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14/01/2003
-
08h12
A equipe econômica pretende dar continuidade ao processo de venda dos quatro bancos estaduais hoje federalizados, disse o ministro Antonio Palocci Filho (Fazenda). A posição vai de encontro à pressão política de governadores e de setores do próprio PT contrários à privatização.
São quatro os bancos federalizados: Besc (Santa Catarina), BEP (Piauí), BEM (Maranhão) e BEC (Ceará). Pelo menos nos dois primeiros casos, os governadores Luiz Henrique (PMDB-SC) e Wellington Dias (PT-PI), ambos aliados do governo Luiz Inácio Lula da Silva, querem manter as instituições sob o controle do setor público.
A privatização está entre as cláusulas do acordo entre o governo brasileiro e o FMI (Fundo Monetário Internacional), como medida complementar ao ajuste fiscal _avalia-se que o uso político dos bancos estaduais gera déficits que agravam a dívida pública.
Segundo Palocci, não há intenção de modificar o acordo com o Fundo, e os processos de venda, conduzidos pelo Banco Central, continuam em andamento. "Não temos decisão de paralisar nada", afirmou Palocci.
Durante o período de transição de governo, Luiz Henrique, acompanhando de políticos do PT catarinense, teve encontros com Palocci e Lula para pedir o adiamento do leilão do Besc, então marcado para 16 de dezembro.
Na época, Lula anunciou que faria "gestões" para convencer o governo Fernando Henrique Cardoso a acatar o pleito dos representantes de Santa Catarina.
Decisão do STF
Uma decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) de 9 de novembro suspendeu a privatização do banco, atendendo a uma ação movida pelo ex-governador Esperidião Amin (PPB), questionando, entre outras coisas, o preço mínimo de R$ 520 milhões.
O governo FHC privatizou a maior parte dos bancos que foram entregues à União como parte do pagamento de dívidas dos Estados. Dos remanescentes, que não puderam ser vendidos a tempo por causa de problemas jurídicos ou falta de compradores, o Besc é o maior.
Historicamente, o PT se opôs às privatizações de bancos. Os ex-governadores petistas Cristovam Buarque (DF) e Olívio Dutra (RS), hoje ministros da Educação e das Cidades, respectivamente, descartaram a federalização do BRB e do Banrisul.
Palocci receberá amanhã o governador Paulo Hartung (PPS-ES), que deseja federalizar o Banestes como parte de um conjunto de medidas para recuperar as finanças do Estado.
Palocci decide manter privatização de bancos estaduais
da Folha de S.Paulo, em BrasíliaA equipe econômica pretende dar continuidade ao processo de venda dos quatro bancos estaduais hoje federalizados, disse o ministro Antonio Palocci Filho (Fazenda). A posição vai de encontro à pressão política de governadores e de setores do próprio PT contrários à privatização.
São quatro os bancos federalizados: Besc (Santa Catarina), BEP (Piauí), BEM (Maranhão) e BEC (Ceará). Pelo menos nos dois primeiros casos, os governadores Luiz Henrique (PMDB-SC) e Wellington Dias (PT-PI), ambos aliados do governo Luiz Inácio Lula da Silva, querem manter as instituições sob o controle do setor público.
A privatização está entre as cláusulas do acordo entre o governo brasileiro e o FMI (Fundo Monetário Internacional), como medida complementar ao ajuste fiscal _avalia-se que o uso político dos bancos estaduais gera déficits que agravam a dívida pública.
Segundo Palocci, não há intenção de modificar o acordo com o Fundo, e os processos de venda, conduzidos pelo Banco Central, continuam em andamento. "Não temos decisão de paralisar nada", afirmou Palocci.
Durante o período de transição de governo, Luiz Henrique, acompanhando de políticos do PT catarinense, teve encontros com Palocci e Lula para pedir o adiamento do leilão do Besc, então marcado para 16 de dezembro.
Na época, Lula anunciou que faria "gestões" para convencer o governo Fernando Henrique Cardoso a acatar o pleito dos representantes de Santa Catarina.
Decisão do STF
Uma decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) de 9 de novembro suspendeu a privatização do banco, atendendo a uma ação movida pelo ex-governador Esperidião Amin (PPB), questionando, entre outras coisas, o preço mínimo de R$ 520 milhões.
O governo FHC privatizou a maior parte dos bancos que foram entregues à União como parte do pagamento de dívidas dos Estados. Dos remanescentes, que não puderam ser vendidos a tempo por causa de problemas jurídicos ou falta de compradores, o Besc é o maior.
Historicamente, o PT se opôs às privatizações de bancos. Os ex-governadores petistas Cristovam Buarque (DF) e Olívio Dutra (RS), hoje ministros da Educação e das Cidades, respectivamente, descartaram a federalização do BRB e do Banrisul.
Palocci receberá amanhã o governador Paulo Hartung (PPS-ES), que deseja federalizar o Banestes como parte de um conjunto de medidas para recuperar as finanças do Estado.
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