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09/06/2009 - 09h02

Países da zona do euro se comprometem a reduzir déficit em 2010

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da Efe, em Luxemburgo

Os ministros de Finanças do Eurogrupo --que reúne ministros das áreas econômicas dos países da zona do euro-- se comprometeram hoje a frear o déficit público com a política orçamentária de 2010, caso a recuperação econômica prevista para este ano de fato ocorra.

Diante da forte queda da atividade em consequência da crise e com a alta generalizada do desemprego, todos os países que utilizam a moeda europeia se viram obrigados a aumentar os gastos públicos, o que trouxe a interrupção do processo de redução do déficit ocorrido nos últimos anos.

O déficit da Espanha, por exemplo, estourou em 2008 o limite de 3% do PIB (Produto Interno Bruto) estabelecido pelo Pacto de Estabilidade depois de três anos consecutivos com superávit orçamentário, e a previsão é de que continue muito acima desse número em 2009 e 2010.

Conscientes de que a deterioração orçamentária pode minar a solidez da economia da área --além dos problemas que podem surgir para financiar déficits e dívidas públicas crescentes--, tanto os governos dos países do grupo, quanto a Comissão Europeia --o órgão executivo da UE (União Europeia)-- insistem no compromisso de todos com a estabilidade orçamentária.

Os responsáveis máximos pela política econômica da zona do euro mantiveram nesta segunda-feira (8) um debate sobre a questão.

De acordo com a ministra de Economia espanhola, Elena Salgado, as conversas se concentraram na "velocidade em que podem ser retirados os estímulos fiscais" iniciados para lutar contra a crise.

Salgado, que substituiu o presidente do Eurogrupo, o primeiro-ministro luxemburguês, Jean-Claude Juncker, na tarefa de expor aos jornalistas as conclusões do encontro, destacou que essa velocidade terá que se ajustar ao ritmo da recuperação e às circunstâncias específicas dos países.

Na Comissão Europeia, o responsável de Assuntos Econômicos e Monetários, Joaquín Almunia, declarou que, caso se confirme o cenário de uma recuperação progressiva a partir de 2010, "esse será o momento da retirada gradual" e ordenada dos planos de incentivo econômico.

Só com uma "estratégia de saída" deste tipo será possível que a recuperação se consolide, destacou Almunia.

Tanto Salgado, quanto Almunia se referiram, neste contexto, à sugestão da ministra de Finanças da França, Christine Lagarde, de levar em conta, no momento de determinar se um país ultrapassou os limites do Pacto de Estabilidade quanto ao déficit e à dívida, se o desvio foi provocado de maneira direta pela crise.

A vice-presidente espanhola lembrou que, embora a aplicação do Pacto de Estabilidade leve em conta os números nominais de déficit e dívida, os governos podem se encarregar de explicar à opinião pública por que tal deterioração ocorreu.

Salgado descartou, no entanto, uma modificação na forma de aplicação dessas regras e assegurou que "todos concordam" que a Comissão Europeia deve iniciar processos de sanção caso o limite nominal de 3% do PIB seja ultrapassado.

Almunia ressaltou esse ponto do acordo e lembrou que todos os expedientes abertos a países da zona do euro contaram com o apoio unânime dos 27 países-membros da União Europeia.

A zona do euro é formada por Alemanha, Áustria, Bélgica, Chipre, Eslováquia, Eslovênia, Espanha, Finlândia, França, Grécia, Holanda, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Malta e Portugal. A União Europeia inclui, além destes, Bulgária, Dinamarca, Reino Unido, República Tcheca, Suécia, Polônia, Hungria, Romênia, Estônia, Lituânia e Letônia.

Comentários dos leitores
Nivaldo Lacerda (112) 01/02/2010 17h30
Nivaldo Lacerda (112) 01/02/2010 17h30
Nao se deixem enganar pela propaganda, os EUA quebraram pois o governo nao teve controle dos especuladores, eles ficaram milionarios correndo riscos com dinheiro do imposto.
O Brasil nao teve problemas porque os bancos nao precisaram correr risco nenhum tiveram lucro usando dinheiro do governo com alto juros aprovado pelo governo, mas como os custos em geral estao crescendo muito impulsionado por propagandas suspeitas, quem pode quebrar no Brasil e a classe media pois nao terao $$ para pagar o alto custo dos servicos de crecdito brasileiro.
Portanto olho vivo nao se deixem individar por propagandas enganosas...a coisa pode quebrar, temos que ter o pe no cha.
sem opinião
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JOSE MOTTA (110) 01/02/2010 15h32
JOSE MOTTA (110) 01/02/2010 15h32
OS GRANDES SETORES, NACIONAIS OU ESTRANGEIROS), BANCOS, ESTATAIS (PETROBRAS, BANCO DO BRASIL, CAIXA ECONOMICVA FEDERSAL), AMBEV, AUTOMOTIVA, ALIMENTCIA, E MUITAS OUTROS, NESSE PÁIS MANDAM E DESMADAM, GANHAM QUANTO QUEREM. QUESTIONA-SE, SERÁ QUE UM PAIS DO PRIMEIRO MUNDO TERIAM TANTO LUCRO ASSIM SEM DAR NADA EM TROCA PARA A POPUÇÃO? E A PETROBRAS,O SOGAN "O PETROLEO É NOSSO", NOSSO DE QUEM? TEMOS UM DAS GASOLINAS MAIS CARA DO MUNDO. E O CAIXA PRETO DA PETROBRAS? VIVA O LULA. sem opinião
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Olmir Antonio de Oliveira (124) 29/01/2010 22h40
Olmir Antonio de Oliveira (124) 29/01/2010 22h40
A respeito da volta da cobrança do ipi. É por demais conhecida a alta carga trkibutária brasileira, assim como esta redução de preços, aos trabalhadores de salários baixos e buscando melhorias que possam lhes dar mais capacidade de consumo, a não repassar a volta da taxação do ipi seria uma retribuição aos beneficios recebidos, um empenho em prol de ganhos de escala. Consumidor brasileiro que paga preços altos quando comparado aos praticados em diversos países, históricamete tem sido assim. No pós estouro de manada, crise no país da maior econômia do mundo e diversos outros paises, muitas industrias tiveram boas vendas e lucros aqui, graça ao interese do consumidor brasileiro, esta hora, a da volta do ipi, seria oportuno que os industriais continuassem praticando os preços atuais, beneficiando o consumidor, e permitido que esles possam ter bons lucros em ganho de escala, dada as pespectivas, e nivel de poder econômico do consumidor. Certo é que mesmo sem majoração dos preços, mesmo assim os preços ainda estarão maiores ao praticado em muitos outros países, inclisive aos de origem de algumas industrias, lá estão tendo quedas de vendas e até enfretam falta de rentabilidade...... 2 opiniões
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