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01/01/2003
-
08h33
O ano foi extremamente decepcionante em todo o planeta para quem investiu suas economias em ações. As principais Bolsas de Valores do mundo chegaram ao fim de 2002 com significativas perdas acumuladas.
O mercado acionário norte-americano despencou e arrastou o resto das Bolsas globais. A Nasdaq _Bolsa eletrônica que reúne os papéis de empresas de alta tecnologia_ chegou a 27 de dezembro com queda anualizada de 31%.
O Dow Jones, principal indicador da Bolsa de Nova York, estava com perda acumulada 17% até a última sexta.
Dentre as grandes, a Bolsa de Frankfurt foi a maior decepção de 2002, com desvalorização de 42% faltando apenas dois pregões para o fim do ano.
O péssimo resultado dá sequência ao mau período iniciado em 2000. Naquele ano, a Nasdaq _que havia se tornado símbolo da nova economia e do dinamismo da economia dos EUA_ teve o pior resultado de sua história e encerrou com queda de 39%.
Comparados aos resultados de 99, os últimos números das Bolsas dos EUA são ainda mais decepcionantes. Em 99, a Nasdaq subiu 85%, e o Dow Jones, 25%.
"Já é o terceiro ano seguido que o mercado acionário decepciona. Depois do furo da bolha tecnológica, o mercado ainda aguarda a volta de um ciclo virtuoso", afirma o diretor da Planner, Luiz Antonio Vaz das Neves.
Fraudes contábeis
Os escândalos contábeis envolvendo grandes companhias norte-americanas, que explodiram neste ano, acabaram por piorar ainda mais o cenário nos mercados de ações internacionais.
Os investidores perderam bilhões de dólares com o colapso de empresas como a Enron, a WorldCom (controladora da Embratel) e a Xerox. O resultado não podia ser outro: a aversão dos investidores ao mercado acionário apenas aumentou.
Desde o começo do ano, a queda nos investimentos em telecomunicações, que afetaram os papéis do setor, já mostravam que o ano não seria dos mais fáceis para o mercado de ações.
As 33 principais Bolsas do mundo chegaram ao fim de outubro com uma perda de valor de mercado acumulada de US$ 4,7 trilhões. Desde março de 2000, marco do auge da bolha do setor de tecnologia, já evaporaram US$ 14,1 trilhões do valor de mercado das 33 Bolsas de maior peso. Somente na Nasdaq, a perda nesse período foi de US$ 4,3 trilhões. Entre agosto e outubro, 152 empresas deixaram de ser listadas na Nasdaq.
"O panorama para as Bolsas nos próximos meses não é dos melhores. O mercado está atento à possibilidade de um ataque dos EUA ao Iraque, e seu consequente efeito nos preços do petróleo. Os dados da economia norte-americana no curto prazo, mostrando ou não sua recuperação, também vão pesar no humor dos investidores", diz Neves.
Na Ásia, a história não tem sido diferente. Tóquio chegou ao fim do ano com perdas de 17%. Em Hong Kong, a desvalorização do principal índice estava acumulada em 16% no fim de dezembro.
Quase US$ 5 trilhões evaporam das 33 principais Bolsas do mundo
da Folha de S.PauloO ano foi extremamente decepcionante em todo o planeta para quem investiu suas economias em ações. As principais Bolsas de Valores do mundo chegaram ao fim de 2002 com significativas perdas acumuladas.
O mercado acionário norte-americano despencou e arrastou o resto das Bolsas globais. A Nasdaq _Bolsa eletrônica que reúne os papéis de empresas de alta tecnologia_ chegou a 27 de dezembro com queda anualizada de 31%.
O Dow Jones, principal indicador da Bolsa de Nova York, estava com perda acumulada 17% até a última sexta.
Dentre as grandes, a Bolsa de Frankfurt foi a maior decepção de 2002, com desvalorização de 42% faltando apenas dois pregões para o fim do ano.
O péssimo resultado dá sequência ao mau período iniciado em 2000. Naquele ano, a Nasdaq _que havia se tornado símbolo da nova economia e do dinamismo da economia dos EUA_ teve o pior resultado de sua história e encerrou com queda de 39%.
Comparados aos resultados de 99, os últimos números das Bolsas dos EUA são ainda mais decepcionantes. Em 99, a Nasdaq subiu 85%, e o Dow Jones, 25%.
"Já é o terceiro ano seguido que o mercado acionário decepciona. Depois do furo da bolha tecnológica, o mercado ainda aguarda a volta de um ciclo virtuoso", afirma o diretor da Planner, Luiz Antonio Vaz das Neves.
Fraudes contábeis
Os escândalos contábeis envolvendo grandes companhias norte-americanas, que explodiram neste ano, acabaram por piorar ainda mais o cenário nos mercados de ações internacionais.
Os investidores perderam bilhões de dólares com o colapso de empresas como a Enron, a WorldCom (controladora da Embratel) e a Xerox. O resultado não podia ser outro: a aversão dos investidores ao mercado acionário apenas aumentou.
Desde o começo do ano, a queda nos investimentos em telecomunicações, que afetaram os papéis do setor, já mostravam que o ano não seria dos mais fáceis para o mercado de ações.
As 33 principais Bolsas do mundo chegaram ao fim de outubro com uma perda de valor de mercado acumulada de US$ 4,7 trilhões. Desde março de 2000, marco do auge da bolha do setor de tecnologia, já evaporaram US$ 14,1 trilhões do valor de mercado das 33 Bolsas de maior peso. Somente na Nasdaq, a perda nesse período foi de US$ 4,3 trilhões. Entre agosto e outubro, 152 empresas deixaram de ser listadas na Nasdaq.
"O panorama para as Bolsas nos próximos meses não é dos melhores. O mercado está atento à possibilidade de um ataque dos EUA ao Iraque, e seu consequente efeito nos preços do petróleo. Os dados da economia norte-americana no curto prazo, mostrando ou não sua recuperação, também vão pesar no humor dos investidores", diz Neves.
Na Ásia, a história não tem sido diferente. Tóquio chegou ao fim do ano com perdas de 17%. Em Hong Kong, a desvalorização do principal índice estava acumulada em 16% no fim de dezembro.
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