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23/01/2003 - 22h00

Recessão deixa "um Brasil" de desempregados no mundo, diz OIT

da Folha de S.Paulo*

O número de desempregados no mundo já chega a 180 milhões de pessoas, pouco mais que toda a população brasileira, estimada hoje pelo IBGE em 175,9 milhões de habitantes.

A estimativa faz parte de novo cálculo da OIT (Organização Internacional do Trabalho), divulgada simultaneamente em todo o mundo.

É o maior número de desempregados já registrado desde que estatísticas confiáveis começaram a ser apuradas.

De acordo com a OIT, a massa de pessoas sem emprego aumentou 20 milhões em dois anos, em decorrência da recessão global.

Diz a OIT que, em 2000, a taxa mundial de desemprego era de 5,9%. Ao final do ano passado, o índice estava em 6,5% da população economicamente ativa.

Já o número de subempregados (que recebem menos de US$ 1 ao dia) subiu para 550 milhões. Com isso, o total de pessoas sem trabalho ou em subempregos estaria em 730 milhões.

Segundo a organização, a queda nos níveis de emprego foi sentida de maneira mais acentuada pelas mulheres e pelos mais jovens, cujas ocupações tendem a ser mais vulneráveis durante períodos de crise e choques econômicos.

"A situação do emprego mundial tem se deteriorado dramaticamente", afirmou Juan Somavia, diretor-geral da OIT. "Enquanto dezenas de milhões de pessoas se juntam à fila do desemprego ou do subemprego, as incertas perspectivas de uma recuperação mundial neste ano tornam difíceis as chances de que tal tendência seja revertida."

Segundo a OIT, a força de trabalho mundial é hoje de 2,8 bilhões de pessoas. Há dois anos, o total era de 2,7 bilhões.

O desemprego cresceu de maneira mais acentuada nos países latino-americanos e nos industrializados. Na América Latina, o índice foi a 10% (22% na Argentina). A menor taxa está no Sudeste Asiático (3,4%). No Oriente Médio e no norte da África encontra-se o maior índice (18%).

* Colaborou a Folha Online
 

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