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06/01/2003 - 18h53

Governo quer pagar empresa que der 1º emprego a jovem

FABIANA FUTEMA
da Folha Online

O novo secretário de Políticas de Emprego e Renda, Remígio Todeschini, disse para o FolhaNews que a geração de emprego para o jovem será a primeira meta do ministro do Trabalho, Jacques Wagner. Para reduzir o desemprego entre os jovens e gerar emprego para este público, será criada uma nova pasta, que está sendo chamada de diretoria da Juventude.

Segundo Todeschini, todo o cuidado com o jovem, num primeiro momento, pode ser explicado pelas altas taxas de desemprego registradas pela população com até 24 anos.

''Enquanto a taxa de desemprego média da população é inferior a 20%, em algumas regiões do país, principalmente no sertão nordestino, entre os jovens, ultrapassa os 25%.''

O secretário afirmou que a maior dificuldade de inserir o jovem no mercado de trabalho está entre aqueles em busca do primeiro emprego. Para estimular as empresas a contratarem jovens sem experiência comprovada em carteira de trabalho, Todeschini disse que serão criados mecanismos de incentivo.

Entre as medidas em estudo, está o modelo que foi adotado pela ex-administração do Rio Grande do Sul, na gestão de Olívio Dutra (PT), atual ministro das Cidades. O modelo previa o pagamento mensal de R$ 250 para cada vaga criada, durante seis meses, para as empresa que dessem o primeiro emprego para jovens com idade entre 16 e 24 anos. ''Este modelo servirá de base para um programa de incentivo ao primeiro emprego, mas precisará ser redefinido, pois queremos ampliar o projeto'', disse Todeschini.

Pelo programa em estudo, os incentivos seriam dados apenas para empresas de micro, pequeno e médio porte. Para empresas com até quatro funcionários, seria permitido a contratação de apenas um jovem. ''É preciso haver um limite, pois não queremos que as empresas aproveitem fazer substituição de mão-de-obra cara por outra mais barata, causando desemprego entre outras fatias da população'', afirmou Todeschini.

Segundo ele, o programa de incentivo ao primeiro emprego estará operando em conjunto com os programas Fome Zero, de qualificação profissional, intermediação de mão-de-obra e redução da criminalidade, o que envolve outras pastas, além do Ministério do Trabalho. ''A falta de emprego e perspectivas de inserção no mercado de trabalho são as maiores responsáveis pelo aumento da criminalidade entre os jovens. As políticas sociais não funcionarão sozinhas, estarão atreladas umas às outras.''

Todeschini disse que a nomeação oficial de seu nome para a secretaria deve ser confirmada logo após a publicação no ''Diário Oficial da União'', prevista para amanhã. O futuro secretário é representante da CUT no Conselho Nacional de Previdência e no Codefat (Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador).

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