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12/02/2003
-
08h24
da Folha de S.Paulo
O protocolo de intenção que Varig e TAM assinaram para se unir colocou por terra um trabalho de meses que as duas empresas, o DAC (Departamento de Aviação Civil) e a Vasp vinham realizando para ressuscitar a ponte aérea no aeroporto de Congonhas (SP).
A reportagem apurou que os entendimentos estavam bastante avançados semanas atrás. Mas, com o anúncio da intenção de a Varig e a TAM se unirem, a recriação da ponte aérea foi cancelada. Está em estudo uma espécie de ponte aérea somente com aquelas duas empresas. O grande derrotado nessa história é o presidente da Vasp, Wagner Canhedo.
Ele acreditava que uma nova ponte aérea unindo as três companhias seria o primeiro passo para concretizar, enfim, seu sonho de criar um consórcio entre as empresas, algo contra o qual a TAM e a Varig sempre resistiram.
O protocolo de intenções entre Varig e TAM pode permitir que essas duas empresas passem agora a trabalhar juntas para reduzir vôos em Congonhas. Com isso, a Vasp estaria praticamente isolada num setor que busca produtividade a qualquer custo.
A reportagem apurou que meses atrás o DAC, por ordem do Ministério da Defesa, iniciou os contatos com as três companhias aéreas para a recriação da antiga ponte aérea. A prioridade era descongestionar o tráfego em Congonhas. Isso porque em breve o aeroporto pode ultrapassar as regras de segurança, devido à superlotação de aeronaves nas pistas e no espaço aéreo.
Com os entendimentos entre DAC, Varig, TAM e Vasp, Canhedo acreditava que, com a nova ponte aérea, poderia convencer a Varig e a TAM a criar um consórcio de companhias aéreas brasileiras. Sua idéia era dividir em três partes iguais o capital da nova companhia. A Gol nunca participou das conversas, pois não tem grandes problemas financeiros e seu tráfego em Congonhas é bem menor que o dos concorrentes.
Canhedo teria sido surpreendido na quinta-feira passada com a assinatura do protocolo de intenção de fusão entre Varig e TAM. Teria ficado furioso com o fim dos entendimentos para uma ponte aérea de três empresas. A Vasp afirmou que Canhedo não foi pego de surpresa pelo entendimento entre aquelas companhias.
Redução de custos
A antiga ponte aérea existiu até 1998. O esquema permitia que Varig, Vasp e Transbrasil trabalhassem com uma mesma central de reservas, na qual o passageiro reservava o bilhete sem saber com qual companhia aérea iria voar. Só no momento de embarque o usuário sabia que empresa o atenderia no trajeto Congonhas-Santos Dumont (Rio) e vice-versa.
A antiga ponte aérea permitia racionalização nos gastos das companhias e da administração dos aeroportos. Ela foi extinta quando a TAM decidiu fazer seus vôos independentes entre São Paulo e Rio. A Varig é hoje quem mais faz viagens de Congonhas para Santos Dumont, com 162 vôos semanais de ida. A TAM faz 140 vôos semanais. A Vasp realiza 15 vôos diários, e a Gol, 12.
União Varig/TAM aniquila plano para recriar ponte aérea
LÁSZLÓ VARGAda Folha de S.Paulo
O protocolo de intenção que Varig e TAM assinaram para se unir colocou por terra um trabalho de meses que as duas empresas, o DAC (Departamento de Aviação Civil) e a Vasp vinham realizando para ressuscitar a ponte aérea no aeroporto de Congonhas (SP).
A reportagem apurou que os entendimentos estavam bastante avançados semanas atrás. Mas, com o anúncio da intenção de a Varig e a TAM se unirem, a recriação da ponte aérea foi cancelada. Está em estudo uma espécie de ponte aérea somente com aquelas duas empresas. O grande derrotado nessa história é o presidente da Vasp, Wagner Canhedo.
Ele acreditava que uma nova ponte aérea unindo as três companhias seria o primeiro passo para concretizar, enfim, seu sonho de criar um consórcio entre as empresas, algo contra o qual a TAM e a Varig sempre resistiram.
O protocolo de intenções entre Varig e TAM pode permitir que essas duas empresas passem agora a trabalhar juntas para reduzir vôos em Congonhas. Com isso, a Vasp estaria praticamente isolada num setor que busca produtividade a qualquer custo.
A reportagem apurou que meses atrás o DAC, por ordem do Ministério da Defesa, iniciou os contatos com as três companhias aéreas para a recriação da antiga ponte aérea. A prioridade era descongestionar o tráfego em Congonhas. Isso porque em breve o aeroporto pode ultrapassar as regras de segurança, devido à superlotação de aeronaves nas pistas e no espaço aéreo.
Com os entendimentos entre DAC, Varig, TAM e Vasp, Canhedo acreditava que, com a nova ponte aérea, poderia convencer a Varig e a TAM a criar um consórcio de companhias aéreas brasileiras. Sua idéia era dividir em três partes iguais o capital da nova companhia. A Gol nunca participou das conversas, pois não tem grandes problemas financeiros e seu tráfego em Congonhas é bem menor que o dos concorrentes.
Canhedo teria sido surpreendido na quinta-feira passada com a assinatura do protocolo de intenção de fusão entre Varig e TAM. Teria ficado furioso com o fim dos entendimentos para uma ponte aérea de três empresas. A Vasp afirmou que Canhedo não foi pego de surpresa pelo entendimento entre aquelas companhias.
Redução de custos
A antiga ponte aérea existiu até 1998. O esquema permitia que Varig, Vasp e Transbrasil trabalhassem com uma mesma central de reservas, na qual o passageiro reservava o bilhete sem saber com qual companhia aérea iria voar. Só no momento de embarque o usuário sabia que empresa o atenderia no trajeto Congonhas-Santos Dumont (Rio) e vice-versa.
A antiga ponte aérea permitia racionalização nos gastos das companhias e da administração dos aeroportos. Ela foi extinta quando a TAM decidiu fazer seus vôos independentes entre São Paulo e Rio. A Varig é hoje quem mais faz viagens de Congonhas para Santos Dumont, com 162 vôos semanais de ida. A TAM faz 140 vôos semanais. A Vasp realiza 15 vôos diários, e a Gol, 12.
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