Bill Clinton, de liberar 30 milhões de barris da reserva de petróleo estratégica dos Estados Unidos, e combinaram 'permanecer em estreito contato e continuar as discussões com países produtores e consumidores de petróleo, enquanto avaliam medidas apropriadas a partir da evolução do mercado petroleiro.'
O ministro das Finanças da Alemanha, Hans Eichel, disse ao sair da reunião que 'todos os produtores, não apenas os membros da OPEP, deveriam aumentar sua produção' de óleo. O comunicado enfatizou a importância de que os preços do óleo retornem a 'um nível consistente com a prosperidade global duradoura e estabilidade,
tanto para os produtores quanto para os consumidores, e em particular para os países pobres em desenvolvimento.'
O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Lawrence Summers, evitou referir-se a um nível específico de preços, mas destacou que a própria OPEP sinalou com o preço que gostaria, entre 22 e 28 dólares o barril.
Quanto à possibilidade de uma reunião formal G7-OPEP, proposta pela França, Summers disse que esperava 'numerosos contatos' entre consumidores e produtores de petróleo durante a reunião do FMI; 'mas a idéia de um fórum explícito entre o G7 e a OPEP não foi o tema central da conversação desta tarde entre os ministros.'
Os ministros expressaram, além disso, seu 'interesse compartilhado por um sistema monetário internacional forte e estável'. Depois de confirmar que haviam agido de forma combinada sexta-feira para acompanhar o euro, advertiram que continuarão vigiando de perto a situação e cooperando, caso necessário.
Wim Duisenberg, presidente do Banco Central Europeu, disse que poderia haver novas intervenções 'quando julgarmos oportuno.' O euro, introduzido em janeiro de 1999 com um valor equivalente a 1,17 dólar, chegou a cair para 84,4 centavos de dólar antes da intervenção do G7 sexta-feira, que o fez subir alguns centavos.
A debilidade do euro, junto com a alta do petróleo, havia feito surgir temores de que a recuperação econômica na Europa, Ásia e América Latina poderia ver-se bruscamente detida.
Os ministros destacaram ter feito 'significativos progressos' na luta contra os crimes financeiros desde que decidiram citar nominalmente os países que se recusam a cooperar e anunciaram que estão dispostos a ir mais longe para definir 'um conjunto apropriado de medidas' a fim de neutralizar os abusos.
Estas medidas poderiam chegar à restrição de transações com os bancos e condicionar ou restringir a assistência das instituições financeiras internacionais aos países reticentes em cooperar.
Nesse sentido, fizeram um apelo ao Banco Mundial e aos bancos regionais (como o Banco Interamericano de Desenvolvimento), 'a participarem plenamente da luta contra os abusos financeiros em seus exercícios e programas de supervisão.'
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