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11/02/2003 - 08h13

Postos condenam lista de adulteração da gasolina da ANP

FÁTIMA FERNANDES
da Folha de S.Paulo

Três dias após iniciar a divulgação de nomes de postos que foram autuados ou interditados pela sua área de fiscalização, a ANP (Agência Nacional de Petróleo) já tem de enfrentar contestações de donos de estabelecimentos.

Ontem, 14 postos listados como irregulares no site da agência procuraram o Sincopetro (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo) para informar que nem sequer foram notificados pela agência por causa de suposta irregularidade no comércio de gasolina.

Os postos informaram ao Sincopetro que a ANP também fez análise em apenas uma amostra do combustível _isto é, não foi feita a análise da contraprova. "Vamos pedir à ANP que faça a segunda análise nesses postos", diz José Alberto Paiva Gouveia, presidente do Sincopetro.

Os postos não são contra a divulgação dos estabelecimentos que agem de forma irregular, diz, mas querem que a agência tenha certeza de que o posto agiu mal. "Queremos também que a ANP divulgue o nome das distribuidoras que venderam a gasolina adulterada para os postos, já que é muito difícil adulterar a gasolina no posto", diz Paiva Gouveia.

Alísio Vaz, diretor do Sindicom, sindicato que reúne as distribuidoras de combustíveis, diz que o nome da companhia deve ser divulgado se houver a certeza de que ela foi a fornecedora do posto.

"É que, muitas vezes, o posto estampa uma bandeira (Esso, Shell ou Ipiranga), mas compra a gasolina de outra distribuidora. O que pode acontecer é que a distribuidora honesta pode ser chamada de picareta e a que efetivamente forneceu a gasolina adulterada sairá ilesa. Não é justo", afirma.

César Ramos Filho, coordenador especial de fiscalização da ANP, informa que a análise da contraprova é feita quando o posto solicita e que, se alguns postos ainda não receberam notificação, isso deve ocorrer nos próximos dias. "Na última quinta-feira enviamos notificação para cerca de cem postos", afirma.

No site da ANP, estão listados 1.166 postos que foram autuados ou interditados em 2002 e outros 60 desde o início deste ano até agora. Ainda hoje, a agência poderá divulgar os nomes dos postos que comercializaram gasolina adulterada em 2000 e 2001.

A ANP, segundo Ramos Filho, não tem intenção de divulgar os nomes de distribuidoras com os nomes dos postos.
 

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