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22/11/2002
-
16h01
da Folha Online
Na tentativa de melhorar o relacionamento entre bancos e clientes, a Febraban (Federação Brasileira das Associações de Bancos) lançou hoje uma cartilha que orienta os usuários bancários.
A cartilha lista em 51 páginas temas como abertura e encerramento de conta corrente, juros, tarifas, informações sobre contrato, venda de produtos, reclamações, atendimento, entre outros.
Um dos itens que vale ser destacado no guia é o que trata de vendas de produtos, o qual informa que a venda casada é proibida. Ou seja, os bancos podem oferecer livremente seus produtos e serviços, mas não podem exigir que o cliente adquira um produto para conseguir um empréstimo ou um serviço, fato que normalmente ocorre em alguns bancos.
O banco não pode exigir, por exemplo, que o cliente abra uma conta poupança para obter talão de cheques. ''Venda casada é um ato ilegal. Os bancos não podem estimular essa atividade'', disse Aldous Albuquerque Galletti, diretor de Relações com Investidores Institucionais do Itaú e membro da comissão de relacionamentos com clientes da Febraban.
Segundo Galletti, os temas que constam da cartilha foram escolhidos a partir do cruzamento de reclamações feitas no Banco Central, nos Procons e de pesquisas realizadas internamente nos próprios bancos.
Para a assistente de Diretoria da Fundação Procon de São Paulo, Dinah Maria do Amaral Barreto, a cartilha da Febraban mostra que há uma tentativa de mudar a mentalidade das instituições financeiras e dos clientes, o que vai ao encontro dos objetivos dos órgãos de defesa do consumidor.
''Não é o problema de um banco mas de todo o setor'', disse ela, referindo-se a conflitos que surgem entre bancos e clientes.
O CDC (Código de Defesa do Consumidor) foi instituído a partir de 1991. Segundo Dinah, após essa data começaram a crescer as reclamações contra bancos. De 1970 até 1990, de acordo com ela, não era comum haver queixas contra as instituições financeiras, porque o setor tinha um ''poder'' centralizado.
Até outubro deste ano, segundo ela, a maioria dos conflitos entre bancos e clientes estavam relacionados a cobrança indevida, falha bancária e problemas de contrato.
O guia foi lançado hoje durante o 3º Seminário de Atendimento Bancário, promovido pela Febraban, em São Paulo. A cartilha será distribuída na rede bancária e deverá estar à disposição para consulta ainda hoje no site da Febraban.
Febraban lança cartilha para orientar clientes bancários
IVONE PORTESda Folha Online
Na tentativa de melhorar o relacionamento entre bancos e clientes, a Febraban (Federação Brasileira das Associações de Bancos) lançou hoje uma cartilha que orienta os usuários bancários.
A cartilha lista em 51 páginas temas como abertura e encerramento de conta corrente, juros, tarifas, informações sobre contrato, venda de produtos, reclamações, atendimento, entre outros.
Um dos itens que vale ser destacado no guia é o que trata de vendas de produtos, o qual informa que a venda casada é proibida. Ou seja, os bancos podem oferecer livremente seus produtos e serviços, mas não podem exigir que o cliente adquira um produto para conseguir um empréstimo ou um serviço, fato que normalmente ocorre em alguns bancos.
O banco não pode exigir, por exemplo, que o cliente abra uma conta poupança para obter talão de cheques. ''Venda casada é um ato ilegal. Os bancos não podem estimular essa atividade'', disse Aldous Albuquerque Galletti, diretor de Relações com Investidores Institucionais do Itaú e membro da comissão de relacionamentos com clientes da Febraban.
Segundo Galletti, os temas que constam da cartilha foram escolhidos a partir do cruzamento de reclamações feitas no Banco Central, nos Procons e de pesquisas realizadas internamente nos próprios bancos.
Para a assistente de Diretoria da Fundação Procon de São Paulo, Dinah Maria do Amaral Barreto, a cartilha da Febraban mostra que há uma tentativa de mudar a mentalidade das instituições financeiras e dos clientes, o que vai ao encontro dos objetivos dos órgãos de defesa do consumidor.
''Não é o problema de um banco mas de todo o setor'', disse ela, referindo-se a conflitos que surgem entre bancos e clientes.
O CDC (Código de Defesa do Consumidor) foi instituído a partir de 1991. Segundo Dinah, após essa data começaram a crescer as reclamações contra bancos. De 1970 até 1990, de acordo com ela, não era comum haver queixas contra as instituições financeiras, porque o setor tinha um ''poder'' centralizado.
Até outubro deste ano, segundo ela, a maioria dos conflitos entre bancos e clientes estavam relacionados a cobrança indevida, falha bancária e problemas de contrato.
O guia foi lançado hoje durante o 3º Seminário de Atendimento Bancário, promovido pela Febraban, em São Paulo. A cartilha será distribuída na rede bancária e deverá estar à disposição para consulta ainda hoje no site da Febraban.
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