Publicidade
Publicidade
20/02/2003
-
09h41
Uma pesquisa entre os mais de 25 mil filiados da DIHK (Confederação Alemã de Câmaras de Indústria e Comércio) revelou grande pessimismo. As perspectivas de crescimento para este ano, estimadas em 1% em outubro de 2002, foram corrigidas para zero. A estagnação seria ''a variante otimista'', segundo o secretário-geral da DIHK, Martin Wansleben.
Se as exportações caírem em função de uma guerra no Iraque, Wansleben não exclui a possibilidade de uma recessão. Os prognósticos são negativos também para o mercado de trabalho. Os empresários acreditam que a média mensal de desemprego atinja 4,4 milhões de pessoas - 340 mil a mais que em 2002. Por questões sazonais, poderia chegar até os 5 milhões.
Em termos de comparação: as perspectivas do governo continuam em 1% de crescimento e desemprego mensal médio de 4,2 milhões. Os planos em relação ao número de funcionários atingiram o pior nível desde as demissões em massa de 1993. Quase 40% das empresas prevêem demissões para o ano em curso, enquanto 8% pretendem criar novas vagas.
Como causa das dificuldades, Wansleben citou a política econômica do governo alemão, que, segundo ele, ''não se atreve a realizar as reformas urgentemente necessárias para reativar a conjuntura''.
Falta de investimentos
Os planos de investimento das 25 mil empresas filiadas à confederação e consultadas na pesquisa diminuíram, atingindo o ponto mais baixo dos últimos 25 anos. Na pesquisa da DIHK, 45% dos filiados admitiram pretender reduzir seus investimentos em 2003 (no ano passado, foram 42%) e apenas 15% têm planos de ampliá-los.
O motivo para a retração seria a política fiscal do governo alemão. ''Parece ironia o fato de os empresários em meados de fevereiro ainda não saberem o que pagarão de impostos no final do ano'', observa o secretário-geral da DIHK.
Em relação ao abismo entre os lucros no mercado interno e os resultantes das exportações, a situação tende a se agravar este ano. Segundo a pesquisa da Confederação Alemã de Câmaras de Indústria e Comércio, mesmo que se confirmem as expectativas positivas em relação às exportações, a grave crise do consumo interno deve continuar.
Preocupado com a conjuntura e com o desemprego, o consumidor está gastando menos. O comércio e a construção civil são os setores mais atingidos por esta situação.
Às margens de um encontro com seus colegas europeus, o ministro alemão das Finanças, Hans Eichel, responsabilizou a crise do Iraque e o preço do petróleo pela desaceleração da economia.
Também o ZEW (Centro Europeu de Pesquisas Econômicas), com sede em Mannheim, é cauteloso em suas previsões: ''A economia está estável, mas continuamos apreensivos. Esta situação deve se estender até o final do ano'', disse seu presidente, Wolfgang Franz, ao comentar uma pesquisa feita com 322 analistas e investidores.
Empresas vêem Alemanha à beira da recessão
da Deutsche WelleUma pesquisa entre os mais de 25 mil filiados da DIHK (Confederação Alemã de Câmaras de Indústria e Comércio) revelou grande pessimismo. As perspectivas de crescimento para este ano, estimadas em 1% em outubro de 2002, foram corrigidas para zero. A estagnação seria ''a variante otimista'', segundo o secretário-geral da DIHK, Martin Wansleben.
Se as exportações caírem em função de uma guerra no Iraque, Wansleben não exclui a possibilidade de uma recessão. Os prognósticos são negativos também para o mercado de trabalho. Os empresários acreditam que a média mensal de desemprego atinja 4,4 milhões de pessoas - 340 mil a mais que em 2002. Por questões sazonais, poderia chegar até os 5 milhões.
Em termos de comparação: as perspectivas do governo continuam em 1% de crescimento e desemprego mensal médio de 4,2 milhões. Os planos em relação ao número de funcionários atingiram o pior nível desde as demissões em massa de 1993. Quase 40% das empresas prevêem demissões para o ano em curso, enquanto 8% pretendem criar novas vagas.
Como causa das dificuldades, Wansleben citou a política econômica do governo alemão, que, segundo ele, ''não se atreve a realizar as reformas urgentemente necessárias para reativar a conjuntura''.
Falta de investimentos
Os planos de investimento das 25 mil empresas filiadas à confederação e consultadas na pesquisa diminuíram, atingindo o ponto mais baixo dos últimos 25 anos. Na pesquisa da DIHK, 45% dos filiados admitiram pretender reduzir seus investimentos em 2003 (no ano passado, foram 42%) e apenas 15% têm planos de ampliá-los.
O motivo para a retração seria a política fiscal do governo alemão. ''Parece ironia o fato de os empresários em meados de fevereiro ainda não saberem o que pagarão de impostos no final do ano'', observa o secretário-geral da DIHK.
Em relação ao abismo entre os lucros no mercado interno e os resultantes das exportações, a situação tende a se agravar este ano. Segundo a pesquisa da Confederação Alemã de Câmaras de Indústria e Comércio, mesmo que se confirmem as expectativas positivas em relação às exportações, a grave crise do consumo interno deve continuar.
Preocupado com a conjuntura e com o desemprego, o consumidor está gastando menos. O comércio e a construção civil são os setores mais atingidos por esta situação.
Às margens de um encontro com seus colegas europeus, o ministro alemão das Finanças, Hans Eichel, responsabilizou a crise do Iraque e o preço do petróleo pela desaceleração da economia.
Também o ZEW (Centro Europeu de Pesquisas Econômicas), com sede em Mannheim, é cauteloso em suas previsões: ''A economia está estável, mas continuamos apreensivos. Esta situação deve se estender até o final do ano'', disse seu presidente, Wolfgang Franz, ao comentar uma pesquisa feita com 322 analistas e investidores.
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Ministério Público pede bloqueio de R$ 3,8 bi de dono de frigorífico JBS
- Por que empresa proíbe caminhões de virar à esquerda - e economiza milhões
- Megarricos buscam refúgio na Nova Zelândia contra colapso capitalista
- Com 12 suítes e 5 bares, casa mais cara à venda nos EUA custa US$ 250 mi
- Produção industrial só cresceu no Pará em 2016, diz IBGE
+ Comentadas
- Programa vai reduzir tempo gasto para pagar impostos, diz Meirelles
- Ministério Público pede bloqueio de R$ 3,8 bi de dono de frigorífico JBS
+ EnviadasÍndice