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29/10/2002
-
15h10
da Folha Online
O mercado financeiro recebeu, com um misto de frustração e desânimo, o pronunciamento feito hoje pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), após encontro com o presidente Fernando Henrique Cardoso em Brasília.
Ele anunciou apenas o nome do prefeito licenciado de Ribeirão Preto (interior de São Paulo), o médico Antônio Palocci Neto, como o coordenador da equipe de transição, como já era esperado. Novos nomes só devem ser divulgados na próxima quinta.
"Eles [Lula e seus assessores] deram um prato cheio para o mercado especular e ficar imaginando o que está acontecendo, se perguntando se há desarticulação", diz Fernando Pinto Ferreira, da consultoria Global Invest.
"A equipe de transição ainda está em banho-maria. Já que apostava na vitória nas últimas semanas, o PT deveria ter feito o dever de casa e anunciado logo o nome do ministro da Fazenda e do presidente do Banco Central. Isso acalmaria o mercado", diz Marcelo Mesquita, do UBS Warburg.
Mas há quem pondere dizendo que é melhor o PT demorar a apresentar os nomes do que anunciar pessoas que desagradem o mercado financeiro.
"Não há motivo para ansiedade. A campanha terminou domingo. Não há tempo hábil para formar uma equipe, localizar as pessoas, dar o tempo para elas avaliarem o convite", diz Mauro Schneider, do ING Barings.
Para Mesquita, o nome de Palocci é positivo para o mercado.
"Ele é pragmático. Como prefeito de Ribeirão, privatizou a Ceterp", diz o economista do UBS Warburg.
Os três analistas são unânimes em afirmar que há no PT um enorme desejo de acertar na formação dessa equipe.
"O PT tem trabalhado muito para administrar as expectativas", diz Schneider.
O diretor da Global Invest diz que o PT precisa reduzir os espaços para ansiedades.
"O partido tem de cumprir seus compromissos. Se falou que anunciaria a equipe hoje, teria de anunciar. Ou então bastava ter dito antes que o anúncio ficaria para quinta", diz Ferreira.
Sem anúncio, PT deu "prato cheio" para especular, diz mercado
SÉRGIO RIPARDOda Folha Online
O mercado financeiro recebeu, com um misto de frustração e desânimo, o pronunciamento feito hoje pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), após encontro com o presidente Fernando Henrique Cardoso em Brasília.
Ele anunciou apenas o nome do prefeito licenciado de Ribeirão Preto (interior de São Paulo), o médico Antônio Palocci Neto, como o coordenador da equipe de transição, como já era esperado. Novos nomes só devem ser divulgados na próxima quinta.
"Eles [Lula e seus assessores] deram um prato cheio para o mercado especular e ficar imaginando o que está acontecendo, se perguntando se há desarticulação", diz Fernando Pinto Ferreira, da consultoria Global Invest.
"A equipe de transição ainda está em banho-maria. Já que apostava na vitória nas últimas semanas, o PT deveria ter feito o dever de casa e anunciado logo o nome do ministro da Fazenda e do presidente do Banco Central. Isso acalmaria o mercado", diz Marcelo Mesquita, do UBS Warburg.
Mas há quem pondere dizendo que é melhor o PT demorar a apresentar os nomes do que anunciar pessoas que desagradem o mercado financeiro.
"Não há motivo para ansiedade. A campanha terminou domingo. Não há tempo hábil para formar uma equipe, localizar as pessoas, dar o tempo para elas avaliarem o convite", diz Mauro Schneider, do ING Barings.
Para Mesquita, o nome de Palocci é positivo para o mercado.
"Ele é pragmático. Como prefeito de Ribeirão, privatizou a Ceterp", diz o economista do UBS Warburg.
Os três analistas são unânimes em afirmar que há no PT um enorme desejo de acertar na formação dessa equipe.
"O PT tem trabalhado muito para administrar as expectativas", diz Schneider.
O diretor da Global Invest diz que o PT precisa reduzir os espaços para ansiedades.
"O partido tem de cumprir seus compromissos. Se falou que anunciaria a equipe hoje, teria de anunciar. Ou então bastava ter dito antes que o anúncio ficaria para quinta", diz Ferreira.
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