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28/10/2002 - 15h14

Fipe prevê inflação abaixo de 4% ao final de governo Lula

IVONE PORTES
da Folha Online

Os preços ao consumidor devem recuar nos próximos anos, devendo chegar ao final do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) apontando inflação abaixo de 4%, segundo avaliação do economista e coordenador do IPC (Índice de Preços ao Consumidor) da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisa Econômicas), Heron do Carmo.

''Nada indica que a inflação em 2003 será superior a desse ano. O mais provável é que fique menor, mesmo no cálculo feito pelo IPCA, do IBGE'', disse o economista.

Na avaliação do Heron, ''é pouco provável que ocorra em 2003 nova desvalorização do real como aconteceu neste ano''. ''Essa expectativa mudaria se o novo governo afrouxasse a política monetária. Mas ele não deve fazer isso, porque a manutenção das metas de inflação só trará benefícios'', disse.

Segundo o economista da Fipe, se o novo governo segurar ainda mais a política fiscal, a partir do próximo ano poderá conquistar a credibilidade dos mercados e até mesmo atrair recursos externos. ''O PT, em sua história, sempre foi responsável na questão fiscal'', disse.

Ele disse destacou ainda a importância de uma reforma na Previdência. ''Isso significaria um alívio expressivo nas contas públicas'', afirmou ele, acrescentando que a reforma da Previdência, nesse momento, é mais importante do que a tributária.

A Fipe projeta para este ano inflação de 5,5% em São Paulo e para 2003, de 5%. Já o IPCA, do IBGE, segundo última previsão do mercado, deve ficar em 7,61% em 2002 e em 6,62% no próximo ano. Acima, portanto, das metas do governo, que são de inflação de até 5,5% e 6,5% em 2002 e 2003, respectivamente.

No acordo firmado com o FMI (Fundo Monetário Internacional), no entanto, a meta acertada para este ano vai até 9%.

Ate setembro, o IPC da Fipe já acumula inflação de 3,82% e o IPCA, do IBGE, alta de 5,6%.

De acordo com Heron, todo país tem risco inflacionário. ''Temos no Brasil um risco latente'', disse ele, enfatizando, porém, que não há um risco concreto.
 

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