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25/09/2000
-
18h40
Como funcionam os financiamentos do FGTS
Saiba por que o FGTS não cobre a dívida
Financiamentos da Caixa podem ser prejudicados
Saiba quanto você pode receber de correção do FGTS
FABIANA FUTEMA
da Folha Online
As centrais sindicais já estão se mobilizando para impedir que a conta de R$ 40 bilhões seja paga com recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) num prazo de 30 anos.
A CUT (Central Única dos Trabalhadores) está convocando greve geral para as categorias profissionais com data-base entre setembro e dezembro.
A inauguração da série de manifestações da CUT começa dia 18 de outubro, em frente à sede da central em São Paulo, na rua Caetano Pinto, no Brás.
Segundo o presidente da CUT estadual, Antonio Carlos Spis, a rua Caetano Pinto é símbolo da greve geral de 1917, quando um alfaiate foi assassinado durante uma manifestação sindical.
Já a Força Sindical, mais flexível e próxima do governo federal, aceita negociar o parcelamento da dívida do FGTS, desde que o dinheiro saia da União num prazo inferior a 30 anos.
"Não podemos aceitar esse prazo de 30 anos. Isso é coisa de loucura. Não terá trabalhador que vai sobreviver para ver o pagamento de seu FGTS", disse o presidente da central, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho.
A alternativa da Força para a "proposta indecente" de FHC é pagar R$ 10 bilhões em ações de estatais e R$ 10 bilhões por meio de parcelamento.
Segundo cálculos da entidade, os R$ 20 bilhões restantes seriam depositados em contas vinculadas e ativas do FGTS, e que portanto não podem ser sacadas agora.
O FGTS só pode ser sacado em casos de demissão sem justa causa, morte, aposentadoria, financiamento de moradia e doenças graves, como câncer e Aids.
Mas a CUT discorda dessa posição. "Não aceitamos parcelamento nem pagamento com ações de estatais. Queremos o dinheiro na conta do trabalhador", disse Spis.
Para ele, o governo quer transformar a vitória dos trabalhadores -julgamento do STF (Supremo Tribunal Federal que reconheceu o direito à correção do FGTS para 33 trabalhadores- em derrota do movimento sindical.
"O governo arrumou um jeito bem esperto de dizer que deve, quer pagar, mas não vai. Quer empurrar a dívida para o trabalhador e chantagear as pessoas com o fim do financiamento habitacional", afirmou Spis.
E-mail: fabiana.futema@folha.com.br
Leia mais notícias de economia na Folha Online
Sindicatos protestam contra parcelamento do FGTS em 30 anos
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FABIANA FUTEMA
da Folha Online
As centrais sindicais já estão se mobilizando para impedir que a conta de R$ 40 bilhões seja paga com recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) num prazo de 30 anos.
A CUT (Central Única dos Trabalhadores) está convocando greve geral para as categorias profissionais com data-base entre setembro e dezembro.
A inauguração da série de manifestações da CUT começa dia 18 de outubro, em frente à sede da central em São Paulo, na rua Caetano Pinto, no Brás.
Segundo o presidente da CUT estadual, Antonio Carlos Spis, a rua Caetano Pinto é símbolo da greve geral de 1917, quando um alfaiate foi assassinado durante uma manifestação sindical.
Já a Força Sindical, mais flexível e próxima do governo federal, aceita negociar o parcelamento da dívida do FGTS, desde que o dinheiro saia da União num prazo inferior a 30 anos.
"Não podemos aceitar esse prazo de 30 anos. Isso é coisa de loucura. Não terá trabalhador que vai sobreviver para ver o pagamento de seu FGTS", disse o presidente da central, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho.
A alternativa da Força para a "proposta indecente" de FHC é pagar R$ 10 bilhões em ações de estatais e R$ 10 bilhões por meio de parcelamento.
Segundo cálculos da entidade, os R$ 20 bilhões restantes seriam depositados em contas vinculadas e ativas do FGTS, e que portanto não podem ser sacadas agora.
O FGTS só pode ser sacado em casos de demissão sem justa causa, morte, aposentadoria, financiamento de moradia e doenças graves, como câncer e Aids.
Mas a CUT discorda dessa posição. "Não aceitamos parcelamento nem pagamento com ações de estatais. Queremos o dinheiro na conta do trabalhador", disse Spis.
Para ele, o governo quer transformar a vitória dos trabalhadores -julgamento do STF (Supremo Tribunal Federal que reconheceu o direito à correção do FGTS para 33 trabalhadores- em derrota do movimento sindical.
"O governo arrumou um jeito bem esperto de dizer que deve, quer pagar, mas não vai. Quer empurrar a dívida para o trabalhador e chantagear as pessoas com o fim do financiamento habitacional", afirmou Spis.
E-mail: fabiana.futema@folha.com.br
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