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13/11/2002 - 14h21

Retração da economia reduz emissão de cheque sem fundo em outubro

FABIANA FUTEMA
da Folha Online

O volume de cheques devolvidos por falta de fundos em outubro caiu 8,6% em relação a setembro, segundo pesquisa divulgada hoje pela Equifax. O levantamento -que leva as pessoas físicas e jurídicas- registrou a emissão de 2,56 milhões de cheques sem fundo em outubro. Segundo a Equifax -empresa fornecedora de soluções para gestão de risco e crédito-, a queda pode ser explicada pela retração da economia.

Para o assessor econômico da Equifax, Walter Belik, as limitações no crédito e as altas taxas de juros seguraram o consumo e dirigiram as reservas de recursos de consumidores e empresas para a recomposição das dívidas de quem estava inadimplente.

Ele explica que a comparação do volume de cheques devolvidos por dia útil em cada mês dá a medida da queda que vem ocorrendo desde o segundo trimestre desse ano. '' Após ter alcançado a marca de 163 mil cheques sem fundo/dia em novembro de 2001 e de se manter nesse patamar até março. Iniciou-se, então, um leve recuo que levou essa média diária a 111 mil/dia'', afirma.

No mês de outubro, em relação a setembro, a queda alcançada foi de 16,5%.

Nos demais indicadores, o levantamento de outubro em relação ao mês anterior constatou ligeiros aumentos. Esse é o caso dos protestos de empresas e pessoas físicas (711.023), que registraram crescimento de 5,7% e das falência decretadas (444) de 6,2%. Houve, também, uma expressiva elevação no volume de concordatas deferidas (30), com um crescimento de 30,4%. Porém, nesse caso, a base de comparação é muito reduzida (23 ocorrências em setembro).

Para Belik todos esses aumentos são reflexos da elevação da inadimplência do primeiro semestre que, devido a decisões da Justiça, agora estão sendo concretizadas.

Na opinião do economista existem, ainda, muitos sinais positivos que poderão resultar em uma melhora significativa em 2003. Dados de produção industrial do IBGE já mostram uma leve recuperação a partir de setembro, ao mesmo tempo, o comércio já iniciou as suas compras prevendo melhora nos negócios de final de ano.

Para completar, a cotação do dólar vem apresentando uma trajetória de queda e há uma perspectiva de declínio na taxa de juros interna (acompanhando o movimento que ocorre em termos internacionais).

A preocupação maior é com a elevação da inflação mas, acredita-se que após a rodada de aumentos decorrente das pressões da taxa elevada de câmbio, esse fenômeno deverá se diluir ao longo dos próximos meses.
 

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