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23/09/2009 - 17h11

Competição no crédito faz BB focar outras áreas, diz executivo

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CIRILO JUNIOR
da Folha Online, no Rio

A iminente competição no segmento de concessão de crédito em meio ao arrefecimento dos efeitos da crise global fará com que o Banco do Brasil volte suas atenções para outros setores.

De acordo com o vice-presidente de Finanças e Mercado de Capitais, Ivan Monteiro, o banco quer ampliar a participação de outras áreas para preservar sua rentabilidade global.

Monteiro disse que a área de seguros é uma da preocupações dentro desse planejamento. Evitando mencionar a possibilidade de aquisições neste segmento, explicou que está em curso um plano de reestruturação da atuação do BB na área de seguros.

"Se vai haver uma maior competição, vai haver competição no spread. De que forma preservar a rentabilidade global do banco? Aumentando a participação das outras áreas. Seguros, como tem correlação com o PIB, é um indutor de negócios muito bom. Por isso, estamos revisitando essa área", afirmou, depois de participar de palestra na Câmara de Comércio França-Brasil.

O executivo observou que a estrutura atual do BB na área de seguros está defasada. Segundo ele, o BB procura maior eficiência do conjunto de empresas do segmento que o banco controla.

"Discutimos várias possibilidades, não há uma conclusão final. Esse segmento aumentará a participação no resultado final do banco".

Monteiro informou que a área de seguros corresponde a 12% do resultado total do BB, e que a meta, para daqui a cinco anos, é que essa participação chegue a 20%.

ADRs

A emissão de ADRs (American Depositary Receipts, recibo de empresa estrangeira negociado nos EUA), autorizada na semana passada pelo governo, só deverá ser feita no ano que vem, em função dos trâmites legais do processo, explicou o executivo. Ele disse que o banco já tem autorização para fazer o lançamento das ações.

"Temos autorização, mas temos que discutir contratos, pedir autorização aos reguladores, seja no Brasil ou nos Estados Unidos, tudo está em curso. Acho difícil que conclua este ano", comentou.

O processo para que o BB abra agências nos Estados Unidos também está em curso, acrescentou. Inicialmente, estão previstas cinco unidades que serão instaladas em locais onde há maior concentração de brasileiros. O plano é que sejam abertas, no médio prazo, até 15 agências em território americano. O BB já tem agências no Japão e nos Estados Unidos.

"Queremos ter operação para atender 1,4 milhão de brasileiros nos Estados Unidos. Queremos prestar produtos e serviços para eles. E as empresas brasileiras estão adquirindo muitos ativos no exterior. Nosso objetivo é estar lá acompanhando esse movimento e suportando o relacionamento que temos aqui, que é muito bom, lá fora", completou.

 

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