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09/10/2002
-
17h48
da Folha Online
Os principais títulos da dívida brasileira, os C-Bonds, despencam 5,06% e já valem menos da metade de seu valor de face, cotados a 49,25%. Com isso, o risco Brasil, que oscila com base no mercado de dívida, dispara 7,57% e vale no momento 2.258 pontos.
A perspectiva de que um candidato de oposição se torne presidente do país no próximo ano deixa os investidores, sobretudo os externos, inseguros quanto ao cumprimento do cronograma de dívidas do país e aumenta os temores de uma moratória voluntária ou involuntária.
Dois fatos contribuíram esta semana para acentuar esse temor. Primeiro, durante quase toda a semana passada, o Banco Central vinha comprando títulos brasileiros no exterior para resgatá-los a um custo menor e ao mesmo tempo valorizar os títulos que ficaram no mercado.
A operação serviu como um contentor, e chegou inclusive a inflar as cotações para até 54% do valor de face e fazer com que o risco Brasil caísse abaixo dos 2.000 pontos, para trás do risco equatoriano, que hoje ocupa a quarta posição do ranking de riscos do banco JP Morgan, enquanto o Brasil está na terceira.
Outra coisa que também afetou o mercado foi a dissipação dos comentários favoráveis a um possível governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na semana que antecedeu o primeiro turno das eleições.
Com a possibilidade de Lula vencer o pleito já no último dia 6, muitos empresários e executivos se apressaram em declarar apoio ao candidato e repetir declarações, que repercutiram com força fora do país, sobre os compromisso de um possível governo Lula.
No entanto, o resultado da eleição indicou a disputa de um segundo turno entre Lula e o candidato governista, José Serra (PSDB) po preferido do mercado por defender a atual política econômica.
Esse desdobramento eleitoral para um segundo turno disputado também pelo candidato governista fez com que se abrandassem as declarações favoráveis a um governo petista, que de maneira semelhante às operações do BC no exterior, vinham funcionando como um contentor de inseguranças político-financeiras.
Risco Brasil dispara com fim de ação do BC e comentários pró-Lula
LUCIANA COELHOda Folha Online
Os principais títulos da dívida brasileira, os C-Bonds, despencam 5,06% e já valem menos da metade de seu valor de face, cotados a 49,25%. Com isso, o risco Brasil, que oscila com base no mercado de dívida, dispara 7,57% e vale no momento 2.258 pontos.
A perspectiva de que um candidato de oposição se torne presidente do país no próximo ano deixa os investidores, sobretudo os externos, inseguros quanto ao cumprimento do cronograma de dívidas do país e aumenta os temores de uma moratória voluntária ou involuntária.
Dois fatos contribuíram esta semana para acentuar esse temor. Primeiro, durante quase toda a semana passada, o Banco Central vinha comprando títulos brasileiros no exterior para resgatá-los a um custo menor e ao mesmo tempo valorizar os títulos que ficaram no mercado.
A operação serviu como um contentor, e chegou inclusive a inflar as cotações para até 54% do valor de face e fazer com que o risco Brasil caísse abaixo dos 2.000 pontos, para trás do risco equatoriano, que hoje ocupa a quarta posição do ranking de riscos do banco JP Morgan, enquanto o Brasil está na terceira.
Outra coisa que também afetou o mercado foi a dissipação dos comentários favoráveis a um possível governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na semana que antecedeu o primeiro turno das eleições.
Com a possibilidade de Lula vencer o pleito já no último dia 6, muitos empresários e executivos se apressaram em declarar apoio ao candidato e repetir declarações, que repercutiram com força fora do país, sobre os compromisso de um possível governo Lula.
No entanto, o resultado da eleição indicou a disputa de um segundo turno entre Lula e o candidato governista, José Serra (PSDB) po preferido do mercado por defender a atual política econômica.
Esse desdobramento eleitoral para um segundo turno disputado também pelo candidato governista fez com que se abrandassem as declarações favoráveis a um governo petista, que de maneira semelhante às operações do BC no exterior, vinham funcionando como um contentor de inseguranças político-financeiras.
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