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05/02/2003
-
14h00
da Folha Online
A direção nacional da Força Sindical decidiu lançar hoje uma campanha nacional emergencial pela antecipação do reajuste salarial de todas as categorias profissionais. O auge da campanha salarial deve ocorrer em março, quando a Força promete convocar paralisações para pressionar o empresariado a antecipar o reajuste salarial dos trabalhadores.
Mas antes de partir para a greve, o secretário-geral da Força, João Carlos Gonçalves, o Juruna, promete buscar uma solução amigável com os empresários.
Segundo ele, a inflação já corroeu os reajustes salariais das categorias que tiveram reajuste no segundo semestre do ano passado.
"A campanha salarial precisa ser antecipada para garantir o poder de compra dos assalariados. Os preços subiram muito e os salários não acompanharam essa variação", disse.
Números da Força mostram que o aumento salarial conquistado pelas categorias com data-base no segundo semestre de 2002 já sofreu uma defasagem superior a 50%. Estudo da subseção do Dieese do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo indica que o reajuste obtido por diversas categorias no segundo semestre será corroído pela inflação até meados de fevereiro. Esse é o caso dos metalúrgicos de São Paulo, que tiveram reajuste de 10,26% em novembro. O INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) acumulado de novembro e dezembro foi de 6,18%.
Segundo Juruna, a campanha salarial emergencial deve atingir quase 2,6 milhões de trabalhadores só no Estado de São Paulo. Entre as categorias que devem negociar a campanha salarial emergencial estão: metalúrgicos, químicos, têxteis, padeiros, telefônicos, alimentação e outros.
Juruna disse que a estratégia da campanha emergencial é iniciar a partir da próxima reunião com os sindicatos de diversas categorias profissionais. A partir daí, a Força e os sindicatos apresentarão sua pauta de reivindicações para os empresários. "Se não houver negociação, partiremos para a mobilização", disse. As mobilizações devem começar em março.
O sindicalista afirmou que a Força proporá para as demais centrais sindicais a adesão à campanha salarial emergencial. "Se todos se unirem, será mais fácil lutar contra a inflação, que prejudica a camada mais pobre da população, os trabalhadores que dependem da totalidade de seus rendimentos para sobreviver."
Força ameaça fazer greves a partir de março por reajuste salarial
FABIANA FUTEMAda Folha Online
A direção nacional da Força Sindical decidiu lançar hoje uma campanha nacional emergencial pela antecipação do reajuste salarial de todas as categorias profissionais. O auge da campanha salarial deve ocorrer em março, quando a Força promete convocar paralisações para pressionar o empresariado a antecipar o reajuste salarial dos trabalhadores.
Mas antes de partir para a greve, o secretário-geral da Força, João Carlos Gonçalves, o Juruna, promete buscar uma solução amigável com os empresários.
Segundo ele, a inflação já corroeu os reajustes salariais das categorias que tiveram reajuste no segundo semestre do ano passado.
"A campanha salarial precisa ser antecipada para garantir o poder de compra dos assalariados. Os preços subiram muito e os salários não acompanharam essa variação", disse.
Números da Força mostram que o aumento salarial conquistado pelas categorias com data-base no segundo semestre de 2002 já sofreu uma defasagem superior a 50%. Estudo da subseção do Dieese do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo indica que o reajuste obtido por diversas categorias no segundo semestre será corroído pela inflação até meados de fevereiro. Esse é o caso dos metalúrgicos de São Paulo, que tiveram reajuste de 10,26% em novembro. O INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) acumulado de novembro e dezembro foi de 6,18%.
Segundo Juruna, a campanha salarial emergencial deve atingir quase 2,6 milhões de trabalhadores só no Estado de São Paulo. Entre as categorias que devem negociar a campanha salarial emergencial estão: metalúrgicos, químicos, têxteis, padeiros, telefônicos, alimentação e outros.
Juruna disse que a estratégia da campanha emergencial é iniciar a partir da próxima reunião com os sindicatos de diversas categorias profissionais. A partir daí, a Força e os sindicatos apresentarão sua pauta de reivindicações para os empresários. "Se não houver negociação, partiremos para a mobilização", disse. As mobilizações devem começar em março.
O sindicalista afirmou que a Força proporá para as demais centrais sindicais a adesão à campanha salarial emergencial. "Se todos se unirem, será mais fácil lutar contra a inflação, que prejudica a camada mais pobre da população, os trabalhadores que dependem da totalidade de seus rendimentos para sobreviver."
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