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16/02/2003
-
15h30
do Agora
Lá no bar do Zenildo, no Jardim Freitas Junior, em Taboão da Serra (Grande São Paulo), a cerveja que mais vende não é a Skol (a mais vendida no Brasil), nem a Brahma ou a Kaiser. É a Krill, produzida na estância de Socorro (interior do Estado).
Não é que ela seja mais gostosa que as outras. Ela é mais barata. Enquanto a Brahma sai por R$ 2, a Krill custa R$ 1,20. "O povo quer economizar. E acaba se acostumando com o gosto da cerveja", disse Zenildo Vicente da Silva, 42 anos, o dono do bar.
No bar do Deusdete, em São Mateus (zona leste), a campeã é a Crystal, produzida na cidade de Boituva, também no interior do Estado. Ela custa R$ 1,30, enquanto a garrafa da Kaiser sai por R$ 1,80. "Eu já vendo a Crystal há três anos. Mas agora as vendas estouraram. O povo está sem grana e viu que a cerveja é boa", disse o comerciante Deusdete de Souza, 37 anos.
E, pelos dados do Sindicerv (Sindicato Nacional das Indústrias de Cerveja), as "outras marcas" estão ganhando espaço. Passaram de 6,4% de participação no mercado no início do ano passado para 6,8% no segundo semestre. Incluem-se nas "outras" Krill, Conti, Cintra, Belco, Malta, Itaipava, entre outras.
Geralmente, elas são produzidas em cidades do interior, onde costumam ser bem famosas entre os consumidores, e tem um custo entre R$ 0,50 e R$ 1 abaixo do valor da garrafa das marcas famosas.
"O preço é o primeiro atrativo para a nossa cerveja. Depois, o cliente gosta do sabor", disse José Antônio Balland, gerente comercial da Krill. "Começamos a distribuir na zona norte da capital e no ABC há seis anos. Aos poucos, vamos tomando o nosso espaço entre os clientes", disse.
Segundo as próprias cervejarias, o caminho para as cervejas de marcas menos famosas conquistarem o mercado é a distribuição na periferia da capital. "São nesses lugares que os consumidores tendem mais a mudar a marca da cerveja de acordo com o preço. E as mais baratas conquistam novos consumidores", disse Marcos Mesquita, diretor do Sindicerv.
Venda de cervejas populares explode na periferia de SP
ELLEN NOGUEIRAdo Agora
Lá no bar do Zenildo, no Jardim Freitas Junior, em Taboão da Serra (Grande São Paulo), a cerveja que mais vende não é a Skol (a mais vendida no Brasil), nem a Brahma ou a Kaiser. É a Krill, produzida na estância de Socorro (interior do Estado).
Não é que ela seja mais gostosa que as outras. Ela é mais barata. Enquanto a Brahma sai por R$ 2, a Krill custa R$ 1,20. "O povo quer economizar. E acaba se acostumando com o gosto da cerveja", disse Zenildo Vicente da Silva, 42 anos, o dono do bar.
No bar do Deusdete, em São Mateus (zona leste), a campeã é a Crystal, produzida na cidade de Boituva, também no interior do Estado. Ela custa R$ 1,30, enquanto a garrafa da Kaiser sai por R$ 1,80. "Eu já vendo a Crystal há três anos. Mas agora as vendas estouraram. O povo está sem grana e viu que a cerveja é boa", disse o comerciante Deusdete de Souza, 37 anos.
E, pelos dados do Sindicerv (Sindicato Nacional das Indústrias de Cerveja), as "outras marcas" estão ganhando espaço. Passaram de 6,4% de participação no mercado no início do ano passado para 6,8% no segundo semestre. Incluem-se nas "outras" Krill, Conti, Cintra, Belco, Malta, Itaipava, entre outras.
Geralmente, elas são produzidas em cidades do interior, onde costumam ser bem famosas entre os consumidores, e tem um custo entre R$ 0,50 e R$ 1 abaixo do valor da garrafa das marcas famosas.
"O preço é o primeiro atrativo para a nossa cerveja. Depois, o cliente gosta do sabor", disse José Antônio Balland, gerente comercial da Krill. "Começamos a distribuir na zona norte da capital e no ABC há seis anos. Aos poucos, vamos tomando o nosso espaço entre os clientes", disse.
Segundo as próprias cervejarias, o caminho para as cervejas de marcas menos famosas conquistarem o mercado é a distribuição na periferia da capital. "São nesses lugares que os consumidores tendem mais a mudar a marca da cerveja de acordo com o preço. E as mais baratas conquistam novos consumidores", disse Marcos Mesquita, diretor do Sindicerv.
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