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14/01/2003
-
10h48
Ernst Welteke, o presidente do banco central da Alemanha - a maior economia da zona do euro - , não vê problemas para a competitividade dos produtos alemães no exterior, mesmo que o euro se mantenha forte em relação ao dólar. Em sua opinião, a conjuntura econômica deve se desenvolver melhor este ano do que em 2002.
Ernst Welteke, presidente do Bundesbank fez prognósticos moderadamente otimistas quanto ao desenvolvimento econômico do país no corrente ano. Existem muitos sinais de que o crescimento econômico em 2003 será maior do que no ano passado, desde que uma possível guerra no Iraque não dure muito tempo, afirmou.
Um desses sinais é a maior estabilidade da moeda, que deve levar a um aumento do poder aquisitivo. Acrescente-se que os estoques acabaram-se quase todos, o que significa perspectiva de aumento de produção, e que os aumentos salariais deste ano devem ser moderados.
Os mais recentes dados da indústria manufatureira, aliás, divulgados ontem, parecem confirmar os prognósticos de Welteke: a produção industrial cresceu em novembro 2,5% em relação a outubro.
Disciplina é condição
Para o presidente do BC alemão, é absolutamente necessário que a economia comece a reagir, a fim de evitar que o endividamento público ultrapasse novamente a cota de 3% estabelecida pelo Pacto de Estabilidade da União Européia.
Para tanto, é preciso que as leis necessárias sejam aprovadas pelo Parlamento, o Bundestag, e pela câmara alta, o Bundesrat. Outra precondição é uma ''política de consolidação persistente, tanto por parte dos municípios, dos estados e da União, quanto por parte da previdência social'', insiste.
Exportações não devem sofrer
Welteke confia na performance do setor de exportações, que voltou a bater um recorde em 2002 e não vê, no momento, ameaças à competitividade dos produtos alemães no exterior, mesmo que o euro mantenha sua alta cotação em relação ao dólar.
Ele lembra que a moeda norte-americana estava sobrevalorizada ''e agora, diante dos receios de uma guerra no Iraque, muitos investidores se retraem e preferem investir no euro''. A competitividade internacional poderá vir a sofrer com isso, mas só ''a longo prazo''.
Outros analisas também procuram dispersar os temores de que o comércio exterior alemão venha a ser prejudicado, lembrando que, para grande parte das exportações - as que vão para os demais países da união monetária - , nada muda com a valorização do euro.
Além disso, as importações ficam mais baratas, o que deve ter bons reflexos sobre o comportamento dos consumidores e facilitar para os produtores a compra de matérias-primas.
Argumentos hipotéticos
O argumento de que os juros estabelecidos pelo Banco Central Europeu - mais altos do que os vigentes nos EUA - possam impedir o crescimento econômico na Alemanha é visto por Welteke como ''hipotético''.
Ninguém pode partir do princípio de que os juros seriam mais baixos, se o marco alemão ainda existisse e os juros fossem estabelecidos pelo Bundesbank, afirma.
''Ninguém sabe qual seria o valor do marco no exterior numa situação como a atual. E, principalmente, ninguém sabe como estariam os preços e qual seria a relação entre o marco e as demais moedas nacionais'', concluiu Welteke.
Banco central alemão é otimista quanto à economia do país
da Deustche WelleErnst Welteke, o presidente do banco central da Alemanha - a maior economia da zona do euro - , não vê problemas para a competitividade dos produtos alemães no exterior, mesmo que o euro se mantenha forte em relação ao dólar. Em sua opinião, a conjuntura econômica deve se desenvolver melhor este ano do que em 2002.
Ernst Welteke, presidente do Bundesbank fez prognósticos moderadamente otimistas quanto ao desenvolvimento econômico do país no corrente ano. Existem muitos sinais de que o crescimento econômico em 2003 será maior do que no ano passado, desde que uma possível guerra no Iraque não dure muito tempo, afirmou.
Um desses sinais é a maior estabilidade da moeda, que deve levar a um aumento do poder aquisitivo. Acrescente-se que os estoques acabaram-se quase todos, o que significa perspectiva de aumento de produção, e que os aumentos salariais deste ano devem ser moderados.
Os mais recentes dados da indústria manufatureira, aliás, divulgados ontem, parecem confirmar os prognósticos de Welteke: a produção industrial cresceu em novembro 2,5% em relação a outubro.
Disciplina é condição
Para o presidente do BC alemão, é absolutamente necessário que a economia comece a reagir, a fim de evitar que o endividamento público ultrapasse novamente a cota de 3% estabelecida pelo Pacto de Estabilidade da União Européia.
Para tanto, é preciso que as leis necessárias sejam aprovadas pelo Parlamento, o Bundestag, e pela câmara alta, o Bundesrat. Outra precondição é uma ''política de consolidação persistente, tanto por parte dos municípios, dos estados e da União, quanto por parte da previdência social'', insiste.
Exportações não devem sofrer
Welteke confia na performance do setor de exportações, que voltou a bater um recorde em 2002 e não vê, no momento, ameaças à competitividade dos produtos alemães no exterior, mesmo que o euro mantenha sua alta cotação em relação ao dólar.
Ele lembra que a moeda norte-americana estava sobrevalorizada ''e agora, diante dos receios de uma guerra no Iraque, muitos investidores se retraem e preferem investir no euro''. A competitividade internacional poderá vir a sofrer com isso, mas só ''a longo prazo''.
Outros analisas também procuram dispersar os temores de que o comércio exterior alemão venha a ser prejudicado, lembrando que, para grande parte das exportações - as que vão para os demais países da união monetária - , nada muda com a valorização do euro.
Além disso, as importações ficam mais baratas, o que deve ter bons reflexos sobre o comportamento dos consumidores e facilitar para os produtores a compra de matérias-primas.
Argumentos hipotéticos
O argumento de que os juros estabelecidos pelo Banco Central Europeu - mais altos do que os vigentes nos EUA - possam impedir o crescimento econômico na Alemanha é visto por Welteke como ''hipotético''.
Ninguém pode partir do princípio de que os juros seriam mais baixos, se o marco alemão ainda existisse e os juros fossem estabelecidos pelo Bundesbank, afirma.
''Ninguém sabe qual seria o valor do marco no exterior numa situação como a atual. E, principalmente, ninguém sabe como estariam os preços e qual seria a relação entre o marco e as demais moedas nacionais'', concluiu Welteke.
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