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23/02/2003
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03h05
Adquirir máquinas usadas é um caminho muito trilhado por quem não dispõe do capital necessário para abrir ou ampliar um negócio. Esses equipamentos custam, em média, de 10% a 50% menos do que os novos e podem ser financiados ou importados.
"É um processo muito comum quando o empreendedor ainda não tem faturamento para obter crédito e comprar novos equipamentos. A máquina usada é mais acessível", afirma Joseph Couri, presidente do Simpi (Sindicato da Micro e Pequena Indústria).
Segundo o consultor Jaime Jimenez, 33, é mais comum que parceiros e funcionários das fabricantes de equipamentos entrem no ramo de usados. "Eles já conhecem a máquina e fazem uma espécie de recauchutagem."
Foi assim que Paulo Borba, 63, comprou quatro máquinas de vedação plástica para embalagens. Vendedor da Selovac, que produz os equipamentos, percebeu que poderia recomprar as peças "aposentadas" por clientes e investiu R$ 50 mil por aparelhos que, novos, custam R$ 250 mil. Depois abriu uma empresa própria.
Cuidados
Embora vantajosas, as máquinas usadas exigem cuidados na aquisição: é preciso verificar seu funcionamento e a adequação para a produção, procurar estabelecimentos confiáveis e exigir nota fiscal. Um teste, se possível acompanhado de pessoal técnico, também é imprescindível.
O processo de compra de usados varia muito de acordo com o segmento e a utilidade: equipamentos médicos, por exemplo, precisam ser avaliados segundo normas rígidas.
Já máquinas importadas para qualquer finalidade demandam avaliações técnicas no país de origem -Alemanha, Itália, Estados Unidos e Argentina são os principais fornecedores de máquinas usadas para o Brasil.
Para trazer ao país um desses equipamentos, o empresário precisa contratar uma empresa que faça um atestado do valor do maquinário.
"Nos últimos dois anos, devido à crise aguda, muitas linhas de produção da Argentina vieram parar aqui no Brasil", comenta Marcelo Stenzer, 36, diretor de serviços industriais da SGS do Brasil, que presta esse serviço.
Crédito
A possibilidade de financiar uma máquina usada é aberta pelo Banco do Brasil e pela Caixa Econômica Federal. Ambos operam o Proger, uma linha de crédito do Ministério do Trabalho com recursos do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador).
Na CEF, diz o gerente de mercados, Jair Luís Mahl, o valor máximo do empréstimo é R$ 50 mil, com prazo de 48 meses. Para solicitar o dinheiro, disponível para firmas com faturamento anual de até R$ 1,2 milhão, é preciso ter ao menos um ano de mercado.
No Banco do Brasil, o teto do crédito é de R$ 100 mil, a serem devolvidos em até 60 meses. O interessado deve providenciar um projeto de investimento com a expectativa de receitas e despesas, exceto para pedidos iguais ou inferiores a R$ 50 mil.
Máquina usada pode custar 50% menos
da Folha de S. PauloAdquirir máquinas usadas é um caminho muito trilhado por quem não dispõe do capital necessário para abrir ou ampliar um negócio. Esses equipamentos custam, em média, de 10% a 50% menos do que os novos e podem ser financiados ou importados.
"É um processo muito comum quando o empreendedor ainda não tem faturamento para obter crédito e comprar novos equipamentos. A máquina usada é mais acessível", afirma Joseph Couri, presidente do Simpi (Sindicato da Micro e Pequena Indústria).
Segundo o consultor Jaime Jimenez, 33, é mais comum que parceiros e funcionários das fabricantes de equipamentos entrem no ramo de usados. "Eles já conhecem a máquina e fazem uma espécie de recauchutagem."
Foi assim que Paulo Borba, 63, comprou quatro máquinas de vedação plástica para embalagens. Vendedor da Selovac, que produz os equipamentos, percebeu que poderia recomprar as peças "aposentadas" por clientes e investiu R$ 50 mil por aparelhos que, novos, custam R$ 250 mil. Depois abriu uma empresa própria.
Cuidados
Embora vantajosas, as máquinas usadas exigem cuidados na aquisição: é preciso verificar seu funcionamento e a adequação para a produção, procurar estabelecimentos confiáveis e exigir nota fiscal. Um teste, se possível acompanhado de pessoal técnico, também é imprescindível.
O processo de compra de usados varia muito de acordo com o segmento e a utilidade: equipamentos médicos, por exemplo, precisam ser avaliados segundo normas rígidas.
Já máquinas importadas para qualquer finalidade demandam avaliações técnicas no país de origem -Alemanha, Itália, Estados Unidos e Argentina são os principais fornecedores de máquinas usadas para o Brasil.
Para trazer ao país um desses equipamentos, o empresário precisa contratar uma empresa que faça um atestado do valor do maquinário.
"Nos últimos dois anos, devido à crise aguda, muitas linhas de produção da Argentina vieram parar aqui no Brasil", comenta Marcelo Stenzer, 36, diretor de serviços industriais da SGS do Brasil, que presta esse serviço.
Crédito
A possibilidade de financiar uma máquina usada é aberta pelo Banco do Brasil e pela Caixa Econômica Federal. Ambos operam o Proger, uma linha de crédito do Ministério do Trabalho com recursos do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador).
Na CEF, diz o gerente de mercados, Jair Luís Mahl, o valor máximo do empréstimo é R$ 50 mil, com prazo de 48 meses. Para solicitar o dinheiro, disponível para firmas com faturamento anual de até R$ 1,2 milhão, é preciso ter ao menos um ano de mercado.
No Banco do Brasil, o teto do crédito é de R$ 100 mil, a serem devolvidos em até 60 meses. O interessado deve providenciar um projeto de investimento com a expectativa de receitas e despesas, exceto para pedidos iguais ou inferiores a R$ 50 mil.
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